Perfil socioepidemiológico dos casos de tuberculose na região de saúde São Patrício II, Goiás, Brasil de 2001 a 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27177Palavras-chave:
Tuberculose; Epidemiologia; Vigilância em Saúde Pública; Determinantes sociais da saúde.Resumo
A tuberculose (TB) é uma das mais antigas doenças infecciosas da humanidade e, embora passível de tratamento efetivo, continua sendo um importante problema de saúde pública mundial, em virtude da ampla dispersão geográfica, emergência de casos multirresistentes e coinfecção com HIV. Este estudo busca traçar o perfil epidemiológico, através de uma análise retrospectiva e descritiva dos casos de TB notificados na região de saúde Vale do São Patrício II, composto por 8 municípios localizados no centro-norte do estado de Goiás, durante o período de 2001 a 2020. Variáveis epidemiológicas foram obtidas secundariamente no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM). Variáveis socioeconômicas obtidas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) também foram avaliadas. No período analisado, 303 casos de pacientes com TB foram notificados na região de saúde São Patrício II, com uma incidência média anual de 6,81/100.000 habitantes. Sendo a cor parda (57,10%), o sexo masculino (63,70%), e a faixa etária de 25 a 44 anos (40,26%), pacientes com ensino fundamental incompleto e a forma clínica pulmonar (92,74%), com confirmação laboratorial (61,06%) os mais acometidos. A TB é um importante agravo de saúde pública, sendo imperioso que haja investigações mais profundas acerca dessa patologia e o investimento em políticas públicas para o diagnóstico, e tratamento, além de investimentos em formação continuada de profissionais e da população em geral, a fim de reduzir o número de novos casos de TB.
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