Perfil epidemiológico da sífilis gestacional e congênita no estado de Mato Grosso, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28672Palavras-chave:
Sífilis congênita; Gestantes; Cuidado pré-natal; Transmissão vertical de doença infecciosa; Doença sexualmente transmissível.Resumo
Objetivo: A sífilis é uma doença transmitida principalmente por via sexual e vertical. A sífilis congênita é passível de prevenção quando a gestante é tratada adequadamente, alertando sobre a importância do rastreamento no pré-natal. Dessa forma, o objetivo desse estudo é descrever o perfil epidemiológico da sífilis gestacional e congênita no estado de Mato Grosso – Brasil. Metodologia: Estudo descritivo de corte transversal de abordagem quantitativa, por meio de dados secundários provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), período de 2011 a 2020. Resultados: Foram notificados 5120 casos de sífilis gestacional e 2320 casos de sífilis congênita no estado de Mato Grosso. Os casos mostraram-se ascendentes ao longo dos anos, com pico de notificação de sífilis gestacional no ano 2019 com 942 (18%) casos e de sífilis congênita no ano de 2018 com 322 (14%) casos. A maioria das mulheres acometidas por sífilis gestacional eram jovens, de baixa escolaridade, pardas, que realizaram pré-natal, não tiveram seus parceiros tratados concomitantemente e tiveram diagnóstico tardio, após o primeiro trimestre. Os pacientes com sífilis congênita tiveram em sua maioria diagnóstico precoce. Conclusão: Os achados sugerem falhas na assistência ao pré-natal e necessidade de maiores investimentos em ações inovadoras afim de reduzir a transmissão vertical da sífilis.
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