Intervenções de enfermagem na prevenção de infecção do trato urinário em áreas críticas de cuidados intensivos: revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26848

Palavras-chave:

Assistência de enfermagem; Infecção do Trato Urinário; Cuidados críticos unidade de terapia intensiva.

Resumo

Objetivo: analisar e descrever as evidências científicas sobre as intervenções de enfermagem no controle de infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora em unidades críticas de tratamento intensivo. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura.  Foram consultadas as bases de dados: Embase®, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para manter a coerência na busca dos artigos, os descritores e as palavras-chaves foram utilizados isoladamente e associados, de acordo com as características específicas de cada uma das bases de dados consultadas. Foram incluídos estudos publicados entre 2012 e 2022 sem restrição de idiomas. Resultados: Foram encontrados 157 artigos nas buscas nas bases de dados, no entanto, apenas 19 responderam a pergunta de pesquisa. Os resultados apontaram que a equipe de enfermagem deve implementar estratégias de controle das IRAS, pois significativamente reduzem a taxa de ITU-AC, realizar programas de treinamentos profissional, envolver os profissionais de saúde na unidade, as rodadas da equipe inter e multidisciplinar têm impacto diretamente na redução dos dias de uso do Cateter Vesical de Demora (CVD). Conclusão: A equipe de enfermagem necessita adotar atitudes como a capacitação dos profissionais, utilizar da técnica correta de inserção do CVD e a sua manutenção, incentivar a importância da lavagem das mãos, revezamento nos atendimentos entre as equipes multiprofissionais, pois estão ligadas diretamente aos riscos e benefícios do procedimento de CVD direcionando assim a individualização dos cuidados.

Referências

Alqarni, M. S. (2021). Catheter-associated urinary tract infection (CAUTI) in ICU patient. Middle East Journal of Nursing, 15(1) 25-33.

Al-Hameed, F. M., Ahmed, G. R., AlSaedi, A. A., Bhutta, M. J & AlShamrani, M. M. (2018). Applying preventive measures leading to significant reduction of cateter associated urinary tract infections in adult intensive care unir. Saudi Medical Journal, 39(1) 97-102.

Arora, N., Patel, K., Engell, C. A & LaRosa J. A. (2014). The Effect of Interdisciplinary Team Rounds on Urinary Catheter and Central Venous Catheter Days and Rates of Infection. American Journal of Medical Quality, 29(4) 329-334.

Arsey, H. & O´Malley, L. (2005) Scoping studies: towards a methodological framework. International Journal of Social Research Methodology, 8(1) 19-32.

Baenas, D. F., Saad, E. J., Dieh, F. A., et al. (2018). Epidemiologia de las infecciones urinarias asociadas a cateter y no asociadas a cateter en un hospital universitario de tercer nível. Revista Chilena Infectologia, 35 (3) 246-252

Backes, M. T., Erdmann, A. L., & Buscher. A. (2013). O ambiente vivo, dinâmico e complex de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva. Revista Latino-Americana Enfermagem, 23(38) 60-68.

Bell, M. M., Alaestante, G., & Finch, C. D. (2016). A Multidisciplinary intervention to prevent catheter associated urinary tract infections using education, continuum of care, and system wide buy-in. Ochsner Journal, (16), 96-100.

Barbosa, L. B., Mota, E. C., Oliveira, A.C. (2018). Infecção do trato urinário associada ao cateter vesical em uma unidade de terapia intensiva. Revista de epidemiologia e controle de infecção, 9(2) 1-6.

Barbosa, L. R., Mota, É. C., & Adriana, C. O. (2019). Infecção do trato urinário associada ao cateter vesical em uma unidade de terapia intensiva. Revista Epidemiologica Controle Infecção, 9(2) 103-108.

Brasil. Ministério da Saúde; Portaria nº 2.616, de 12 de maio de (1998). Expede diretrizes e normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares. Diário Oficial da União, Brasília. 13 maio.

Brasil, Agência Nacional de vigilância Sanitária. (2017). Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistència à saúde. 2 ed, Brasília.

Campos, C. C., Alcoforado, G.C., Franco, L. M. C ., Carvalho, R. L. R., Ercole, F. F. (2016). Incidência de infecção do trato urinário relacionada ao cateterismo vesical de demora: um estudo de coorte. Revista Mineira de Enfermagem, 1-7

Chaves, N. M. O., & Moraes, C. L. K. (2015). Controle de infecção em cateterismo vesical de demora em unidade de terapia intensiva. Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro, 5(2) 1650-1657.

Dejanira, A. R., Debora, S. S., Ana, M. C., Thiago, Z. S., Alexandre, R. M., Elivane, S. V., & Michael, B. E. (2015). Sustainability of a program for continuous reduction of catheter-associated urinary tract infection. American Journal of Infection Control, 44(6) 642-646.

Fakih, M., Rey, J., Szpunar, S., & Saravolatz, L. (2013). Sustained reductions in urinary cateter use over 5 years: bedside nurses view them selves responsible for evaluation of cateter necessity. American Journal Infection Control, 41(1) 236-239.

Fakih, M. G., Krein, S. L., Edson, B., Watson, S. R., Battles, J. B., & Saint, S. (2014). Engaging healthcare workers to prevent catheter-associated urinary tract infection and aver patient harm. Americam Journal of Infection, 42(1) 223-229.

Galiczewski, J. M. (2016). Interventions for the prevention of catheter associated urinary tract infections in intensive care units: An integrative review. Intensive and Critical Care Nursing, 32(1) 1-11.

Galiczewski, J. M. & Shurpin, K. M. (2017). An intervention to improve the catheter associated urinary tract infection rate in a medical intensive care unit: Direct observation of catheter insertion procedure. Intensive and Critical Care Nursing, 40(1) 26-23.

Hooton, T. M., Bradley, S. F., & Cardenas, D. D. (2009). Strategies to prevent cateter associated urinary tract infections in cute care hospitals. Infect control Hospital Epidemiol, 50(5) 625-663.

Kalsi, J., Arya, M., Wilson, P. Hospital-acquired urinary tract infection. (2003). Intenational Journal of Clinical Practice, 57(1) 388-391.

Lenz, L. L. Cateterismo vesical: cuidados,complicações e medidas preventidas. (2006). Arquivos Catarinenenes de Medicana, 35(1) 82-91.

Mazzo, A., Bardivia, C. B., Maria, J. B., Júnior Souza, V. D., Fumincelli, L., & Mendes, I. A. (2015). Cateterismo urinário de demora: prátoca clínica. Revista Enfermeira Global, 14(38) 60-68.

Mota É. C., Oliveira A. C. Catheter-associated urinary tract infection: why do not we control this adverse event? (2019). Revista Escola Enfermagem USP, 5303452, 1-7.

Mota, É. C., & Oliveira, A. C. (2019). Prevenção de infecção do trato urinário associada a cater: Qual o Gap na prática clínica. Texto & Contexto Enfermagem, 28(1) 1-12.

Nickel, W., Saint, S., Olmsted, R. N., Chu, E. Greene, L., Edson, B. S. & Flanders, S. A. (2014). The Interdisciplinary Academy for Coaching and Teamwork (I-ACT): A novel approach for training faculty experts in preventing healthcare-associated infection. American Journal of Infection Control, (42) 230-235.

Oliveira, H. M., Silva, C. P. & Lacerda, R. A. (2016). Políticas de controle e prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil: análise conceitual. Revista da escola de enfermagem da USP, 50(3) 505-511.

Paschoal, M. R. D., & Bonfim, F. R. C., Infecção do trato urinário por cateter vesical de demora. (2012). Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, 16(6) 213-226.

Peters, M. D., Godfrey, C. M., McInerney, P., Soares, C. B., & Parker, D., (2015). The Joanna Briggs Institute reviewers manual: methodology for JBI scoping reviews.

Regagnin, D. A., Alves, D. S., Carvalheiro, A. M., Camargo, T. Z., Marra, A. R., & Edmond, M. B. (2017). A multifaceted appoach to reduction of catheter-associated urinary tract infections in the intensive care unit wiht na emphasis on “Stewardship of culturing”. Infection control & hospital epidemiology, 38(2) 186-188.

Richards, B., Sebastian, B., Sullivan, H., Reyes, R., & Hagerty, T. (2017). Decreasing Catheter-Associated Urinary Tract Infectionsin the Neurological Intensive Care Unit: One Unit’s Success. American Association of Critical-Care Nurses, 37(3) 42-49.

Rosenthal, V. D., Rosenthal, V. S., Todi, S. K., Alvarez-Moreno, C., Pawar, M., Zeggwagh, A. A., Miltrev, Z., Udwadia, F. E., Navoa-Ng, J. A., & Salomao, R., et al. (2012). Impact of a multidimensional infection controls trategy on catheter-associated urinary tract infection rates in the adult intensive cate un utis of 15 developing countries: findigs of the international nosocomial infection control consortium (IN ICC). Clinical and Epidemiological Study, (40) 517-526.

Saint, S., Greene, T., Krein, S. L., Rogers, M. A. M., et al. (2016). A program to prevent catheter-associated urinary tract infection in acute care. Jornal de Medicina, 374 (22) 2111-2119.

Shannon, W. S., John, K., Natasha, C., Amber, C., & Matin, C. (2012). The sustainability of new programs an dinnovations: a review of the empirical literature of new recommendations for future research. Implementations Science, 17(7) 1-19.

Schelling, K., Palamone, J., Thomas, K., Nidech, A. (2015). Reducing catheter-associated urinary tract infections in a neuroespine intensive care unit. American Journal of Infection Control, 8(43) 892-894.

Ternavasio-de La Vega, H. G., Ventura, A. B., Castaño-Romero, F., Sauchelli, F. D., Acosta, A. P & Rodriguez Alcázar, F. J (2016). Assessment of a multi-modal intervention for the prevention of catheter-associated urinary tract infections. The Journal Healthcare Infection Society, 94(2) 175-181.

Titsworth, W. L., Hester, J., Correia, T., Reed, R., Williams, T., Guin, P., Layon, A. J. & Mocco, J. (2012). Reduction of catheter-associated urinary tract infection samong patients in a neurological intensive careunit: a single institution’s success. Journal of Neurosurg, 116 (1) 911-920

Downloads

Publicado

08/03/2022

Como Citar

SANTOS JUNIOR, P. S. .; SANTOS, C. F. H. dos .; BORGES JUNIOR, A. C. . Intervenções de enfermagem na prevenção de infecção do trato urinário em áreas críticas de cuidados intensivos: revisão integrativa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 3, p. e57111326848, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i3.26848. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26848. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde