Experiências de mulheres acerca da violência obstétrica durante o trabalho de parto: uma revisão de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.27740

Palavras-chave:

Violência contra a mulher; Trabalho de parto; Assistência à saúde; Institucionalização.

Resumo

Analisar as experiências de violência obstétrica de mulheres durante o trabalho de parto evidenciado na literatura. Trata-se de uma revisão integrativa realizada em novembro de 2021. A busca se deu nas bases de dados LILACS, PubMed/MEDLINE e BDENF. Foram incluídos artigos em português, inglês e espanhol durante o período de 2011 a 2021. Os achados foram discutidos com base nas publicações da literatura. Dos seis artigos selecionados no estudo, observou-se que a violência obstétrica foi expressa através de situações como a agressão verbal, humilhações, falta de privacidade e de atenção, abandono, procedimentos desnecessários, infraestrutura precária e proibição do acompanhante durante o trabalho de parto. Como também, a violência obstétrica de mulheres de cor negra também foi apontada nos estudos. É preciso fortalecer a discussão e ampliar o conhecimento dos profissionais e da sociedade no geral acerca da violência obstétrica. As boas práticas obstétricas devem ser incorporadas ainda na formação dos profissionais na academia.

Biografia do Autor

Júlio César Bernardino da Silva , Universidade de Pernambuco

Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento Socioambiental da Universidade de Pernambuco/ UPE Multicampi Garanhuns.

Tarcia Regina da Silva , Universidade de Pernambuco

Doutorado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba/UFPB

Suely Emilia de Barros Santos, Universidade de Pernambuco

Doutorado em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

Referências

Aguiar, J. M., D'oliveira, A. F. P. L., Schraiber, L. B. (2013). Violência institucional, autoridade médica e poder nas maternidades sob a ótica dos profissionais de saúde. Cad saúde, 29(11), 2287-96.

Bezerra, E. L. M, et al. (2020). Aspectos da violência obstétrica institucionalizada. Enferm. Foco, 11(6), 157-64.

Brasil. (2005) Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Lei nº 11.108 de 07 de abril de 2005. Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990-SUS. Brasília (DF). Seção 1.

Carer, M. A. S. et al. (2021). Experiencias de puérperas sobre violencia obstétrica en la perspectiva. Revista Cubana de Enfermagem, 37(2), 3549.

Carneiro, R. (2015). To go past the Bojador, one must go beyond pain": labor suffering and its potencial. Sex salud soc, 1(20), 91-112.

Cassiano, A. N. et al. (2016). Expresiones de violencia institucionalizada en el parto: una revisión integradora. Enferm Glob, 44(1), 452-64.

Carvalho, V. F. et al. (2012). Como os trabalhadores de um Centro Obstétrico justificam a utilização de práticas prejudiciais ao parto normal. Rev Esc Enferm USP, 46(1), 30-7.

Diniz, G. S. et al. (2015). Violência obstétrica como questão para a saúde pública no Brasil: origens, definições, tipologia, impactos sobre a saúde materna, e propostas para sua prevenção. J Hum Growth Dev, 25 (3), 377-6.

Diniz, C. S. et al. (2014). Implementação da presença de acompanhantes durante a internação para o parto: dados da pesquisa nacional Nascer no Brasil. Cad Saúde Pública, 30(1), 140-53.

Estumano, V. K. C. et al. (2017). Violência obstétrica no Brasil: casos cada vez mais frequentes. Revista Recien-Revista Científica de Enfermagem, 7(19), 83-91.

Junqueira, T. L. et al. (2019). Gestantes que recebem informações de profissionais de saúde conhecem seus direitos no período gravídico-puerperal. Enferm Foco, 10(4), 67-72.

Leal, M. C. et al. (2017). A cor da dor: iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 33(1).

Leal, M. C & Gama, S. G. N. (2014). Nascer no Brasil. Cad Saúde Pública, 30(1), 5.

Liberati, A. et al. (2009). The PRISMA statement for reporting systematic reviews and meta-analyses of studies that evaluate health care interventions: explanation and elaboration. PLoS Med, 6(7), 1000100.

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P., Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto contexto-enferm, 17(1), 4.

Ministério da Saúde. (2016). Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Diretriz nacional de assistência ao parto normal: relatório de recomendação [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde.

Ministério da Saúde. (2013). Secretaria de Atenção à Saúde. Gravidez, parto e nascimento com saúde, qualidade de vida e bem-estar [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde.

Ministério da Saúde. (2014). Humanização do parto e do nascimento [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2014 [citado 2021 Dezembro 12]. (Cadernos HumanizaSUS; vol. 4).

Monguilhott, J. J. C. et al. (2018). Nasceu no Brasil: a presença do acompanhante favorece a aplicação de boas práticas na assistência ao parto na região Sul. Rev Saude Publica, 52(1).

Organização Mundial da Saúde. (2014). Prevenção e eliminação de abusos, desrespeito e maustratos durante o parto em instituições de saúde [Internet]. Genebra: OMS; 2014 [citado 2021 Dezembro 12].

Oliveira, M. R. T. et al. (2020). Mulher e parto: significados da violência obstétrica e a abordagem de enfermagem. Rev enferm UFPE on line, 14, 243996.

Oliveira, V. J & Penna, C. M. M. (2017). O discurso da violência obstétrica na voz das mulheres e dos profissionais de saúde. Texto Contexto Enferm, 26, (2), 06500015.

Pinheiro, B. C & Bittar, C. M. (2013). Expectativas, percepções e experiências sobre o parto normal: relato de um grupo de mulheres. Fractal Rev Psicol, 25(3), 585-602.

Pollock, A & Berge, E. (2018). How to do a systematic. review. Int J Stroke, 13(2), 138-56.

Rodrigues, D. P. et al. (2015). The pilgrimage in reproductive period: a violence in the field of obstetrics. Esc Anna Nery, 19(4), 614-20.

Rodrigues, D. P. et al. (2015). Obstetrical violence as practice in health care to woman during labor: reflective analysis. J nurs UFPE on line, 9 (5), 8461-7.

Santos, R. A. A., Melo, M. C. P., Cruz, D. D. (2015). Trajetória de humanização do parto no Brasil a partir de uma revisão integrativa de literatura. Cad. Cult. Ciênc, 13(2).

Stillwell, S. et al. (2010). Evidence-based practice, step by step: searching for the evidence. Am J Nurs, 110(5), 41-7.

Silva, M. C. et al. (2018). Parto e nascimento na região rural: a violência obstétrica. Rev enferm UFPE on line, 12(9),2407-17.

Silva, R. L. V. et al. (2016). Violência obstétrica sob o olhar das usuárias. Rev enferm UFPE on line. 10(12), 4474-80.

Tesser, C. D. et al. (2015). Obstetric violence and quaternary prevention: what it is and what to do. Rev Bras Med Fam Comunidade, 10(35), 1-12.

Teran, P. et al. (2013). Violencia obstétrica: percepción de las usuarias. Rev Obstet Ginecol Venez, 3(73), 171-80.

Viana, L. V. M., Ferreira, K. M., Mesquita, M. A. S. B. (2014). Humanization normal child birth: a review of literature. Rev. Saúde em Foco, 1(2), 134-48.

Whittemore, R & Knafl, K. (2005). The integrative review: update methodology. J Adv Nurs, 52(5):546-53.

Downloads

Publicado

05/04/2022

Como Citar

SILVA , J. C. B. da .; SILVA , T. R. da .; SANTOS, S. E. de B. . Experiências de mulheres acerca da violência obstétrica durante o trabalho de parto: uma revisão de literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 5, p. e25011527740, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i5.27740. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27740. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde