Fatores associados ao desenvolvimento de infecção relacionadas a assistência à saúde na unidade de terapia intensiva: uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28125Palavras-chave:
Unidades de Terapia Intensiva; Infecções hospitalares; Profissionais de saúde.Resumo
A infecção é uma ocorrência comum entre os pacientes na unidade de terapia intensiva (UTI) e um pré-requisito para o desenvolvimento da sepse. Os pacientes atendidos na UTI apresentam risco aumentado de infecções associadas à assistência à saúde (IRAS) devido à natureza invasiva de muitos tratamentos, como ventilação mecânica, cateterismo urinário e acesso venoso central. O presente estudo tem como objetivo descrever os fatores que levam o desenvolvimento de infecção relacionadas a assistência à saúde na unidade de terapia intensiva. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, onde se adotou a revisão integrativa da literatura, realizado através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados do Pubmed, usando os cruzamentos dos descritores em inglês “Hospital infections”, “Intensive care unit” e “health care”. Para a avaliação do problema de pesquisa e sua estratificação foi utilizada a estratégia PVO. Sendo formulada a seguinte questão norteadora: Quais são os fatores que levam o surgimento de infecções na unidade de terapia intensiva? As infecções hospitalares em unidades de terapia intensiva são mais comumente associadas a tratamentos invasivos e técnicas de diagnóstico, bem como ao uso de dispositivos de suporte ou monitoramento da vida direta ou indiretamente. Microrganismos gram-negativos foram identificados com mais frequência do que microrganismos gram-positivos na cultura. Idade avançada, câncer metastático comórbido, infecção por HIV e insuficiência cardíaca foram independentemente associados a um maior risco de morte. Essa variação foi associada a fatores específicos do paciente e da doença e ao processo de atendimento e diferenças de país para país.
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