Impactos da exposição ocupacional ao sol para a pele do trabalhador ao ar livre
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26992Palavras-chave:
Saúde do trabalhador; Luz solar; Pele.Resumo
Introdução: A excessiva exposição solar leva a inúmeros problemas dermatológicos que resultam em danos que deixam a pele mais suscetível às diversas agressões externas. Isso favorece o surgimento de lesões cutâneas que podem comprometer o exercício da profissão e a saúde de trabalhadores de diversas categorias que atuam ao ar livre. Objetivo: Sistematizar e analisar o conhecimento disponível pelos estudos sobre os impactos da exposição solar para a pele do trabalhador ao ar livre. Método: Revisão integrativa, realizada com estudos selecionados e disponíveis em base de dados (MEDLINE, PubMed, LILACS e SciELO), no período de 10 anos, e nos idiomas inglês, português e espanhol. Resultados: Os artigos abrangem diversas categorias de trabalhadores ao ar livre, em 8 países, com predomínio de artigos europeus (54%) e tendo o câncer de pele não melanoma, a ceratose actínica e a queilite actínica como as lesões mais abordadas. Conclusão: Houve associação entre exposição solar ocupacional e desenvolvimento de lesões de pele malignas e pré-malignas. Evidencia-se a importância da notificação dessas lesões às autoridades de saúde pública para que se possa encarar a exposição solar como um verdadeiro risco ocupacional.
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