Inserção e atuação da mulher no agrossistema da mandioca
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28813Palavras-chave:
Divisão de gênero; Mandiocultura; Trabalho feminino.Resumo
Na zona rural brasileira a alta desigualdade social torna mais forte a divisão de gênero no trabalho, pois mesmo participando das atividades agrícolas, as mulheres sempre são vistas como "ajudantes", sendo estereotipadas ao serviço doméstico. Portanto, objetivou-se com este estudo diagnosticar a inserção e atuação da mulher no agrossistema da mandioca na comunidade Soledade, município de Moju-PA. A coleta dos dados foi realizada através da aplicação de questionários de caráter quantitativo e qualitativo, utilizando-se amostragem do tipo “bola de neve”. Os dados coletados foram tratados por meio de estatística descritiva e processados com o software Microsoft Excel 2010. De acordo com os resultados constatou-se que: de 100% dos entrevistados, somente 33,33% são do sexo feminino. Sobre os trabalhos entre homens e mulheres, 87% dos produtores acreditam na distinção de trabalhos para ambos. Em relação as atividades feitas nas unidades produtivas 66,67% são desenvolvidas por homens. Quanto as atividades exercidas por mulheres identificaram-se que 66,67% exercem as atividades de Plantação, capina, raspa e coação. A respeito das atividades desenvolvidas por homens nas etapas produtivas verificou que 66,67% desenvolvem (Broca, derruba, coivara, planta, capina, colheita, raspa, torra). Conclui-se com esse estudo que: As mulheres dividem os espaços de produção com os homens na cadeia produtiva da mandioca, ocorrendo a distinção do que é atividade para homens e para mulheres; Trabalhos tidos como “pesado” são destinados aos homens, e os trabalhos “leves” são designados às mulheres; ocorre falta de reconhecimento da participação, e valorização do trabalho executado pelas mulheres na mandiocultura.
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