Métodos de estimativa da Intensidade de chuva para projetos de drenagem urbana em Marabá, Amazônia, Brasil.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2701

Palavras-chave:

Microdrenagem; Macrodrenagem; Gumbel; Bell; Equação de chuvas intensas.

Resumo

Um sistema de drenagem deve ser dimensionado segundo a chuva de projeto, sendo essencial a escolha do seu método de mensuração para garantir uma concepção segura, eficiente e não onerosa. Considerando isso, essa pesquisa objetivou analisar três métodos de estimativa de intensidade pluviométrica considerando as condições hidrológicas de Marabá-PA, verificando qual deles é mais compatível com os tipos de drenagem urbana. Para tanto, comparou-se curvas IDF (Intensidade-Duração-Frequência) elaboradas a partir dos métodos de equações de chuva, Bell e de Desagregação de Gumbel, sendo estes dois últimos baseados em uma série hidrológica de 46 anos de dados (1973-2018). Os resultados evidenciaram que o método da equação de chuvas apresenta maiores intensidades para baixos períodos de recorrência, onerando sistemas de microdrenagem. Para esse tipo de drenagem, verificou-se ser mais racional utilizar intensidades de chuva a partir do método de Gumbel. Para macrodrenagem, os valores apresentaram menor discrepância, contudo, verificou-se mais razoabilidade na utilização do método de equações de chuva e, na ausência deste, do método de Bell.  Os métodos apresentaram excelente concordância entre si – podendo ser comumente equiparáveis em para maiores durações de chuva. Com isso, conclui-se avaliar as condições de duração e recorrência para tipo de drenagem urbana dimensionada, a fim de balancear intensidades de projeto que mitiguem efeitos de oneração e vulnerabilidade a falhas.

Biografia do Autor

Rodrigo Silvano Silva Rodrigues, Universidade Federal do Pará


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Publicado

12/03/2020

Como Citar

LIMA, G. V. B. de A.; CARVALHO, A. C. G. de; PEREIRA, M. M.; BORGES, E. J. N.; RODRIGUES, R. S. S. Métodos de estimativa da Intensidade de chuva para projetos de drenagem urbana em Marabá, Amazônia, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 4, p. e29942701, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i4.2701. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2701. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Engenharias