Protocolo operacional padrão para vigilância da epizootia de esporotricose em Ponta Grossa/PR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.26986

Palavras-chave:

Zoonose; Fungo; Gatos; Saúde pública.

Resumo

A esporotricose é uma doença fúngica, causada pelo fungo dimórfico Sporothrix spp., que acomete mamíferos, principalmente o gato e o homem. Sua distribuição é mundial e, no Brasil, sua ocorrência está associada principalmente à transmissão zoonótica por felinos domésticos infectados, com casos distribuídos em várias regiões do país. No município de Ponta Grossa-PR, o registro do primeiro caso de esporotricose em gato ocorreu em 2020, tornando necessária a criação de um protocolo para enfrentamento e vigilância dessa zoonose para evitar sua disseminação. O presente trabalho objetivou relatar o protocolo operacional padrão criado para o município, o qual contou com três frentes de trabalho distintas: sensibilização dos profissionais de saúde; estabelecimentos de protocolos e documentos internos para investigação e conduta; e educação em saúde. Até dezembro de 2021, foram registrados 10 casos de esporotricose em gatos no município. Conclui-se que o protocolo operacional padrão foi necessário para o direcionamento das tomadas de decisões, sendo essencial no controle, prevenção e identificação de novos casos desta epizootia, a fim de impedir que se torne um grave problema de saúde pública no município de Ponta Grossa-PR.

Referências

Almeida A. J., Reis N. F., Lourenço C. S., Costa N. Q., Bernardino M. L. A. & Vieira-da-Motta O. (2018). [Sporotrichosis in domestic felines (Felis catus domesticus) in Campos dos Goytacazes/RJ, Brazil.] Esporotricose em felinos domésticos (Felis catus domesticus) em Campos dos Goytacazes, RJ. Pesquisa Veterinária Brasileira 38(7):1438-43.

BazzI, T., Melo, S. M. P. & Fighera, R. A. et al. (2016). Características clínico-epidemiológicas e histoquímicas da esporotricose felina. Pesq. Vet. Bras.36(4),303-11.

Envegnú, A. M., Stramari, J. & Dallazem L. N. D. et al. (2017). Disseminated cutaneous sporotrichosis in patient with alcoholism. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 50(6), 871-73.

ChomeL, B. B. (2014). Emerging and re-emerging zoonoses of dogs and cats. Animals, 4:434-45.

Farias, M. R & Pachaly, J.R. (2018). Esporotricose. MedVep Dermato – Coletânea MedVep de Dermatologia Veterinária; 6-8.

Freitas, D. F. S. (2014). Avaliação de fatores epidemiológicos, micológicos, clínicos e terapêuticos associados à esporotricose.148 f. (Doutorado em Medicina Tropical) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro.

Greene, C. E. (2012) Infectious diseases of the dog and cat. 4. ed. Saint Louis: Elsevier, 1376.

Gremião, I. D. F.; Miranda, L. H. M. & Reis, E. G. et al. (2017). Zoonotic Epidemic of Sporotrichosis: Cat to Human Transmission. PLoS Pathogens. 13(1). https://doi.org/10.1371/journal.ppat.1006077.

Larsson, C. E. Esporotricosis. In: Gomez, N.& Guida, N. (2010) Enfermedades infecciosas em de caninos y felinos. Buenos Aires: Intermedica. 433-40.

Larsson, C. E. (2011) Esporotricose. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 28(3), 250-59.

Larsson, C. E.& Lucas, R. (2016) Tratado de medicina externa: dermatologia veterinária. Interbook.

Lloret, A.et al. (2013) Sporothricosis in cats: ABCD guidelines on prevention and management. Journal of Feline Medicine and Surgery, Thousand Oaks, 15 (7), 619-23.

Medleau, L. (2001). Infecções Fúngicas. In: Manual Merck de Medicina Veterinária. Roca, 8 ed.

MIranda L. H. M., Conceição-Silva F., Quintella L. P., Kuraiem B. P., Pereira S. A. & Schubach T. M. P. (2013). Feline sporotrichosis: histopathological profile of cutaneous lesions and their correlation with clinical presentation. Microbiol. Infect. Dis. 36:425-32.

MPMG, Ministério Público do Estado de Minas Gerais. (2021). Informe Técnico do Ministério Público do Estado de Minas Gerais ‘’Atenção aos Acumuladores de Animais, Leishmaniose Visceral Canina e Esporotricose Zoonótica”.

Paiva M. T., Oliveira C. S. F., Nicolino R. R., Bastos C. V., Lecca L. O. & Azevedo M. I., et al. (2020). Spatial association between sporotrichosis in cats and in human during a Brazilian epidemics. Prev Vet Med.

Rodrigues A. M.; de Hoog G. S. & de Camargo Z. P. (2016). Sporothrix species causing outbreaks in animals and humans driven by animal-animal transmission. PLoS Pathogens, 12(7).

Rossow, J. A.; Queiroz-Telles, F.; Caceres, D. H.; Beer, K. D.; Jackson, B. R.; Pereira, J. G.; Gremião, I. D. F. & Pereira, S. A. (2020). One Health Approach to Brazilian Journal of Development Combatting Sporothrix brasiliensis: Narrative Review of an Emerging Zoonotic Fungal Pathogen in South America. Journal of Fungi, 6(4): 247, 1-27.

Schubach, T. M. P.; Menezes, R. C. & Wanke, B. Sporotrichosis. In: Greene, C.E. (2012). Infectious Diseases of the Dog and Cat (4a ed.), Elsevier, 645- 50.

Souza, L. L. & Meirelles, M. C. A. (2001). Sporothrix schenkii: estudo epidemiológico em populações de gatos. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 146.

Downloads

Publicado

11/03/2022

Como Citar

LECH, A. J. Z. .; RIBAS, M. S. .; WESTPHAL, P.; INGLÊS, L. M. Protocolo operacional padrão para vigilância da epizootia de esporotricose em Ponta Grossa/PR. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e5411426986, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.26986. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/26986. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas