O Enfermeiro frente à oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26490Palavras-chave:
Oxigenação por Membrana Extracorpórea; Enfermagem de Cuidados Críticos; Cuidados críticos.Resumo
Objetivo: Identificar como se dá a prática dos cuidados críticos de enfermagem aos pacientes que são submetidos à circulação extracorpórea. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura, seguindo as orientações preconizadas pelo Preferred Reporting Items Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e organizada nas seguintes etapas: elaboração do protocolo da revisão; coleta dos dados com inclusão de publicações que trouxeram contribuições e respostas pertinentes à questão de pesquisa; extração das informações contidas no estudo; análise e interpretação dos dados; e, por último, apresentação e discussão da revisão. Resultados e discussão: Foram selecionados inicialmente 137 artigos nas bases de dados e após seleção minuciosa, restaram 12 artigos para compor os resultados. Estudos descritivos, retrospectivos e de coorte fazem parte desta amostra. Após análise dos dados, foi observado que apenas metade das UTIs possuíam profissionais com experiência em ECMO e somente 46% dos enfermeiros foram capazes de cuidar, de forma independente, de pacientes em VV-ECMO. Isso nos mostra que o número de enfermeiros intensivistas experientes e treinados é baixo, o que faz com que aconteça uma sobrecarga desses profissionais. Juntamente com a experiência, mostra-se necessária a educação continuada e padronizada para aumentar o número de profissionais que possam manusear esta terapia de alta complexidade. Conclusão: De acordo com os estudos analisados, verificamos que a ECMO é considerada uma técnica cada vez mais presente nos cuidados à pessoa em situação crítica com necessidade de suporte cardiopulmonar mecânico em situações de insuficiência respiratória grave, insuficiência cardíaca ou em ambas.
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