Saberes e práticas de mulheres ribeirinhas no climatério: autocuidado, uso de plantas medicinais e sistemas de cuidado em saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26391Palavras-chave:
Enfermagem Transcultural; Saúde da mulher; Climatério; Autocuidado; População rural; Plantas Medicinais.Resumo
Objetivos: O estudo teve como objetivos compreender as práticas e saberes das mulheres ribeirinhas relativas ao climatério e autocuidado. Metodologia: Estudo descritivo exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com as mulheres ribeirinhas residentes em comunidades localizadas ao longo da margem esquerda do Rio Amazonas. A coleta de dados se deu através de entrevistas semiestruturadas, com 24 mulheres na faixa etária entre 40 e 65 anos de idade. Utilizou-se o método de análise temática de Leininger. Resultados: Participaram do estudo vinte e quatro ribeirinhas. Vinte (20) viviam com o companheiro, doze (12) não tinham ensino médio e nove (9) eram do lar. Foram identificadas três categorias: 1) Mulheres Ribeirinhas: Percebendo-se e experenciando o climatério/menopausa 2) Mulheres Ribeirinhas e as vivencias de autocuidado e 3) Mulheres ribeirinhas experienciando os sistemas de cuidado em saúde. As mulheres possuem saberes acerca do autocuidado, passados de geração a geração, e do uso das plantas medicinais. Considerações Finais: As mulheres ribeirinhas possuem conhecimento acerca do Climatério e lançam mão de saberes e práticas populares e do modelo biomédico para o seu autocuidado. O estudo reforça a importância da aproximação do saber científico com o popular, promovendo troca de saberes e experiências e consequentemente uma melhor qualidade de vida para as ribeirinhas.
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