Comunicação entre profissionais de saúde e pessoas com anemia falciforme: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27673Palavras-chave:
Comunicação em saúde; Anemia falciforme; Equipe de assistência ao paciente.Resumo
Objetivo: analisar as evidências científicas a respeito da comunicação entre pessoas com anemia falciforme e profissionais de saúde. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa cuja busca dos estudos primários foi realizada nas bases de dados PubMed, LILACS, Embase e CINAHL. Resultados: dor, desconhecimento da própria doença, preconceito racial e percepção profissional quanto às pessoas com anemia falciforme serem viciadas nas medicações, dificultam a comunicação entre os envolvidos. Por outro lado, comunicação adequada junto ao profissional, cuidado baseado em evidências e assistência equânime colaboram para uma menor taxa de hospitalização e reinternação das pessoas com anemia falciforme. Pessoas com maior grau de escolaridade apresentam melhor capacidade de entenderem o conteúdo da comunicação com o profissional. Conclusão: uma comunicação adequada possibilita melhor interação entre profissional de saúde e pessoa com anemia falciforme e propicia um ambiente favorável para troca de saberes e assistência integral, com valorização dos indivíduos e atendimento de suas necessidades.
Referências
Almeida, Q., & Fófano, G. A. (2016). Tecnologias leves aplicadas ao cuidado de enfermagem na unidade de terapia intensiva: uma revisão de literatura. HU Revista (Online), 42(3), 191-196. https://hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/view/2494
Araújo, M. M. T., & Silva, M. J. P. (2012). O conhecimento de estratégias de comunicação no atendimento à dimensão emocional em cuidados paliativos. Texto & Contexto Enfermagem, 21(1), 121-129. DOI: 10.1590/S0104-07072012000100014.
Braga, E. M., & Silva, M. J. P. (2010). How communication experts express communicative competence. Interface, Comunicação, Saúde, Educação, 14(34), 529-538. DOI: 10.1590/S1414-32832010005000005
Brasil. (2012). Doença falciforme: condutas básicas para tratamento. Brasília: Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doenca_falciforme_condutas_basicas.pdf
Brasil. (2015). Doença falciforme: diretrizes básicas da linha de cuidado. Brasília: Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doenca_falciforme_diretrizes_basicas_linha_cuidado.pdf
Brennan-Cook, J., Bonnabeau, E., Aponte, R., Augistin, C., & Tanebe, P. (2018). Barriers to care for persons with sickle cell disease: the case manager’s opportunity to improve patient outcomes. Profissional Case Management, 23(4), 213-219. DOI: 10.1097/NCM.0000000000000260
Cordeiro, R. C., & Ferreira, S. L. (2009). Discriminação racial e de gênero em discursos de mulheres negras com anemia falciforme. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 13(2), 352-358. DOI: 10.1590/S1414-81452009000200016
Cordeiro, R. C., Ferreira, S. L., & Santos, A. C. C. (2014). Experiências do adoecimento de pessoas com anemia falciforme e estratégias de autocuidado. Acta Paulista de Enfermagem, 27(6), 499-504. DOI: 10.1590/1982-0194201400082
Cronin, R. N., Yang, M., Hankins, J. S., Byrd, J., Parnell, B. M., Kassim, A., Adams-Graves, P., Thompson, A. A., Kalinyak, K., DeBaun, M., & Treadwell, M. (2020). Association between hospital admissions and healthcare provider communication for individuals with sickle cell disease. Hematology, 25(1), 229-240. DOI: 10.1080/16078454.2020.1780737
Figueiredo, S. V., Lima, L. A., Silva D. P. B., Oliveira, R. M. C., Santos, M. P., & Gomes, I. L. V. (2018). Importância das orientações em saúde para familiares de crianças com doença falciforme. Revista Brasileira de Enfermagem, 7(6), 2974-2982. DOI: 10.1590/0034-7167-2017-0806
Figueiró, A. V. M., & Ribeiro, R. L. R. (2017). Vivência do preconceito racial e de classe na doença falciforme. Saúde e Sociedade, 26(1), 88-99. DOI: 10.1590/s0104-12902017160873
Franco, T. B., & Merhy, E. E. (2012). Cartografias do trabalho e cuidado em saúde. Revista Tempus Actas de Saúde Coletiva, 6(2), 151-163. DOI: 10.18569/tempus.v6i2.1120
Frost, J. R., Cherry, R. K., Oyeku, S. O., Faro, E. Z., Crosby, L. E., Britto, M., Tuchman, L. K., Horn, I. B., Homer, C. J., & Jain, A. (2016). Improving sickle cell transitions of care through health information technology. American Journal of Preventive Medicine, 51(1 Suppl 1), S17-S23. DOI: 10.1016/j.amepre.2016.02.004
Joanna Briggs Institute. (2014). Joanna Briggs Institute JBI’s critical appraisal tools assist in assessing the trustworthiness, relevance and results of published papers. Adelaide: JBI. https://jbi.global/critical-appraisal-tools
Martins, M. M. F., & Teixeira, M. C. P. (2017). Análise dos gastos das internações hospitalares por anemia falciforme no estado da Bahia. Cadernos de Saúde Coletiva, 25(1), 24-30. DOI: 10.1590/1414-462X201700010209
Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, 17(4), 758-764. DOI: 10.1590/S0104-07072008000400018
Miranda, F. R., Ivo, M. L., Teston, E. F., Lino, I. G. T., Mandetta, M. A., & Marcheti, M. A. (2020). Experiência da família no manejo da criança com anemia falciforme: implicações para o cuidado. Revista Enfermagem UERJ, 28, e51594. DOI: 10.12957/reuerj.2020.51594
Oliveira, E. N., Eloia, S. M. C., Lima, D. S., Eloia, S. C., & Linhares, A. M. F. (2017). Family needs a break: it takes care of people with mental disorder. Journal of Research Fundamenal Care Online, 9(1), 71-78. DOI: 10.9789/2175-5361.2017.v9i1.71-78
Pacheco, D. P., Costa, B. C., Nascimento., C. N., Souza, T. V., Depianti, J. R. B., & Laignier, M. R. (2019). O familiar da criança com doença falciforme: saberes e práticas. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 11(5), 1213-1218. DOI: 10.9789/2175-5361.2019.v11i5.1213-1218
Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., Shamseer, L., Tezlaff, J. M., Akl, E. A., Brennan, S. E., Chou, R., Glanville, J., Grimshaw, J. M., Hróbjartsson, A., Lalu, M. M., Li, T., Lorder, E. W., Mayo-Wilson, E., McDonald, S., McGuinness, L. A., Stewart, L. A., ... & Moher, D. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ, 372, 71. DOI: 10.1136/bmj.n7
Pelazza, B. B., Simoni, R. C. M., Freitas, R. G. B., Silva, B. R., & Silva, M. J. P. (2015). Visita de Enfermagem e dúvidas manifestadas pela família em unidade de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem, 28(1), 60-65. DOI: 10.1590/1982-0194201500011
Renedo A., Chakravorty, S., Leihg, A., Telfer, P., Warner, J. O., & Marston, C. (2019). Not being heard: barriers to high quality unplanned hospital care during young people's transition to adult services - evidence from 'this sickle cell life' research. BMC Health Service Research, 19, 876. DOI: 10.1186/s12913-019-4726-5.
Roman, A. R., & Friedlander, M. R. (1998). Revisão integrativa de pesquisa aplicada à enfermagem. Cogitare Enfermagem, 3(2), 109-112. DOI: 10.5380/ce.v3i2.44358
Schimidt,, T. C. G., & Silva, M. J. P. (2013). Influência das características físicas humana na comunicação do profissional da saúde com o idoso. Revista Mineira de Enfermagem, 17(3), 510-516. DOI: 10.5935/1415-2762.20130038
Silva, A. H., Bellato, R., & Araújo, L. (2013). Cotidiano da família que experiência a condição crônica por anemia falciforme. Revista Eletrônica de Enfermagem, 15(2), 437-446. DOI: 10.5216/ree.v15i2.17687
Silva, M. J. P. (2015). Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. 10a ed. São Paulo: Edições Loyola.
Soares, L. F., Lima, E. M., Silva, J. A., Silva, J. A., Silva, K. M. C., Lins, S. P., Damasceno, B. P. G. L., Verde, R. M. C. L., & Gonçalves, M. S. (2017). Prevalência de hemoglobinas variantes em comunidades quilombolas no estado do Piauí, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 22(11), 3773-3780. DOI: 10.1590/1413-812320172211.04392016
Wilkie, D. J., Johnson, B., Mack, A. K., Labotka, R., & Molokie, R. E. (2010). Sickle cell disease: an opportunity for palliative care across the life span. Nursing Clinics of North America, 45(3), 375-397. DOI: 10.1016/j.cnur.2010.03.003
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Fabiana Rodrigues Lima; Débora de Oliveira Ferreira; Larissa Cândido Melo; Verônica Borges Kappel; Mariana Torreglosa Ruiz; Maria Beatriz Guimarães Raponi; Bethania Ferreira Goulart
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.