Percepção imunohistológica sobre a correlação entre a musculatura cardíaca e lingual na doença chagásica crônica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28156Palavras-chave:
Chagas disease; Cytokines; Tongue; T. cruzi.Resumo
Objetivo: Avaliar e comparar o infiltrado inflamatório, área de células musculares, densidade de microvasos (MVD) e expressão de citocinas no miocárdio (MM) e na musculatura lingüística (LM) entre indivíduos chagásicos e não chagásicos. Métodos: Fragmentos de MM e LM de indivíduos chagásicos crônicos autopsiados (CC) (n=18) e não chagásicos (n=24) foram processados histologicamente para avaliação histoquímica e imunohistoquímica. Foi avaliado o MVD pelo CD31 e quantificação das células imunes infiltradas em MM e LM, e também expressão de IL-1, IL-10 e TGF- β1. Resultados: Houve maior intensidade de inflamação e maior área de células musculares no miocárdio e língua chagásica em comparação com indivíduos não chagásicos (p<0,0001). Nos indivíduos chagásicos, houve uma correlação positiva: em relação à MVD entre a LM e MM (p=0,049); entre área de MM e densidade de leucócitos expressando TGF-β1 (p=0,049); e IL-10 correlacionada com MM e LM (p=0,029). Conclusões: A correlação entre a densidade de leucócitos imunizados por anti-TGF-β1 e a hipertrofia no miocárdio sugere a participação desta citocina na hipertrofia do músculo cardíaco. Além disso, a hipertrofia nos músculos do miocárdio e lingual, e a expressão concomitante de CD31 e IL-10 entre o miocárdio e a musculatura lingual em indivíduos chagásicos sugere que a avaliação da musculatura da língua apresenta certas similaridades como um músculo do miocárdio em CC. Entretanto, são necessários mais estudos para verificar em outras fases da doença, se o parasita está instalado na língua ou se os mecanismos são reflexos de mudanças sistêmicas no nível de resposta imunológica.
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