Tratamento da mordida profunda
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27249Palavras-chave:
Sobremordida; Classe II; Má oclusão; Tratamento.Resumo
A mordida profunda, ou sobremordida exagerada, é uma má-oclusão que apresenta etiologia multifatorial, que necessita de um diagnóstico preciso para se obter um correto plano de tratamento, objetivando um bom resultado estético e funcional. Portanto, é um problema com o qual nos deparamos com certa frequência nos tratamentos ortodônticos. Uma má oclusão de Classe II, divisão 2, é caracterizada por dentes frontais superiores retrocedidos (inclinados em direção ao céu da boca) e um overbite aumentado (sobremordida profunda), que pode causar problemas orais e afetar a aparência. Esse problema pode ser corrigido pelo uso de aparelhos dentários especiais (aparelhos funcionais) que movem os dentes frontais para a frente e alteram o crescimento das mandíbulas superiores ou inferiores, ou de ambos. A maioria dos aparelhos de aparelhos funcionais é removível e essa abordagem de tratamento geralmente não exige a extração de nenhum dente permanente. Tratamento adicional com aparelhos fixos pode ser necessário para garantir o melhor resultado. A mecânica de tratamento para a correção da mordida profunda dependerá da sua etiologia, crescimento esperado e dimensão vertical. A abordagem do tratamento da mordida profunda pode seguir em três linhas, a intrusão de dentes anteriores, a extrusão de dentes posteriores ou a associação das duas técnicas. Através de revisão de literatura o presente estudo visou salientar a importância do tratamento precoce desta máloclusão, evitando prejuízo futuro para o sistema estomatognático, aumentando também o sucesso e estabilidade pós tratamento.
Referências
Almeida, M. R. (2010) Clinical and biomechanical orthodontics. Dental Press.
Brito, H. H. A., Leite, H. R., & Machado, A. W. (2009) Exaggerated overbite: diagnosis and treatment strategies. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, 14(3), 128-57.
Chen, Y, J., Yao, C. C., & Chang, H. F. (2014) Nonsurgical correction of skeletal deep overbite and class II division 2 malocclusion in an adult patient. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 126:371-8.
Graber, T. M. (2011) Appliances at a crossroads. Am J Orthod. 42(9), 683–701.
Hammond, A. B. (2012) Treatment of a class II malocclusion with deep overbite. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 121, 531-7.
Horiuchi, Y., Horiuchi, M., & Soma, K. (2008) Treatment of severe class II division 1 deep overbite malocclusion without extractions in an adult. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 133, 121-9.
Huang, G. J. et al. (2012) Stability of deep-bite correction: A systematic review. J World Fed Orthod. 1(3), 89-86.
Janson, G., Sathler, R., Fernandes, T. M., Branco, N. C., & Freitas, M. R. (2013) Correction of class II malocclusion with class II elastics: A systematic review. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 143, 383–92.
Jones, G., Buschang, P. H., Kim, K. B., & Oliver, D. R. (2008) Class II non-extraction patients treated with the forsus fatigue resistant device versus intermaxillary elastics. Angle Orthod. 78(1), 332-8.
Kim, T. W., & Little, R. M. (2009). Postretention assessment of deep overbite correction in Class II Division 2 malocclusion. Angle Orthod. 69, 175-86
Lapatki, B. G., Klatt, A., Schulte-monting, J., Stein, S., & Jonas, I. E. (2014) A retrospective cephalometric study for the quantitative assessment of relapse factors in cover-bite treatment. J Orofac Orthop. 65, 475-88.
Maia, A. S., Almeida, C. M. E., Júnior, O. W. M., Dib, S. et al. (2008) Deep bite treatment using the segmented arch technique. ConScientiae Saúde, 7(4), 463-470.
Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2011) Scientific Methodology. (5th ed.), Atlas.
Mendonça, A. F., Rocha, C. R. R., & Nunes, H. P. (2008) Academic work: planning, execution and evaluation. Goiânia.
Millett, D. T. et al. Orthodontic treatment for deep bite and retroclined upper front teeth in children.
Moro, K., & Santos, B. L. (2017) Deep bite treatment protocol. RFAIPE, 7(2), 31-42.
Nanda, R. (2005) Biomechanics in clinical Orthodontics. (9th ed.), W. B. Saunders.
Nanda, R., & Kuhlberg, A. (2007) Treatment of overbite malocclusion: biomechanical and esthetic strategies in the orthodontic clinic. Santos.
Parker, C. D., Nanda, R. S., & Currier, G. F. (2015) Skeletal and dental changes associated with the treatment of deep bite malocclusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 107, 382-93.
Preston, C. B., Maggard, M. B., Lampasso, J., & Chalani, O. (2008) Long-term effectiveness of the continuous and the sectional archwire techniques in leveling the curve of Spee. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 133, 550-5.
Samorodnitzky-Naveh, G. R., Geiger, S. B., & Levin, L. (2008) Patients’ satisfaction with dental esthetics. J Am Dent Assoc. 138(1), 805–8.
Shannon, K. R., & Nanda, R. S. (2014) Changes in the curve of Spee with treatment and at 2 years posttreatment. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 125(3), 589-96.
Tai, K., & Park, J. H. (2014) Orthodontic treatment of an adult patient with severe crowding and unilateral missing premolars. J Clin Orthod. 48(4), 405-14, 2014.
Uriber, F., & Nanda, R. (2013) Treatment of class II, division 2 malocclusion in adults: Biomechanical considerations. J Clin Orthod. 37(1), 599-606.
Valarelli, F. P., Camiel, R., Cotrin-Silva, P. P., Patel, M. P., Cançado, H., Freitas, K. M. S. F., & Freitas, M. R. (2017) Treatment of a Class II Malocclusion with Deep Overbite in an Adult Patient Using Intermaxillary Elastics and Spee Curve Controlling with Reverse and Accentuated Archwires. Contemp Clin Dent. 8, 672–678, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Lidiane Fumiko Takeda; Rabbith Ive Carolina Shitsuka Risemberg ; Erika Regina Stocco Di Francesco; Fabiana Gil de Castro Jorge; Maria de Los Angeles Rodriguez; Thalya Fernanda Horsth Maltarollo ; Irineu Gregnanin Pedron
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.