Associação entre perfil de aleitamento e má oclusão de crianças em um programa preventivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28218Palavras-chave:
Aleitamento materno; Má oclusão; Chupeta; Dentição decídua; Mamadeira.Resumo
Objetivo: Analisar a influência do perfil de aleitamento sobre as características oclusais da dentição decídua em crianças participantes e não participantes de um programa odontológico educativo- preventivo, bem como sua influência nesses aspectos. Métodos: Este estudo transversal foi realizado por meio de um questionário preenchido pelos responsáveis combinado com o exame das características oclusais de 400 crianças com idade entre 27 e 48 meses, divididas em 2 grupos, 200 participantes de um programa odontológico preventivo, Bebê Clínica (BC), e 200 de escolas da cidade, não participantes de programa odontológico preventivo. O questionário incluiu informações retrospectivas sobre duração, tipo e forma de aleitamento e hábitos de sucção não nutritiva (HSNN). A avaliação clínica da oclusão dentária também foi realizada, utilizando-se o índice de má oclusão recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Os dados foram analisados pelo teste do qui-quadrado. Resultados: Em ambos os grupos, uma alta porcentagem de mães amamentaram seus filhos (90% BC; 84,5% escolas); alto percentual de crianças apresentou HSNN (64,5% BC; 57,5% escolas), assim como uma alta taxa de má oclusão dentária (63% BC; 58% escolas), sendo a principal a mordida aberta anterior (20,5% BC; 15% escolas). Em ambos os grupos, menor ocorrência de má oclusão foi observada em crianças que receberam aleitamento materno exclusivo até os seis meses (29,5% BC; 16,5% escolas). Conclusões: nossos resultados indicaram que crianças que foram amamentadas até 6 meses apresentaram menor ocorrência de má oclusão em comparação com aquelas que tiveram desmame precoce.
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