Efeito do estádio de maturação na composição física, química e bioquímica de amora-preta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2824

Palavras-chave:

Morus nigra L.; Antocianinas; Pectina; Pectina metilesterase; Poligalacturonase.

Resumo

Este trabalho teve como objetivo avaliar as características físicas, químicas e bioquímicas da amoreira preta (Morus nigra L.) cultivada em Lavras, Minas Gerais, Brasil, em diferentes estádios de maturação. Os frutos foram colhidos e separados em cinco estádios diferentes, de acordo com a cor da superfície. Posteriormente, os frutos foram submetidos às análises físico-químicas e análise da atividade da pectina metilesterase e poligalacturonase. Com o avanço dos estádios de maturação da amoreira preta, foi possível observar a degradação da clorofila com a síntese concomitante de antocianina. Houve aumento do teor de sólidos solúveis, açúcares e pH, diminuição da acidez total e da taxa respiratória, bem como diminuição da pectina total e aumento da pectina solúvel. Além disso, foi observado um aumento da atividade das enzimas pectina metilesterase e poligalacturonase e consequente amolecimento dos frutos.

Referências

Acosta-Montoya, O., Vaillant, F., Cozzano, S., Mertz, C., Pérez, A. M., & Castro, M. V. (2010). Phenolic content and antioxidant capacity of tropical highland blackberry (Rubus adenotrichus Schltdl.) during three edible maturity stages. Food Chemistry, 119, 1497–1501.

Álvares, V. S., Braga, L. R., Maia, V. M., Salomão, L. C. C., Bruckner, C. H., & Ruiz, G. A. C. (2004). Desenvolvimento do pêssego ‘Rei da Conserva’ em Viçosa-MG. Revista Ceres, 52, 275-283.

Anthon, G. E., Sekine, Y., Watanabe, N., & Barrett, D. M. (2002). Thermal inactivation of pectin methylesterase. polylagacturonase. and perosidase in tomate juice. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 50. 6153-6159.

Antunes, L. E. C., Gonçalves, E. D., & Trevisan. R. (2006). Alterações de compostos fenólicos e pectina em pós-colheita de frutos de amora-preta. Revista Brasileira de Agrociência, 12(1), 57-61.

Association of Official Analytical Chemistry. (2012) Official methods of analysis. 19th ed. Gaithersburg. 3000p.

Barcia, M. T., Pertuzatti, P. B., Jacques, A. C., Godoy, H. T., & Zambiazi, R. (2012). Bioactive compounds. antioxidant activity and percent composition of jambolão fruits (Syzygium cumini). The Natural Products Journal, 2(2), 129-138.

Bicalho, U. O., Chitarra, A. B., Chitarra, M. I. F., & Coelho, A. H. R. (2000). Modificações texturais em mamões submtidos à aplicação pós-colheita de cálcio e embalagens PVC. Ciência e Agrotecnologia, 24(1), 136-146.

Borsatti, F. C., Mazaro, S. M., Danner, M. A., Nava, G. A., & Dalacosta, N. L. (2015). Indução de resistência e qualidade pós-colheita de amora-preta tratada com ácido salicílico. Revista Brasileira de Fruticultura, 37(2), 318-326.

Buescher, R. W., & Furmanski, R.J. (1978). Role of pectinesterase and polygalacturonase in the formation of woolliness in peaches. Journal of Food Science, 43(1), 264-266.

Chitarra, M. I. F., & Chitarra, A. B. (2005). Pós-colheita de Frutas e Hortaliças: fisiologia e manuseio. 2ª. ed. Lavras: UFLA. 785 p.

Dische, Z. (1962). General color reactions. In: Whistler, R. L.; Wolfran, M. L. Carbohydrate chemistry. New York: Academic, 477-512.

Engel, V. L., & Poggiani, F. (1991). Estudo da concentração de clorofilas nas folhas e seu espectro de absorção de luz em função do sombreamento em mudas de quatro espécies florestais nativas. Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, 3(1), 39-45.

Ercisli. S., & Orhan. E. (2007). Chemical composition of white (Morus alba). red (Morus rubra) and black (Morus nigra) mulberry fruits. Food Chemistry, 103, 1380–1384.

Evangelista, R. M., Chitarra, A. B., & Chitarra, M. I. F. (2000). Influência da aplicação pré-colheita de cálcio na textura e na atividade das enzimas PG. PME e β-galactosidase de mangas ‘Tommy Atkins’ armazenadas sob refrigeração. Ciência e Agrotecnologia, 24, 174-181.

Ferreira, D. F. (2014). Sisvar: a Guide for its Bootstrap procedures in multiple comparisons. Ciência e Agrotecnologia, 38(2), 109-112. 2014.

Gomes, V. M., Coneglian, R. C. C., Castricini, A., Medeiros, A. S. F., & Vital, H. C. (2004). Utilização de atmosfera modificada e radiação gama na manutenção da qualidade de tomate de mesa (Lycopersicum esculentum Mill.) em pós-colheita: avaliação química. Revista Universidade Rural, 24(1), 99-105.

Gundogdu, M., Muradoglu, F., Sensoy, R. Y. G., & Yilmaz, H. Determinação das propriedades químicas do fruto de Morus nigra L. Morus alba L. e Morus rubra L. por HPLC. Scientia Horticulturae, 132, 37-41.

Han, Q., Gao, H., Chen, H., Fang, X., & Wu, W. (2017). Precooling and ozone treatments affects postharvest quality of black mulberry (Morus nigra) fruits. Food Chemistry, 221, 1947-1953.

Hultin, H. O., Sun, B., & Bulger, J. (1966). Pectin methyl esterases of the banana. Purification and properties. Journal of Food Science, 31(3), 320-327.

Jacomino, A. P., Kluge, R. A., Brackmann, A., & Castro, P. R. C. (2002). Amadurecimento e senescência de mamão com 1-metilciclopropeno. Scientia Agricola, 59(2), 303-308.

Lees, D. H., & Francis, F. J. (1072). Standardization of pigment analysis in Cranberries.

Hortscience, 71, 83-84.

Lin, C., & Lay, H. (2013). Characteristics of fruit growth. component analysis and antioxidant activity of mulberry (Morus spp.). Scientia Horticulturae, 162, 285-292.

Markovic, O., Heinrichová, K., & Lenkey, B. (1975). Pectolytic enzymes from banana. Collection Czechoslovak Chemistry Community, 40(3), 769-774.

Mccread, P. M., & Mccoomb, E. A. (1952). Extraction and determination of total pectin materials. Analytical Chemistry, 24(12), 1986-1988.

Oliveira, M. N. S., Gusmão, E., Lopes, P. S. N., Simões, M. O. M., Ribeiro, L. M., & Dias, B. A. S. (2006). Estádio de maturação dos frutos e fatores relacionados aos aspectos nutritivos e de textura da polpa de pequi (Caryocar brasiliense Camb.). Revista Brasileira de Fruticultura, 28(3), 380-386.

Ozgen, M., Serce, S., Kaya, C. (2009). Phytochemical and antioxidant properties of anthocyanin-rich Morus nigra and Morus rubra fruits. Scientia Horticulturae, 119, 275–279.

Pires, C. R. F., Lima, J. P., Elias. H. H. S., Souza, M. G., & Lima, L. C. O. (2016) Perfil enzimático de amoras-pretas armazenadas sob diferentes temperaturas de refrigeração. Brazilian Journal of Food Research, 7(2), 53-66.

Poling, E. B. (1996). Blackberries. Journal of Small Fruit and Viticulture, 14(2), 38-69.

Ramos-Solano, B., Algar, E., Gutierrez-Mañero, F. J., Bonilla, A., Lucas, J. A., & García-Seco, D. (2015). Bacterial bioeffectors delay postharvest fungal growth and modify total phenolics. flavonoids and anthocyanins in blackberries. LWT - Food Science and Technology, 61(2), 437-443.

Ratner, A., Goren, R., & Monselise, S. P. (1969). Activity of pectin esterase and cellulose in the abscission zone of citrus leaf explants. Plant Physiology, 44, 1717 - 1723.

Resende, J. M., Chitarra, M. I. F., Maluf, W. R., Chitarra, A. B., & Saggin Júnior, O. J. (2004). Atividade de enzimas pectinametilesterase e poligalacturonase durante o amadurecimento de tomates do grupo multilocular. Horticultura Brasileira, 22(2), 206-212.

Rutz, J. K., Voss, G. B., & Zambiazi, R. C. (2012). Influence of the degree of maturation on the bioactive compounds in blackberry (Rubus spp.) cv. Tupy. Food and Nutrition Sciences, 3, 1453–1460.

Souza, A. V., Rodrigues, R. J., Gomes, E. P., Gomes, G. P., & Vieites, R. L. (2015). Caracterização bromatológica de frutos e geleias de amora-preta. Revista Brasileira de Fruticultura, 37(1), 013-019.

Souza, V. R., Pereira, P. A. P., Silva, T. L. T., Lima, L. C. O., Pio, R., & Queiroz, F. (2014). Determination of the bioactive compounds. antioxidant activity and chemical composition of Brazilian blackberry. red raspberry. strawberry. blueberry and sweet cherry fruits. Food Chemistry, 156, 362–368.

Vilas Boas, E. V. B., Chitarra, A. B., & Chitarra, M. I. F. (1996). Modificações pós-colheita de banana 'Prata' gama irradiada. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 31(9), 599-607.

Vilas Boas, B. M., Nunes, E. E., Fiorini, F. V. A., Lima, L. C. O., Vilas Boas, E. V. B., & Coelho, A. H. R. (2004). Avaliação da qualidade de mangas ‘Tommy Atkins’ minimamente processadas. Revista Brasileira de Fruticultura, 26(3), 540-543.

Wills, R. B. H., Mcglasson, W. B., Graham, D., & Joyce, D. C. (2007). Postharvest. 5th ed. Sydney: UNSW. 227p.

Zielinski, A. A. F., Goltz, C., Yamato, M. A. C., Ávila, S., Hirooka, E. Y., Wosiacki, G., Nogueira, A., & Demiate, I.M. (2015). Blackberry (Rubus spp.): influence of ripening and processing on levels of phenolic compounds and antioxidant activity of the ‘Brazos’ and ‘Tupy’ varieties grown in Brazil. Ciência Rural, 45(4), 744-749.

Downloads

Publicado

21/03/2020

Como Citar

LAGO, R. C. do; SILVA, J. S.; PINTO, K. M.; RODRIGUES, L. F.; BOAS, E. V. de B. V. Efeito do estádio de maturação na composição física, química e bioquímica de amora-preta. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 4, p. e49942824, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i4.2824. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2824. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas