Algumas considerações psicanalíticas sobre as psicoses
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.27990Palavras-chave:
Psicanálise; Psiquiatria; Clínica lacaniana das psicoses.Resumo
Este artigo tem como proposta discutir algumas considerações teóricas sobre as psicoses a partir da psicanálise. A metodologia utilizada é a pesquisa psicanalítica a partir de revisão bibliográfica. Situa-se a diferença entre a ciência psiquiátrica e a psicanálise, que abre outra proposta de tratamento na direção da incidência do inconsciente. Discorre-se a respeito do Nome-do-Pai e da metáfora paterna como formulações teóricas fundamentais para se pensar o funcionamento psíquico na psicose. Destacando que o Nome-do-Pai é o suporte da função simbólica, que faz operar a lei sustentada pelo pai simbólico em sua incidência do significante fálico, sendo o que fica de fora, o que é foracluído, na psicose. Para concluir, considera-se que Lacan, em sua releitura a Freud, avança na questão do tratamento do paciente psicótico, destaca-se a fundamental importância das suas elaborações teórico-clínicas nas psicoses, que diz que a loucura é um funcionamento próprio que rompe com essa possibilidade de endereçamento ao Outro, mas que poderá ser escutado em sua condição de sujeito que participa da linguagem, de uma forma diferente, em suas construções delirantes e alucinatórias. Lacan convoca os analistas ao trabalho com essa clínica, na direção do seu ensino e transmissão, mantendo a questão, do que é possível no tratamento. Aposta-se no trabalho, no que for possível, a cada um paciente e a cada um analista.
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