Comunicação entre profissionais de saúde e pessoas com anemia falciforme: revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27673

Palavras-chave:

Comunicação em saúde; Anemia falciforme; Equipe de assistência ao paciente.

Resumo

Objetivo: analisar as evidências científicas a respeito da comunicação entre pessoas com anemia falciforme e profissionais de saúde. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa cuja busca dos estudos primários foi realizada nas bases de dados PubMed, LILACS, Embase e CINAHL. Resultados: dor, desconhecimento da própria doença, preconceito racial e percepção profissional quanto às pessoas com anemia falciforme serem viciadas nas medicações, dificultam a comunicação entre os envolvidos. Por outro lado, comunicação adequada junto ao profissional, cuidado baseado em evidências e assistência equânime colaboram para uma menor taxa de hospitalização e reinternação das pessoas com anemia falciforme. Pessoas com maior grau de escolaridade apresentam melhor capacidade de entenderem o conteúdo da comunicação com o profissional. Conclusão: uma comunicação adequada possibilita melhor interação entre profissional de saúde e pessoa com anemia falciforme e propicia um ambiente favorável para troca de saberes e assistência integral, com valorização dos indivíduos e atendimento de suas necessidades.

Biografia do Autor

Fabiana Rodrigues Lima, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG), Brasil

Débora de Oliveira Ferreira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG), Brasil

Larissa Cândido Melo, Hospital João XXIII

Hospital João XXIII, Brasil

Verônica Borges Kappel, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG), Brasil

Mariana Torreglosa Ruiz, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba (MG), Brasil

Maria Beatriz Guimarães Raponi, Universidade Federal de Uberlândia

Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia (MG), Brasil

Referências

Almeida, Q., & Fófano, G. A. (2016). Tecnologias leves aplicadas ao cuidado de enfermagem na unidade de terapia intensiva: uma revisão de literatura. HU Revista (Online), 42(3), 191-196. https://hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/view/2494

Araújo, M. M. T., & Silva, M. J. P. (2012). O conhecimento de estratégias de comunicação no atendimento à dimensão emocional em cuidados paliativos. Texto & Contexto Enfermagem, 21(1), 121-129. DOI: 10.1590/S0104-07072012000100014.

Braga, E. M., & Silva, M. J. P. (2010). How communication experts express communicative competence. Interface, Comunicação, Saúde, Educação, 14(34), 529-538. DOI: 10.1590/S1414-32832010005000005

Brasil. (2012). Doença falciforme: condutas básicas para tratamento. Brasília: Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doenca_falciforme_condutas_basicas.pdf

Brasil. (2015). Doença falciforme: diretrizes básicas da linha de cuidado. Brasília: Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doenca_falciforme_diretrizes_basicas_linha_cuidado.pdf

Brennan-Cook, J., Bonnabeau, E., Aponte, R., Augistin, C., & Tanebe, P. (2018). Barriers to care for persons with sickle cell disease: the case manager’s opportunity to improve patient outcomes. Profissional Case Management, 23(4), 213-219. DOI: 10.1097/NCM.0000000000000260

Cordeiro, R. C., & Ferreira, S. L. (2009). Discriminação racial e de gênero em discursos de mulheres negras com anemia falciforme. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 13(2), 352-358. DOI: 10.1590/S1414-81452009000200016

Cordeiro, R. C., Ferreira, S. L., & Santos, A. C. C. (2014). Experiências do adoecimento de pessoas com anemia falciforme e estratégias de autocuidado. Acta Paulista de Enfermagem, 27(6), 499-504. DOI: 10.1590/1982-0194201400082

Cronin, R. N., Yang, M., Hankins, J. S., Byrd, J., Parnell, B. M., Kassim, A., Adams-Graves, P., Thompson, A. A., Kalinyak, K., DeBaun, M., & Treadwell, M. (2020). Association between hospital admissions and healthcare provider communication for individuals with sickle cell disease. Hematology, 25(1), 229-240. DOI: 10.1080/16078454.2020.1780737

Figueiredo, S. V., Lima, L. A., Silva D. P. B., Oliveira, R. M. C., Santos, M. P., & Gomes, I. L. V. (2018). Importância das orientações em saúde para familiares de crianças com doença falciforme. Revista Brasileira de Enfermagem, 7(6), 2974-2982. DOI: 10.1590/0034-7167-2017-0806

Figueiró, A. V. M., & Ribeiro, R. L. R. (2017). Vivência do preconceito racial e de classe na doença falciforme. Saúde e Sociedade, 26(1), 88-99. DOI: 10.1590/s0104-12902017160873

Franco, T. B., & Merhy, E. E. (2012). Cartografias do trabalho e cuidado em saúde. Revista Tempus Actas de Saúde Coletiva, 6(2), 151-163. DOI: 10.18569/tempus.v6i2.1120

Frost, J. R., Cherry, R. K., Oyeku, S. O., Faro, E. Z., Crosby, L. E., Britto, M., Tuchman, L. K., Horn, I. B., Homer, C. J., & Jain, A. (2016). Improving sickle cell transitions of care through health information technology. American Journal of Preventive Medicine, 51(1 Suppl 1), S17-S23. DOI: 10.1016/j.amepre.2016.02.004

Joanna Briggs Institute. (2014). Joanna Briggs Institute JBI’s critical appraisal tools assist in assessing the trustworthiness, relevance and results of published papers. Adelaide: JBI. https://jbi.global/critical-appraisal-tools

Martins, M. M. F., & Teixeira, M. C. P. (2017). Análise dos gastos das internações hospitalares por anemia falciforme no estado da Bahia. Cadernos de Saúde Coletiva, 25(1), 24-30. DOI: 10.1590/1414-462X201700010209

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, 17(4), 758-764. DOI: 10.1590/S0104-07072008000400018

Miranda, F. R., Ivo, M. L., Teston, E. F., Lino, I. G. T., Mandetta, M. A., & Marcheti, M. A. (2020). Experiência da família no manejo da criança com anemia falciforme: implicações para o cuidado. Revista Enfermagem UERJ, 28, e51594. DOI: 10.12957/reuerj.2020.51594

Oliveira, E. N., Eloia, S. M. C., Lima, D. S., Eloia, S. C., & Linhares, A. M. F. (2017). Family needs a break: it takes care of people with mental disorder. Journal of Research Fundamenal Care Online, 9(1), 71-78. DOI: 10.9789/2175-5361.2017.v9i1.71-78

Pacheco, D. P., Costa, B. C., Nascimento., C. N., Souza, T. V., Depianti, J. R. B., & Laignier, M. R. (2019). O familiar da criança com doença falciforme: saberes e práticas. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 11(5), 1213-1218. DOI: 10.9789/2175-5361.2019.v11i5.1213-1218

Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., Shamseer, L., Tezlaff, J. M., Akl, E. A., Brennan, S. E., Chou, R., Glanville, J., Grimshaw, J. M., Hróbjartsson, A., Lalu, M. M., Li, T., Lorder, E. W., Mayo-Wilson, E., McDonald, S., McGuinness, L. A., Stewart, L. A., ... & Moher, D. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ, 372, 71. DOI: 10.1136/bmj.n7

Pelazza, B. B., Simoni, R. C. M., Freitas, R. G. B., Silva, B. R., & Silva, M. J. P. (2015). Visita de Enfermagem e dúvidas manifestadas pela família em unidade de terapia intensiva. Acta Paulista de Enfermagem, 28(1), 60-65. DOI: 10.1590/1982-0194201500011

Renedo A., Chakravorty, S., Leihg, A., Telfer, P., Warner, J. O., & Marston, C. (2019). Not being heard: barriers to high quality unplanned hospital care during young people's transition to adult services - evidence from 'this sickle cell life' research. BMC Health Service Research, 19, 876. DOI: 10.1186/s12913-019-4726-5.

Roman, A. R., & Friedlander, M. R. (1998). Revisão integrativa de pesquisa aplicada à enfermagem. Cogitare Enfermagem, 3(2), 109-112. DOI: 10.5380/ce.v3i2.44358

Schimidt,, T. C. G., & Silva, M. J. P. (2013). Influência das características físicas humana na comunicação do profissional da saúde com o idoso. Revista Mineira de Enfermagem, 17(3), 510-516. DOI: 10.5935/1415-2762.20130038

Silva, A. H., Bellato, R., & Araújo, L. (2013). Cotidiano da família que experiência a condição crônica por anemia falciforme. Revista Eletrônica de Enfermagem, 15(2), 437-446. DOI: 10.5216/ree.v15i2.17687

Silva, M. J. P. (2015). Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. 10a ed. São Paulo: Edições Loyola.

Soares, L. F., Lima, E. M., Silva, J. A., Silva, J. A., Silva, K. M. C., Lins, S. P., Damasceno, B. P. G. L., Verde, R. M. C. L., & Gonçalves, M. S. (2017). Prevalência de hemoglobinas variantes em comunidades quilombolas no estado do Piauí, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 22(11), 3773-3780. DOI: 10.1590/1413-812320172211.04392016

Wilkie, D. J., Johnson, B., Mack, A. K., Labotka, R., & Molokie, R. E. (2010). Sickle cell disease: an opportunity for palliative care across the life span. Nursing Clinics of North America, 45(3), 375-397. DOI: 10.1016/j.cnur.2010.03.003

Downloads

Publicado

24/03/2022

Como Citar

LIMA, F. R. .; FERREIRA, D. de O.; MELO, L. C. .; KAPPEL, V. B. .; RUIZ, M. T.; RAPONI, M. B. G. .; GOULART, B. F. . Comunicação entre profissionais de saúde e pessoas com anemia falciforme: revisão integrativa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e47611427673, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.27673. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27673. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde