Análise epidemiológica das internações por infarto agudo do miocárdio no território brasileiro entre 2012 e 2021
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28533Palavras-chave:
Epidemiologia; Infarto Agudo do Miocárdio; Internação hospitalarResumo
Introdução: O infarto agudo do miocárdio é um evento causado por isquemia em cardiomiócitos e, a depender da extensão da lesão, pode levar a disfunção importante do coração, possivelmente fatal. O presente trabalho tem como objetivo avaliar as internações por IAM no território brasileiro, no intervalo entre janeiro de 2012 e dezembro de 2021. Metodologia: Estudo de caráter epidemiológico, descritivo, quantitativo e retrospectivo, cujos dados submetidos a análise secundária foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Resultados e discussão: No período analisado, foram registradas 1.103.858 internações por infarto agudo do miocárdio em todo o Brasil. Nesse intervalo de tempo, o padrão do número total de internações em todo o Brasil foi predominantemente crescente. A distribuição do total de internações conforme o território brasileiro aconteceu da seguinte maneira: a região Norte acumulou 45.717 internações (4,1%), o Nordeste 217.909 (19,7%), a região Sudeste 548.239 (49,7%), o Centro-Oeste 76.017 (6,9%) e o Sul do Brasil 215.976 (19,6%). A região Nordeste apresentou a maior taxa de mortalidade, seguida pelo Norte e pelo Sudeste. Houve predomínio do sexo masculino e da faixa-etária dos 60 aos 69 anos. Os gastos em 2021 com as internações por infarto agudo do miocárdio ultrapassam meio milhão de reais. Conclusão: houve aumento crescente do número total de internações, com grande concentração na região sudeste, porém maior taxa de mortalidade no Nordeste, predomínio masculino e de sexagenários, a altos custos para o sistema de saúde em todo o Brasil.
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