Leishmaniose em animais silvestres, sinantrópicos e domésticos na Ilha de Itamaracá, Pernambuco, Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.26659Palavras-chave:
Leishmania sp.; Mamíferos; Sinantropismo; Zoonoses.Resumo
As leishmanioses são doenças de notificação compulsória, caracterizadas por manifestações clínicas graves, sendo causadas por protozoários intracelulares obrigatórios, pertencentes ao gênero Leishmania, onde as espécies L. (L.) infantum e L. (V.) braziliensis são responsáveis pela maioria dos casos de leishmaniose no Brasil. Muitos estudos indicam a necessidade de investigações sobre o papel exato de espécies de animais na epidemiologia das leishmanioses, particularmente dos gambás e roedores, onde a presença destes animais aumentam as chances de humanos e outros animais se infectarem. Tendo em vista a escassez de informações sobre a epidemiologia das leishmanioses em algumas regiões do Estado de Pernambuco, objetivou-se nesse estudo avaliar a ocorrência da infecção por Leishmania spp. em animais silvestres, sinantrópicos e domésticos. Para isso foi realizado o diagnóstico parasitológico por meio da citologia esfoliativa da pele de lesões cutâneas, além de PCR do complexo L. donovani e L. braziliensis de sangue e de biópsia de baço, fígado e pele de roedores e gambás capturados em uma área endêmica para as leishmanioses no estado de Pernambuco. Nas localidades onde foram capturados animais sinantrópicos positivos para Leishmania foi procedido a coleta de sangue, pele, medula óssea e linfonodo da população canina. Como resultado formas amastigotas e DNA do complexo L. donovani foram detectados em 8,3% (2/24) dos animais sinantrópicos (D. albiventris e O. nigripes). Na população canina 29,4% (15/51) de cães reagentes para Leishmaniose Visceral, e 6,6% foram parasitologicamente e molecularmente positivo para o complexo L. donovani. Assim conclui-se que gambás, roedores e os cães participam do ciclo de transmissão do complexo L. donovani.
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