Análise do juramento hipocrático à luz da bioética principialista e de Edgar Morin
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28552Palavras-chave:
Bioética; Ensino de saúde; Juramento hipocrático; Medicina.Resumo
Este estudo teve por objetivo analisar o Juramento Hipocrático à luz da Bioética Principialista e as contribuições de Edgar Morin para a qualificação ética na prática profissional em saúde. Trata-se de análise teórico-reflexiva com seleção de artigos científicos nas bases de dados como o SCIELO, Pubmed e livros que tratam do tema e, em seguida, foi realizada a análise do Juramento Hipocrático embasando-se as discussões narrativas no desenvolvimento deste estudo. O resultado apontou que a bioética permeia a resolução de conflitos e dilemas morais que surgem nas relações humanas, entendendo o indivíduo como ser detentor de competências cognitivas e morais, capaz de atuar de forma livre e responsável, estando a bioética principialista pautada nos princípios de Autonomia; Não Maleficência; Beneficência; e Justiça. Existe equivalência de passagens em comum entre a Bioética e o Juramento hipocrático, o que evidencia, em muitos momentos, a coerente postura de não causar prejuízos, de forma a evitar o sofrimento do doente, mantendo-se o justo. Nesse contexto, Morin traz contribuições importantes ao estudo ao articular a ética como elemento imprescindível para a construção de novas condutas e posturas; a indissociabilidade da ética e dos valores morais do indivíduo; a ética do indivíduo perante a sociedade, a vida profissional e a humanidade.
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