Análise do uso de vegetação na contenção de taludes
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28510Palavras-chave:
Taludes; Estabilidade; Processos erosivos; Ensino.Resumo
Objetivou-se com este trabalho promover uma contextualização, de forma a reunir informações técnicas, normativas e práticas que possam contribuir com os técnicos e acadêmicos da área de engenharia civil para a conscientização sobre a importância dos estudos e projetos adequados para a segurança de encostas. Para atingir o objetivo desse trabalho optou-se por uma revisão atualizada do tema, através de pesquisa bibliográfica da literatura. Os taludes, por sua vez, se classificam como uma região qualquer inclinada de um bloco de solo ou rocha. Além disso, podem ser naturais, vertentes ou casos de encostas, naturais ou artificiais e aterros. Três fatores atuam concomitantemente para dar estabilidade à uma encosta ou talude: sua geometria, suas propriedades geológicas e condições ambientais do território onde o mesmo se encontra. A vegetação possui uma importante relevância afim de que a estabilidade de encostas seja protegida, visto que a erradicação da própria pode causar áreas de risco. Dentre esses riscos, estão as erosões que se classificam em erosão por colisão da chuvarada (splash), erosão laminar ou em lençol, erosão linear ou por fluxo concentrado. O aproveitamento de vertentes com revestimento com vegetação vem sendo um importante meio de evitar o desgaste aparente, sendo considerada uma técnica de prevenção, na qual a plantação de grama é uma técnica de ótimo custo benefício e de fácil execução. Sendo assim, a vegetação favorece para a constância do solo, especialmente pela ampliação da resistência ao cisalhamento pela contribuição oferecida pelas raízes.
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