Comportamentos de risco pós-transplante renal que influenciam na adesão ao tratamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27343

Palavras-chave:

Comportamentos de Risco à Saúde; Transplante de Rim; Enfermagem em nefrologia.

Resumo

Os objetivos do estudo foram identificar os principais comportamentos de risco dos pacientes renais crônicos pós-transplante e relacionar tais comportamentos com o desfecho da não adesão. Método: Tratou-se, de um estudo observacional, descritivo, retrospectivo, de corte transversal e com abordagem quantitativa, cuja amostra foi constituída de prontuários de pacientes pós- transplante renal, que realizaram ao menos uma consulta de enfermagem no ambulatório de pós-transplante renal de um hospital universitário localizado no estado do Rio de Janeiro, no período de agosto de 2016 a dezembro de 2020. A análise foi realizada a partir dos dados coletados, utilizando o programa Statistical Package for Social Sciences – (SPSS), versão 24.0, para Windows. Resultados: Foram avaliados 98 prontuários, sendo identificadas taxas expressivas nos seguintes comportamentos: falha ao seguir a dieta (30,5%), atraso ou esquecimento no uso das medicações (17,9%), etilismo (8,4%), higiene inadequada (1,1%), tabagismo (1,1%), infecção urinária de recorrência (1,1%), uso irregular de protetor solar (1,1%), aumento de creatinina (1,1%) e sedentarismo (1,1%). Conclusão: Neste estudo, foi possível identificar problemas na terapêutica instituída e por consequência a presença de comportamentos de risco pós-transplante renal, que podem vir a influenciar a sobrevida do enxerto transplantado. A enfermagem pode e deve atuar fortalecendo o autocuidado destes pacientes visando à possibilidade de melhor resposta terapêutica.

Referências

ABTO. (2020). Medicamentos Imunossupressores. Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Brasil. (2014a). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao paciente com Doença Renal Crônica – DRC no Sistema Único de Saúde/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Brasília: Ministério da Saúde. 37. Doença Renal Crônica.

Brasil. (2014b). Portaria nº 389, de 13 de março de 2014. Ministério da Saúde.

Brito, D. C. S., Marsicano, E. O., Grincenkov, F. R. S., Colugnati, F. A. B., Lucchetti, G & Sanders-Pinheiro, H. (2015). Stress, copingand adherence to immune suppressive medications in kidney transplantation: a comparative study: a comparative study. Sao Paulo Medical Journal, 134(4), 292-299. http://dx.doi.org/10.1590/1516-3180.2015.01071008.

COFEN (2004). Resolução COFEN-292/2004. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).

Ferreira, S. A. M. N., Teixeira, M. L. O & Branco, E. M. S. C. (2018). Relação dialógica com o cliente sobre transplante renal: cuidado educativo de enfermagem. Cogitare Enfermagem, 23(1), 01-09. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v23i1.52217.

Freitag, R. M. (2018). Amostras sociolinguísticas: probabilísticas ou por conveniência? Revista de estudos da linguagem, 26(2), 667-686 http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.26.2.667-686 .

Garcia, C. D., Pereira, J. D., & Garcia, V. D. (2015). Doação e transplante de órgãos e tecidos. Segmento Farma Editores Ltda.

Gonçalves, P., Loureiro, L & Fernandes, M. (2019). Sexual function of kidney transplant recipients. Revista de Enfermagem Referência, 21, 47-58. http://dx.doi.org/10.12707/riv19009.

Gordon, E., Prohaska, T. R., Gallant, M. P., Sehgal, A. R., Strogatz, D., Yucel, R., Conti, D & Siminoff, L. A. (2009). Longitudinal analysis of physical activity, fluid intake, and graft function among kidney transplant recipients. Transplant International, 22(10), 990-998. http://dx.doi.org/10.1111/j.1432-2277.2009.00917.x.

Khalil, M. A. M., Tan, Ja; Khamis, S., Khalil, M. A., Azmat, R & Ullah, A. R. (2017). Cigarette Smoking and Its Hazards in KidneyTransplantation. Advances In Medicine, 20171-11. http://dx.doi.org/10.1155/2017/6213814.

Leite, R. F., Silva, A. C. M., Oliveira, P. C., Silva L. M. G., Pestana, J. M. A., Schirmer, J & Roza, B. A. (2018). Mensuração da adesão aos medicamentos imunossupressores em receptores de transplante renal. Acta Paulista de Enfermagem, 31(5), 489-496. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201800069.

Lima, C. A. G., Maia, M. F. M., Magalhães, T. A., Oliveira, L. M. M., Reis, V. M. C. P., Brito, M. F. S. F., Pinho, L & Silveira, M. F. (2017). Prevalência e fatores associados a comportamentos de risco à saúde em universitários no norte de Minas Gerais. Cadernos Saúde Coletiva, 25(2), 183-191. http://dx.doi.org/10.1590/1414-462x201700020223.

Magalhães, A. L. P., Campos, T. S., Lima, V. G. K., Lins, S. M. S. B & Souza, E. (2019) Adesão à terapia imunossupressora de transplantados renais de um hospital universitário. Saúde Coletiva, 51(9), 1892-1898.

Marsicano-Souza, E. O., Colugnati, F., Geest, S & Sanders-Pinheiro, H. (2021). Nonadherence to immunosuppressives and treatment in kidney transplant: adhere brazil study. Revista de Saúde Pública, 55, 33. Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao Academica (AGUIA). http://dx.doi.org/10.11606/s1518-8787.2021055002894.

Nöhre, M., Schieffer, E., Hanke, A., Pape, L., Schiffer, L., Schiffer, M & Zwaan, M. (2020). Obesity After Kidney Transplantation—Results of a KTx360°Substudy. Frontiers In Psychiatry, 11, 1-9. Frontiers Media SA. http://dx.doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00399.

Pereira A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.

Rocha, D. F., Figueiredo, A. E., Canabarro, S. T & Sudbrack, A. W. (2017). Avaliação da adesão à terapia imunossupressora por autorrelato de pacientes submetidos ao transplante renal. Scientia Medica, 27(4), 28181. http://dx.doi.org/10.15448/1980-6108.2017.4.28181.

Sabaté, E. (2003). Adherence to long-term therapies: evidence for action. World Health Organization, Suiçá, 1(1), 1-211.

Santos, M. C., Ribeiro, M. C. H. M., Berolin, D. C., Cesarino, C. B., Fernandes, C. H. I., Mazer, L. E & Ribeiro, D. F. (2017). Fatores sociodemográficos e clínicos dos pacientes que tiveram perda do enxerto renal. Arquivos de Ciências da Saúde, 24(4), 03. Faculdade de Medicina de Sao Jose do Rio Preto - FAMERP. http://dx.doi.org/10.17696/2318-3691.24.4.2017.680.

SBN. (2020). O que é transplante renal? Sociedade Brasileira De Nefrologia (SBN).

Starzl, T. E., Marchioro, T. L. & Waddell, W. R. (1963). A Reversão Da Rejeção Em Homografia Renal Humana Com Desenvolvimento Subsequente De Tolerância Homografia Cirurgia, Ginecologia E Obstetrícia, 117, 385–395.

Starck, É., Mittelmann, T. H., Lovatto, M. V. P., Nakalski, L. R & Abate, D. T. R. S. (2020). Complicações infecciosas no primeiro ano pós-transplante renal. Brazilian Journal Of Development, 6(6), 36663-36676. http://dx.doi.org/10.34117/bjdv6n6-270.

Downloads

Publicado

19/03/2022

Como Citar

SILVA, A. C. de P. .; CAMPOS, T. da S.; GONÇALVES, R. R.; TAVARES, J. M. A. B.; LINS, S. M. de S. B. .; OLIVEIRA, T. de M. .; MATTOS, A. S. P. X. de. Comportamentos de risco pós-transplante renal que influenciam na adesão ao tratamento. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e31311427343, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.27343. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27343. Acesso em: 7 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde