Uso de jogos eletrônicos e o perfil antropométrico e cardiorrespiratório em escolares
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27211Palavras-chave:
Tempo de tela; Jogos eletrônicos; Escolares; Perfil antropométrico e cardiorespiratório.Resumo
O objetivo deste estudo foi Avaliar a quantidade de horas gastas com TV/jogos eletrônicos, o perfil antropométrico, a aptidão cardiorrespiratória e fatores sócio comportamentais em escolares. A amostra foi constituída de 28 estudantes, sendo 14 meninos e 14 meninas, do 6o ano do primeiro segmento do ensino fundamental da rede particular de ensino em área urbana, Foi aplicado um Questionário de Avaliação Sócio Comportamental. As medidas antropométricas (Estatura, massa corporal total e IMC) e o teste de Aptidão Cardiorrespiratória (corrida/caminhada - PROESP/Br). Em relação à existência de área de lazer (playground), 75% das residências dos meninos e 60% das residências das meninas possuem área de lazer. Ambos os grupos indicaram que brincam com outras crianças fora do ambiente escolar, sendo 81,3% dos meninos e 66,6% das meninas. Quanto às atividades fora da escola, 68,7% dos meninos e 66,6% das meninas têm uma preferência por jogos eletrônicos quando não estão em horário escolar. As meninas apresentaram significativamente um maior tempo de utilização de aparelhos eletrônicos em comparação com os meninos (Meninas 466,0 ± 8,623 min; Meninos 259,3 ± 12,71 min; p<0,0001). Apenas 35,7% dos meninos e 42,9% das meninas foram considerados eutróficos. Concluímos que a amostra observada gastam muitas horas do dia com TV/jogos eletrônicos muito acima do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A amostra apresentou, em sua maioria, um perfil antropométrico e cardiorrespiratório inadequados para a faixa etária, e mesmo com acesso a áreas de lazer, companhia para brincadeiras e gostar de fazer as aulas de Educação Física, preferem as atividades com TV/jogos eletrônicos fora do ambiente escolar, evidenciando uma preferência a atividades de lazer sedentário.
Referências
Alves, J. G. B., Montenegro, F. M. U., Oliveira, F. A., & Alves, R. V. (2005). Práctica de deportes durante la adolescencia y actividad física de recreo en la vida adulta. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 11(5), 291-294. https://doi.org/10.1590/S1517-86922005000500009
Barroso, W. K. S., Rodrigues, C. I. S., Bortolotto, L. A., Mota-Gomes, M. A., Brandão, A. A., Feitosa, A. D. D. M., ... & Nadruz, W. (2021). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial–2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 116, 516-658. https://doi.org/10.36660/abc.20201238
Brasil. (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.
Brasil, M. E. C. (1998). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais, 29.
Brasil. (2018). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Brasil, I. B. G. E. (2016). Pesquisa nacional de saúde do escolar: 2015/IBGE. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Rio de Janeiro: IBGE.
Conde, W. L., & Monteiro, C. A. (2006). Valores críticos do índice de massa corporal para classificação do estado nutricional de crianças e adolescentes brasileiros. Jornal de Pediatria, 82, 266-272. https://doi.org/10.2223/JPED.1502
Fidencio, J., Kuntz, M. G. F., Czarnobay, S. A., & Campos, V. M. (2018). Associação entre estado nutricional, horas de consumo de tela e de atividade física em adolescentes. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 12(72), 535-541.
Gaya, A., & Gaya, A. R. (2016). Projeto esporte Brasil: manual de testes e avaliação. Porto Alegre: UFRGS, 1-26.
Hardy, L. L., Denney-Wilson, E., Thrift, A. P., Okely, A. D., Baur, L. A. (2010). Screen time and metabolic risk factors among adolescents. Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, 164:643-9. doi: 10.1001/archpediatrics.2010.88.
Mark AE, Janssen I. Relationship between screen time and metabolic syndrome in adolescents. J Public Health 2008; 30:153-60. doi: 10.1093/pubmed fdn022.
Melkevik, O., Torsheim, T., Iannotti, R. J., Wold, B. (2010). International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 7:46. https://doi.org/10.1186/1479-5868-7-46
Must, A., Bandini, L. G., Tybor, D. J., Phillips, S. M., Naumova, E. M. Dietz, W. H. (2007) Activity, inactivity, and screen time in relation to weight and fatness over adolescence in girls. Obesity, 15:1774-81. doi: 10.1038/oby.2007.211.
Piegas, L. S., Timerman, A., Feitosa, G. S., Nicolau, J. C., Mattos, L. A. P., Andrade, M. D., ... & Mathias, W. (2015). V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST. Arquivos brasileiros de cardiologia, 105, 1-121. https://doi.org/10.5935/abc.20150107
Rendo-Urteaga, T., de Moraes, A. C. F., Collese, T. S., Manios, Y., Hagströmer, M., Sjöström, M., ... & Helena Study Group. (2015). The combined effect of physical activity and sedentary behaviors on a clustered cardio-metabolic risk score: The Helena study. International journal of cardiology, 186, 186-195. doi: 10.1016/j.ijcard.2015.03.176
Rivera, I. R., Silva, M. A. M. D., Silva, R. D., Oliveira, B. A. V. D., & Carvalho, A. C. C. (2010). Atividade física, horas de assistência à TV e composição corporal em crianças e adolescentes. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 95, 159-165. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010005000065
Ronque, E. R. V., Cyrino, E. S., Mortatti, A. L., Moreira, A., Avelar, A., Carvalho, F. O., & Arruda, M. D. (2010). Relação entre aptidão cardiorrespiratória e indicadores de adiposidade corporal em adolescentes. Revista Paulista de Pediatria, 28(3), 296-302. https://doi.org/10.1590/S0103-05822010000300007
Silva, R.R., Malina, R. M. (2003). Sobrepeso, atividade física e tempo de televisão entre adolescentes de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 11:63-6. http://dx.doi.org/10.18511/rbcm.v11i4.528
Vasconcellos, M. B., Anjos L. A., Vasconcellos, M. T. L. Estado nutricional e tempo de tela de escolares da Rede Pública de Ensino Fundamental de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 29(4):713-722. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2013000400009
World Health Organization. (2005). Nutrition in adolescence: issues and challenges for the health sector: issues in adolescent health and development.
World Health Organization, T. (2010). Global recommendations on physical activity for health. World Health Organization. 58p
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Gabriel Boaventura; Carlos Eduardo Vaz Lopes; Bruno Cícero Teixeira; Marcelo Colonna; Gustavo Casimiro-Lopes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
