Regulação para a Exploração do Fraturamento Hidráulico em Recursos não Convencionais no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28208Palavras-chave:
Hydraulic fracking; Regulation; Non-conventional resources.Resumo
No Brasil, ainda não é possível utilizar o fraturamento hidráulico como técnica para exploração de recursos não convencionais. Ante a tentativa de licitação de blocos em áreas não convencionais em 2013, e a regulamentação dessa técnica de exploração em 2013-2014, vieram à tona discussões sobre a viabilidade desse tipo de atividade econômica no país, tendo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) atuado de forma a promover discussões com a sociedade sobre o tema. Esse artigo propôs a análise dos processos de regulamentação do fraturamento hidráulico em recursos não convencionais no Brasil para compreender pontos sensíveis ao exercício dessa prática no país. Por meio da análise dos processos e procedimentos adotados pelos entes competentes, notadamente da ANP, foi possível compreender como se deu o processo de regulamentação de forma a vislumbrar aprimoramentos que possam viabilizar essa atividade no futuro. Na análise, observou-se que o primeiro intento nacional precedeu à estruturação de uma norma própria para regular a atividade. Contudo, análises dos processos administrativos que conduziram a 12ª Rodada de Licitações da ANP e da elaboração da Resolução ANP nº 21/2014 evidenciam que este sequer foi um ponto sensível à implementação dessas operações. O Estudo concluiu que, em que pese haver espaço para aprimoramento regulatório, o principal óbice à exploração dessa atividade decorre da incipiência dos dados geológicos à época do certame de 2014.
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