Efeitos da ozonioterapia em modelo experimental murino de vulvovaginite por Candida albicans
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28354Palavras-chave:
Candida Albicans; Candidíase; Ozônio; Murinae; Ensino.Resumo
Os antifúngicos utilizados no tratamento da candidíase vulvovaginal embora eficazes, podem ter efeitos colaterais e alto custo, o que pode não ocorrer com o uso medicinal do ozônio. O estudo objetivou avaliar os efeitos da ozonioterapia doméstica medicinal sobre C. albicans. O experimento foi conduzido in vitro, cultivando C. albicans em placas de Petri de 10mm, contendo meio sólido Agar Sabour e Dextrose (Oxoid). O experimento in vivo utilizou camundongos C57/BL6 fêmeas de 45 dias e após supressão da atividade ovariana, 20 µL de suspensão de C. albicans em PBS estéril, na concentração de 105 células de levedura, foram inoculados em dose única, sob anestesia. A distribuição ocorreu em 4 grupos: (i) Grupo Controle Absoluto (GCA): Não submetido à infecção pelo patógeno. (ii) Grupo Controle (GC): Submetido à infecção por C. albicans, mas não tratado. (iii) Grupo Ozonioterapia (GO): Submetido a infecção e tratado com ozonioterapia medicinal. (iv) Grupo Lavagem (GL): Submetido à infecção e posteriormente tratado com lavagem vaginal. Verificou-se que GC apresentou maior quantidade de UFC quando comparada com GO. A exposição por 600s foi capaz de reduzir em 98,89% o número de UFCs quando comparado ao GC. O estudo conclui que o gás ozônio mostrou grande eficácia na proliferação de C. albicans in vitro. Os melhores resultados foram observados com aplicação em meio líquido, no entanto, a ozonioterapia foi capaz de reduzir significativamente a infecção no modelo experimental utilizado. Nos experimentos realizados in vivo, o número de UFC/ml encontrado foi menor no grupo tratado com ozônio.
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