Mortalidade por malformações congênitas em aparelho circulatório em menores de 1 ano na região Sudeste do Brasil entre 2014 e 2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.27993Palavras-chave:
Anormalidades congênitas; Sistema Cardiovascular; Mortalidade; Criança.Resumo
Objetivo: Analisar os índices de mortalidade por malformações congênitas em aparelho circulatório em crianças menores de 1 ano na região Sudeste do Brasil entre os anos de 2014 e 2019. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal realizado através da análise quantitativa e qualitativa da amostra composta pelos óbitos de crianças menores de 1 ano, em decorrência de malformações congênitas em aparelho circulatório, na região Sudeste brasileira no período decorrido entre 2014 e 2019. Os dados foram coletados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponibilizados por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídas todas as notificações realizadas durante o intervalo de seis anos estudado e excluídas as informações não computadas pelo SIM. A análise dos aspectos epidemiológicos partiu das seguintes variáveis: ano de óbito, Unidade da Federação (UF), local de ocorrência, cor/raça e sexo. Resultados: Foi computado o total de 9.884 óbitos, distribuídos de maneira pouco variável entre os anos observados. Destes, 51,82% ocorreu no estado de São Paulo; 94,55% em ambiente hospitalar; 62,09% em crianças de cor/raça branca e 53,3% em crianças do sexo masculino. Conclusão: O presente estudo elucidou e relacionou os aspectos epidemiológicos dos óbitos por malformações congênitas em aparelho circulatório em crianças menores de 1 ano entre 2014 e 2019, contribuindo, assim, para o reconhecimento do impacto destas condições sobre a vida da criança e da importância de medidas diagnósticas precoces na redução da mortalidade.
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