Avaliação da função pulmonar, sinais e sintomas de DTM e de disfunção craniocervical em indivíduos com doenças respiratórias crônicas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27169Palavras-chave:
Articulação Temporomandibular; Cervical; Postura; Doença crônica; Doença respiratória.Resumo
Objetivo: Relacionar a severidade dos sinais e sintomas de DTM e de disfunção cervical com a função pulmonar em indivíduos com doenças respiratórias crônicas. Métodos: foram incluídos 13 indivíduos com diagnóstico de doenças respiratórias crônicas, atendidos na clínica escola de fisioterapia, ambulatório da EBSERH e estudantes da UFS, nove do sexo feminino e quatro do sexo masculino, com idade entre 18 a 50 anos. Foi usado o ProDTMmulti para quantificar a frequência e a gravidade dos sinais e sintomas da DTM. O Índice de Disfunção Craniocervical foi utilizado para avaliar mobilidade cervical, dor muscular, dor durante o movimento, disfunção da coluna cervical e análise da postura. Além disso, foram realizados testes de função respiratória com o ventilômetro. Resultados e Discussão: Foi constatada maior prevalência de ausência de sinais e sintomas de DTM, exceto para dor cervical (53,85%), sensação de ouvido tampado (53,85%) e sensibilidade nos dentes (53,85%), em que o grau leve foi mais prevalente. Todos os indivíduos apresentaram alterações cervicais, 69% com disfunção moderada e 31% com severa. E não apresentaram alterações ventilatórias. Não houve correlação significativa entre doenças crônicas respiratórias com o grau de severidade dos sinais e sintomas de DTM e disfunção craniocervical. Conclusão: Não houve correlação entre doenças respiratórias crônicas e função pulmonar com a presença de disfunção craniocervical e DTM na amostra avaliada. Contudo foi possível verificar que parte desses indivíduos apresentaram sinais e sintomas de DTM, como dor cervical, sensação de ouvido tampado e sensibilidade nos dentes, e que todos apresentaram disfunção craniocervical de severidade moderada a grave.
Referências
Alcântara, E. C., & Silva, J. D. O. (2012). Adaptador bocal: um velho conhecido e tão pouco explorado nas medidas de função pulmonar. ASSOBRAFIR Ciência, 3(3), 43-53.
Andrade, L. C. P., Fioco, E. M., Zanella, C. A. B., Barros-Junior, E. A., & Verri, E. D. (2019). Análise eletromiográfica do músculo esternocleidomastoideo dos indivíduos com dtm após a reabilitação com neopilates. Brazilian Journal of Health Review, 2(1), 48-56.
Balthazard, P., Hasler, V., Goldman, D., & Grondin, F. (2020). Association of cervical spine signs and symptoms with temporomandibular disorders in adults: a systematic review protocol. JBI, 18(6), 1334-1340. https://doi.org/10.11124/JBISRIR-D-19-00107.
Bolonini, T. M., Godoy, A. M., Figueiredo, C. A. M., Maurício, A., & Pereira, M. F. (2019). Utilização da progressão aritmética do coeficiente de correlação de pearson para previsão da descaracterização superficial de rochas ornamentais. Geosciences= Geociências, 38(3),751-763. https://doi.org/10.5016/geociencias.v38i3.13982.
Brech, G. C., Augusto, C. S., Ferrero, P., & Alonso, A. C. (2009). Alterações posturais e tratamento fisioterapêutico em respiradores bucais: revisão de literatura. ACTA ORL/Técnicas em Otorrinolaringologia, 27(2), 80-84.
Cesar, G. M., Tosato, J. P., Gonzalez, T. O., & Biasotto-Gonzalez, D. A. (2006). Postura cervical e classes oclusais em bruxistas e indivíduos assintomáticos de DTM. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo. 18(2), 155-160.
Chaves, T. C., Aguiar, D. N., Costa, D., & Bevilacqua-Grossi, D. (2002) Aplicação do Índice de Disfunção Crânio-mandibular (IDCM) em crianças asmáticas. Revista Brasileira de Fisioterapia, 6(67).
Corrêa, C. C., & Berretin-Felix, G. (2015). Terapia miofuncional orofacial aplicada à Síndrome do aumento da resistência das vias aéreas superiores: caso clínico. In: CoDAS. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 604-609. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20152014228.
Cortese, S., Mondello, A., Galarza, R., & Biondi A. (2017). Postural alterations as a risk factor for temporomandibular disorders. Acta Odontol Latinoam 30(2), 57-61.
Costa, D., Gonçalves, H. A., Lima, L. P., Ike, D., Cancelliero, K. M., & Montebelo, M. I. L. (2010). Novos valores de referência para pressões respiratórias máximas na população brasileira. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 36(3), 306-312. https://doi.org/10.1590/S1806-37132010000300007.
Dias, A. C. M. (2015). Tradução e Adaptação Transcultural do Índice de Disfunção Craniocervical. Universidade Norte do Paraná. Tese de Mestrado, 1-69.
Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.
Goldstein, D. F., Kraus, S. L., William, B. W., & Glasheen-Wray, M. (1984). Influence of cervical posture on mandibular movement. Journal of Prosthetic Dentistry, 421-426.
Helkimo, M. (1974). Studies on function and dysfunction of the masticatory system. II. Index for namnestic and clinical dysfunction and occlusal state. Svensk Tandlakare Tidskrift Dental Journal, 101-121.
Huska, R. J. J. R. (1997). Influences of dysfunctional respiratory mechanics on orofacial pain. Dental Clinics of North America, 211-227.
Kang, J. H. (2020). Effects on migraine, neck pain, and head and neck posture, of temporomandibular disorder treatment: Study of a retrospective cohort. Arch Oral Biol, 114, 104718. https://doi.org/10.1016/j.archoralbio.2020.104718.
Lee, K. C., Wu, Y. T., Chien, W. C., Chung, C. H., Shen, C. H., Chen, L. C., & Shieh, Y. S. (2021). Osteoporosis and the risk of temporomandibular disorder in chronic obstructive pulmonary disease. Journal of Bone and Mineral Metabolism, 39(2), 201-211.
Lima, I. C. M., Vianna, J. R. F., Fioco, E. M., Andrade, L. C. P., Rodrigues, M. S. E., Santos, T. B. B., Fabrin, S. C. V., & Verri, E. D. (2021). Avaliação da força muscular respiratória de pacientes com DTM: relato de casos. Brazilian Journal of Health Review, 4(2), 6776-6788.
Magri, L. V., Melchior, M. O., Jarina, L., Simonaggio, F. F., & Bataglion, C. (2016). Relação entre sinais e sintomas de disfunção temporomandibular e de síndrome de Burnout em estudantes de odontologia. Revista Dor, 17, 171-177. https://doi.org/10.5935/1806-0013.20160065.
Martins, S. S., Santana, L. N., Nascimento, V. R., Rocha, L. M., Cruz, J. W. A., dos Santos Maciel, L. Y., Paiva, S. F., & Costa, M. R. D. C. D. (2021). Conhecimento de profissionais a respeito da disfunção temporomandibular: um estudo piloto. RECIMA21-Revista Científica Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, 2(7), e27530-e27530. https://doi.org/10.47820/recima21.v2i7.530
Melchior, M. O., Machado, B. C. Z., Magri, L. V., & Mazzetto, M. O. (2016). Efeito do tratamento fonoaudiológico após a laserterapia de baixa intensidade em pacientes com DTM: estudo descritivo. In: CoDAS. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 28(6), 818-822. https://doi.org/10.1590/2317-1782/20162015099.
Mendes, M. S. B., Doi, M. Y., Marchiori, V. M., Fiuranetto, K. C., & Marchiori L. L. M. (2020). Estudo comparativo da sensação e repercussão do zumbido na qualidade de vida e postura craniocervical em professores. Revista CEFAC, 22(5).
Menezes, M. S. (2008). Correlação entre Cefaleia e Disfunção Temporomandibular. Fisioterapia e Pesquisa, 15(2), 183-187. https://doi.org/10.1590/S1809-29502008000200012 .
Ohrbach, R., & Dworkin, S. F. (2019). AAPT diagnostic criteria for chronic painful Temporomandibular disorders. The Journal of Pain, 20(11), 1276-1292. https://doi.org/10.1016/j.jpain.2019.04.003.
Pachioni, C. A. S., Ferrante, J. A., Panissa, T. S. D., Ferreira, D. M. A., Ramos, D., Moreira, G. L., & Ramos E. M. C. (2011). Avaliação postural em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Fisioterapia e Pesquisa, 18(4), 341-345. https://doi.org/10.1590/S1809-29502011000400008.
Pasinato, F., Corrêa, E. C. R., & Peroni, A. B. F. (2006). Avaliação da mecânica Ventilatória em Indivíduos com Disfunção Temporomandibular e Assintomáticos. Revista brasileira fisioterapia, 10(3), 285-289. https://doi.org/10.1590/S1413-35552006000300006.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1582 4/Lic_Computacao_Metodologia%20PesquisaCientifica.pdf?sequence=1.
Pinheiro, E. S. S., Gonçalves, R. G., Baptista, A. F., Mendes, S. M. D., Ribeiro, G.F., & Sá, K. N. (2010). Ocorrência de Disfunção Temporomandibular em Portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Revista de Pesquisa em Fisioterapia, 1(1), 1-8. https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v1i1.10.
Santos, M. G. S., & Sousa, C. C. A. (2021). Laserterapia como recurso terapêutico na fonoaudiologia. Research, Society and Development, 10(1), e8310111463-e8310111463. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11463.
Tomacheski, D. F., Barboza, V. L., Fernandes, M. R., & Fernandes, F. (2004). Disfunção Temporo-mandibular: estudo introdutório visando estruturação de prontuário odontológico. UEPG Ciência Biológica da Saúde, 10, 17-25. https://doi.org/10.5212/publicatio%20uepg.v10i2.384.
Viana, M. O., Lima, E. I. C. B. M. F., Menezes, J. N. R., & Olegario, N. B. C. (2015). Avaliação de Sinais e Sintomas da Disfunção Tempomandibular e sua Relação com a Postura Cervical. Revista de Odontologia da UNESP, 125-130. https://doi.org/10.1590/1807-2577.1071.
Wallace, C., Klineberg, I. J. (1993). Management of craniomandibular disorders. Part 1: A craniocervical dysfunction index. Journal of Oral & Facial Pain and Headach, 83-88.
Xu, L., Zhang, L., Lu, J., Fan, S., Cai, B., & Dai, K. (2021). Head and neck posture influences masticatory muscle electromyographic amplitude in healthy subjects and patients with temporomandibular disorder: a preliminary study. Annals of Palliative Medicine. https://doi.org/10.21037/apm-20-1850.
Yadav, S. et al. (2018). Desordens da Articulação Temporomandibular em Adultos Idosos. J Am Geriatr Soc., 66(6), 1213-1217. https://doi.org/10.1111/jgs.15354
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Maria Yoná Silva Cabral; Johnatan Weslley Araujo Cruz; Sthefany Santos Martins; Luanna Nascimento Santana; Marcos Vinícius Mota Santana; Wallison Lima Silva; Mariana Moreira Andrade; Jessica Paloma Rosa Silva; Leonardo Yung dos Santos Maciel; Marcela Ralin de Carvalho Déda Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.