Lesões orais diagnosticadas por biópsia no município de Palmas, Tocantins, Brasil: estudo retrospectivo de 12 anos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28570

Palavras-chave:

Epidemiologia; Mucosa oral; Biópsia; Patologia oral; Estomatologia; Ensino.

Resumo

A cavidade oral é frequentemente acometida por uma gama de lesões, que podem variar entre malignas e benignas. Nesse âmbito, as biópsias são ferramentas essenciais para estabelecer diagnósticos. Os resultados histopatológicos, geralmente, são influenciados por dados clínicos e determinantes demográficos; dessa forma, o conhecimento do local, idade, etnia e sexo são úteis para determinar as predileções de diferentes tipos de doenças a cada indivíduo. A partir do levantamento epidemiológico das lesões orais (LO), é possível avaliar sua distribuição na população estudada, assim, identificar grupos de risco e otimizar a alocação de serviços de saúde. Baseado na carência de estudos epidemiológicos que avaliem a prevalência de lesões da cavidade oral no Tocantins, este trabalho objetivou identificar a prevalência e a distribuição das lesões orais diagnosticadas através de biópsia no serviço de Estomatologia do Centro de Especialidades Odontológicas de Palmas (CEO). Trata-se de um estudo transversal retrospectivo descritivo em que foram analisados 854 registros de biópsias, em um período de 12 anos. Entre as LO mais diagnosticadas, estão as Lesões Reativas/Inflamatórias LRI (31%), possivelmente devido a maior quantidade de pacientes usuários de próteses atendidos no serviço; seguidamente, as mais prevalentes foram as Lesões de Glândulas Salivares LGS (19%) e as Neoplasias Benignas NB (18%). Por fim, 9,8% das LO encontradas foram agrupadas como distúrbios malignos e pré-malignos, enfatizando a importância da prevenção quanto aos fatores predisponentes. Há necessidade de mais pesquisas científicas voltadas às LO no estado do Tocantins, para que haja programas de prevenção direcionados ao combate das condições mais frequentes.

Referências

Akinyamoju, A. O., Adeyemi, B. F., Adisa, A. O., & Okoli, C. N. (2017). Audit of oral histopathology service at a Nigerian tertiary institution over a 24-year period. Ethiopian journal of health sciences, 27(4), 383-392.

Alhindi, N. A., Sindi, A. M., Binmadi, N. O., & Elias, W. Y. (2019). A retrospective study of oral and maxillofacial pathology lesions diagnosed at the Faculty of Dentistry, King Abdulaziz University. Clinical, cosmetic and investigational dentistry, 11, 45.

Almoznino, G., Zadik, Y., Vered, M., Becker, T., Yahalom, R., Derazne, E., Czerninski, R. (2015). Oral and maxillofacial pathologies in young‐and middle‐aged adults. Oral diseases, 21(4), 493-500.

Arruda, E. S., Dias Sombra, G. A., Pereira, J. V., Gomes Domingues, J. E., Chicre Alcântara, T. C., & Chacon de Oliveira Conde, N. (2021). Epidemiological survey of oral lesions diagnosed at a stomatology service. Revista Estomatológica Herediana, 31(3), 156-162.

Collins, J. R., Brache, M., Ogando, G., Veras, K., & Rivera, H. (2021). Prevalence of oral mucosal lesions in an adult population from eight communities in Santo Domingo, Dominican Republic. Acta Odontologica Latinoamericana: AOL, 34(3), 249-256.

Dovigi, E. A., Kwok, E. Y., Eversole, L. R., & Dovigi, A. J. (2016). A retrospective study of 51,781 adult oral and maxillofacial biopsies. The Journal of the American Dental Association, 147(3), 170-176.

Huang, G., Moore, L., Logan, R. M., & Gue, S. (2019). Retrospective analysis of South Australian pediatric oral and maxillofacial pathology over a 16‐year period. Journal of Investigative and Clinical Dentistry, 10(3), e12410.

Jones, A. V., & Franklin, C. D. (2006). An analysis of oral and maxillofacial pathology found in adults over a 30‐year period. Journal of oral pathology & medicine, 35(7), 392-401.

Joseph, B. K., Ali, M. A., Dashti, H., & Sundaram, D. B. (2019). Analysis of oral and maxillofacial pathology lesions over an 18‐year period diagnosed at Kuwait University. Journal of investigative and clinical dentistry, 10(4), e12432.

Kansky, A. A., Didanovic, V., Dovsak, T., Brzak, B. L., Pelivan, I., & Terlevic, D. (2018). Epidemiology of oral mucosal lesions in Slovenia. Radiology and oncology, 52(3), 263-266.

Lima, G. D. S., Fontes, S. T., Araújo, L. M. A. D., Etges, A., Tarquinio, S. B. C., & Gomes, A. P. N. (2008). A survey of oral and maxillofacial biopsies in children: a single-center retrospective study of 20 years in Pelotas-Brazil. Journal of Applied Oral Science, 16(6), 397-402.

Pentenero, M., Broccoletti, R., Carbone, M., Conrotto, D., & Gandolfo, S. (2008). The prevalence of oral mucosal lesions in adults from the Turin area. Oral diseases, 14(4), 356-366.

Pinheiro, J. C., da Silva Barros, C. C., Rolim, L. S. A., Pereira Pinto, L., de Souza, L. B., & de Andrade Santos, P. P. (2019). Oral lymphoid lesions: a 47-year clinicopathological study in a Brazilian population. Medical Molecular Morphology, 52(3), 123-134.

Priya, M. K., Srinivas, P., & Devaki, T. (2018). Evaluation of the prevalence of oral mucosal lesions in a population of eastern coast of South India. Journal of International Society of Preventive & Community Dentistry, 8(5), 396.

Prosdócimo, M. L., Agostini, M., & Romañach, M. J. (2018). A retrospective analysis of oral and maxillofacial pathology in a pediatric population from Rio de Janeiro–Brazil over a 75-year period. Medicina oral, patologia oral y cirugia bucal, 23(5), e511.

Sangle, V. A., Pooja, V. K., Holani, A., Shah, N., Chaudhary, M., & Khanapure, S. (2018). Reactive hyperplastic lesions of the oral cavity: A retrospective survey study and literature review. Indian Journal of Dental Research, 29(1), 61.

Sengüven, B., Bariş, E., Yildirim, B., Shuibat, A., Yücel, Ö. Ö., Museyibov, F. Gültekin, S. E. (2015). Oral mucosal lesions: a retrospective review of one institution’s 13-year experience. Turkish journal of medical sciences, 45(1), 241-245.

Silva, K. D., O. da Rosa, W. L., Sarkis‐Onofre, R., Aitken-Saavedra, J. P., Demarco, F. F., Correa, M. B., & Tarquinio, S. B. (2019). Prevalence of oral mucosal lesions in population‐based studies: A systematic review of the methodological aspects. Community dentistry and oral epidemiology, 47(5), 431-4

Silva, L. P., Leite, R. B., Sobral, A. P., Arruda, J. A., Oliveira, L. V., Noronha, M. S., ... & Souza, L. B. (2017). Oral and maxillofacial lesions diagnosed in older people of a brazilian population: a multicentric study. Journal of the American Geriatrics Society, 65(7), 1586-1590.

Soares, Á. C., Sampaio, C. D. C. L., Rangel, T. L., Benevides, M. V. R., Machado, M. C. A. M. D. A., Pessôa, T. M., ... & Cantisano, M. H. (2019). Prevalence and characterization of oral lesions in the Stomatology Clinics of the Piquet Carneiro Polyclinics 12-Year Retrospective Study. Rev. bras. odontol, 1-7.

Downloads

Publicado

18/04/2022

Como Citar

SANTOS, A. C. C. dos; ALVES, M. B. T. .; CRUZ, E. Z. da; ARAÚJO, R. O. de; ROSA, A. C. G. . Lesões orais diagnosticadas por biópsia no município de Palmas, Tocantins, Brasil: estudo retrospectivo de 12 anos . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e1111628570, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.28570. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28570. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde