Fratura de zigoma causado por penetração de objeto atípico em face

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26576

Palavras-chave:

Zigoma; Fraturas ósseas; Ferimentos por arma de fogo.

Resumo

As fraturas do osso zigomático, quando deslocadas, costumam apresentar grande repercussão clínica, seja funcional ou estética. Muitas das quieixas estéticas, é decorrente do zigoma estar localizado numa região muito proeminente na face. As principais limitações funcionais relatas pelos pacientes são a diplopia, limitação de abertura bucal e a parestesia nas regiões inervadas pelo nervo infraorbitário. Geralmente são causadas por agressão física, acidentes de trânsito ou por vítima de um projétil de arma de fogo, porém muito raramente sendo causadas de forma acidental no autor do disparo. Este trabalho tem por objetivo relatar o manejo imediato diante de um acidente raro causado pela penetração de um componente de uma arma de fogo na face do autor do disparo, no qual a conduta inicial foi a retirada do objeto, preservando-se o máximo de tecidos moles e duros, e um segundo tempo cirurgico para fixação óssea após planejamento adequado, mostrando a importância de direcionar o planejamento de acordo com as queixas do paciente. Desta forma, o profissional deve ter um bom conhecimento dos principais sinais e sintomas das fraturas faciais, para se fornecer um adequado diagnóstico e planejamento cirúrgico ao paciente, sobretudo nos casos de traumas mais atípicos.

Referências

Bell, R. B. (2010). Computer planning and intraoperative navigation in cranio-maxillofacial surgery. Oral Maxillofac Surg Clin North Am; 22(1):135–156.

Bohneberger, G., Luiz Griza, G. L., Conci R. A., Garbin-Júnior, E. A., Ernica, N. M., Acosta, E. E. C. & Zenatti, R. (2021). Diagnóstico e tratamento de múltiplas fraturas em terço médio da face: relato de caso. Brazilian Journal of Health Review, 4(6), 25801-13.

Cassiano, G. B., Figueiredo, F. T., Pelissaro, G. S., Mendonça, J. C. G, Silva, J. C. L., & Gaetti Jardim, E. C. (2021). Fratura do complexo zigomático-orbitário: uma abordagem cirúrgica. Archives of Health Investigation, 10(8), 1299–1304. https://doi.org/10.21270/archi.v10i8.5432

Chepurnyi, Y., Chernohorskyi, D., Zhukovtseva, O., & Kopchak, A. (2021). Clinical Efficacy Comparative Evaluation of the Treatment Methods of Combined Defects and Deformities of the Zigoma and Orbit. Ukrainian Dental Almanac, (2), 73-81. https://doi.org/10.31718/2409-0255.2.2021.14

Dimitriu C, Antoniadis K, Symeonidis V, Vatselvanos K, & Triaridis K. (1989). Isolated fractures of the zygomatic arch. Hell Period Stomat Gnathopathoprosopike Cheir. 4(2): 87-90.

Dubois, L., Steenen, S. A., Gooris, P. J., Mourits, M. P., & Becking, A. G. (2015). Controversies in orbital reconstruction—II. Timing of post-traumatic orbital reconstruction: a systematic review. Int J Oral Maxillofac Surg;44(4):433–440.

Ellstrom, C. L., & Evans, G. R. (2013). Evidence-based medicine: zygoma fractures. Plast Reconstr Surg;132(6):1649–1657.

Gart, M. S., & Gosain, A. K. (2014). Evidence-based medicine: orbital floor fractures. Plast Reconstr Surg;134(6):1345–1355.

Gellrich, N. C. (1999). Controversies and current status of therapy of optic nerve damage in craniofacial traumatology and surgery. Mund Kiefer Gesichtschir;3(4):176–194.

Hammer, B. (2015). Fraturas orbitárias-diagnóstico, tratamento e correções secundárias. Ed. Santos.

Hurrell, M. J., & Batstone, M. D. (2014). The effect of treatment timing on the management of facial fractures: a systematic review. Int J Oral Maxillofac Surg;43(8):944–950.

Kittidumkerng, W., & Ellis, E. (1996). Analysis of treatment for isolated zygomaticomaxillary complex fractures. J Oral Maxillofac Surg. 54(4): 386-400; discussion 400-1.

Kloch, D. W., & Gilliland, R. (1987). Internal fixation versus conventional therapy in midface fractures. J Trauma. 27(10): 1136-45.

Knight, J. S., & North, J. F. (1961). The classification of malar fractures: na analysis of displacement as a guide to treatment. Br J Plast Sur. 13: 325-39.

Manganello-Souza, L. C., Silva, A. A. F., & Pacheco, D. F. S. (2003). Zygomatic and orbitozygomatic fractures. Rev Soc Bras Cir Plast. 18(2): 17-23.

Muller, V. A., Gustavo Bruksch, K., Sória, G. S., Gallas, K., de-Moura, F. R., Brew, M. C., & Bavaresco, C. S. (2021). Tempo de recuperação funcional após fraturas faciais: perfil e fatores associados em amostra de pacientes do sul do Brasil. Rev Col Bras Cir. 48:e20202581.

Pereira, A., Shitsuka, D., Parreira, F., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/19110/Curso_Lic-Ed-Esp_Did%C3%A1tica-geral.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Sands, T., Symington, O., Katsikeris, N., & Brown, A. (1993). Fractures of the zygomatic complex : a case report and review. J Can Dent Assoc. 59(9): 749- 55,757.

Souza, L. C. M. & Luz, J. G. C. (2006). Tratamento cirúrgico do trauma bucomaxilofacial. (3a ed.), Ed. Roca.

Van As, A. B., Van Loghen, A. J., Biermans, B. F., Douglas, T. S., Wieselttaler, N., & Naideo, S. (2006). Causes and distribution of facial fractures in a group of South African children and the value of computed tomography in their assessment. Int J Oral Maxillofac Surg. 35(10): 903-6.

Downloads

Publicado

21/02/2022

Como Citar

SANTOS, A. J. F. dos .; LOPES, A. C. .; AIRES, C. C. G. .; LIMA, F. R. M. D.; BATISTA, I. M. A. .; DOURADO, A. C. A. G. .; ANDRADE, E. S. de S. Fratura de zigoma causado por penetração de objeto atípico em face. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 3, p. e25511326576, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i3.26576. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26576. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde