A utilização da terapia larval no tratamento de feridas: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28627Palavras-chave:
Ferimentos e lesões; Larva; Terapêutica; Ensino.Resumo
Devido ao crescente no número e prevalência de microrganismos resistentes a antibióticos, nosso arsenal de antibióticos não é mais eficaz no controle de infecções de pele e tecidos moles. Diante disso, muitos médicos e pesquisadores começam a olhar para trás na história da medicina, na incessante busca por tratamentos alternativos, reexaminando tecnologias anteriores com ferramentas avançadas e a sabedoria do século 21, ao se depararem com a terapia larval. O trabalho traz como objetivo analisar a produção científica dacerca da utilização da terapia larval no tratamento de feridas. Trata-se de uma pesquisa científica do tipo revisão integrativa da literatura, na qual foi utilizada para a geração da questão norteadora desta revisão integrativa da literatura: “O que as evidências científicas mostram quanto à utilização da terapia larval no tratamento de feridas?” Para a localização dos estudos relevantes, que respondessem à pergunta de pesquisa, utilizou-se de descritores indexados e não indexados (palavras-chave) nos idiomas português, inglês e espanhol. Os resultados sugerem que a larvoterapia poderia ter o potencial para melhorar sinergicamente a cicatrização de feridas e resultar em estadias mais curtas no hospital, dado o baixo custo de criação de vermes, a tecnologia é provável para ser rentável em comparação com outras terapias. Por fim, estima-se ainda o desenvolvimento de mais estudos sobre a temática, aprofundando e aperfeiçoando conhecimentos, para fortalecer os resultados a serem obtidos nos tratamentos.
Referências
Brambilla, P. B. T. (2018). Terapia larval e divulgação científica no Brasil: até quando serão negligenciadas?. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Ciências Biológicas) , Curso de Ciências Biológicas. Centro de Biociências. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.
Bork, A. M. T. (2011). Enfermagem baseada em evidências. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Contreras-Ruiz, J., Fuentes-Suárez, A., Arroyo-Escalante, S., Moncada-Barron, D., Sosa-De-Martínez, M. C., Maravilla-Franco, E., & Domínguez-Cherit, J. G. (2016). Estudio comparativo de la eficacia de la larvoterapia (LT) para desbridar y controlar la carga bacteriana en úlceras venosas comparado con desbridamiento quirúrgico y aplicación de un antimicrobiano tópico. Gaceta medica de Mexico, 152(Suppl 2), 78–87.
Ercole, F. F., Melo, L. S., Alcoforado, C. L. G. C. (2014). Integrative review versus systematic review. Revista Mineira de Enfermagem, 18(1), 9-11.
Franco, L. C., Franco, W. C., Barros, S. B. L., Araújo, C. M., & Rezende, H. H. A. (2016). Aceitabilidade da terapia larval no tratamento de feridas. Revista Recien. Revista Científica de Enfermagem, 6(17), 2071-2079.
Linger, R. J., Belikoff, E. J., Yan, Y., Li, F., Wantuch, H. A.,& Fitzsimons, H. L., Scott, M. l. J. (2016). Towards next generation maggot debridement therapy: transgenic lucilia sericata larvae that produce and secrete a human growth factor. Bmc Biotechnology, 16( 1), 1-12.
Malekian, A., Djavid, G. E., Akbarzadeh, K., Soltandallal, M., Rassi, Y., Rafinejad, J., ... & Totonchi, M. (2019). Efficacy of Maggot Therapy on Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa in Diabetic Foot Ulcers. Journal Of Wound, Ostomy & Continence Nursing, 46( 1), 25-29.
Masiero, F. S., Martins, D. S., & Thyssen, P. J. (2015). Terapia Larval e a aplicação de larvas para cicatrização: revisão e estado da arte no Brasil e no mundo. Revista Thema, 12(1), 4-14.
Masiero, F. S., Silva, D. G., Luchese, M., Estércio, T., PÉRSIO, N.V., & Thyssen, P. J. (2019). In vitro evaluation of the association of medicinal larvae (Insecta, Diptera, Calliphoridae) and topical agents conventionally used for the treatment of wounds. Acta Tropica, 190, 68-72.
Mirabzadeh, A., Ladani, M.J., Imani, B., Rosen, S.A.B., & Sherman, R.A. (2017). Maggot therapy for wound care in Iran: a case series of the first 28 patients. Journal Of Wound Care, 26(3), 137-143.
Nishijima, A., Gosho, M., Yoshida, R., Yanagibayashi, S., Takikawa, M., Nishijima, J., … & Yamamoto, N. (2017). Effective wound bed preparation using maggot debridement therapy for patients with critical limb ischaemia. Journal of Wound Care, 26(8), 483–489.
Oliveira, A. C. D., Rocha, D. D.M., Bezerra, M. M. G., Andrade, E. L. M. R., Santos, A. R. M. D., & Nogueira, L. T. (2019). Qualidade de vida de pessoas com feridas crônicas. Acta Paulista de Enfermagem [online], 32(2), 194-201.
Oliveira, F. B. M., Costa, A. C. A. L., Alves, D. L., França, J. F., Macedo, M. S., & Santos, R. D. (2016). Relação entre a sobrecarga de trabalho e erros de administração de medicação na assistência hospitalar. Revista Ciências & Saberes, 2(2), 325-334.
Potter, P. A., Perry, A. G. (2013). Enfermagem na Prevenção e Controle da Infecção Hospitalar. Rio de Janeiro: Elsevier.
Sherman, R. A. (2009). Maggot Therapy Takes Us Back to the Future of Wound Care: new and improved maggot therapy for the 21st century. Journal Of Diabetes Science And Technology, 3(2), 336-344.
Singorenko, P. D., Rosario, R., Windsor, J. A. P., Anthony R., & BLENKIRON, C. (2017). The transcriptional responses of cultured wound cells to the excretions and secretions of medicinal Lucilia sericata larvae. Wound Repair And Regeneration, 25(1), 51-61.
Siribumrungwong, B., Wilasrusmee, C., & Rerkasem, K. (2018). Maggot Therapy in Angiopathic Leg Ulcers: a systematic review and meta-analysis. The International Journal Of Lower Extremity Wounds, 17(4), 227-235.
Von Beckerath, O., Kanya, S., Gäbel, G., Kröger, K., & Juntermanns, B. (2020). Use of maggot debridement therapy in hospitalised patients in Germany. International wound journal, 17(1), 10–15.
Wang, P. H., Huang, B. S., Horng, H. C., Yeh, C. C., & Chen, Y. J. (2018). Wound healing. Journal Of The Chinese Medical Association, 81(2), 94-101.
Zubir, M. Z. M., Holloway, S.; Noor, N. (2020). Maggot Therapy in Wound Healing: a systematic review. International Journal Of Environmental Research And Public Health, 17(17), 6103.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Kessya Karynne de Araújo Silva; Melissa Torres Soares Rabêlo; Roberta de Fátima Frazão Almeida; Eduardo Brito da Silva ; Samuel de Jesus de Melo Silva ; Jesineide Sousa da Silva; Monyka Brito Lima dos Santos; Alicia Costa Santana; Jaqueline da Silva Ramos; Surama Almeida Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
