Fotobiomodulação por Laser em Baixa Intensidade no tratamento da estomatite aftosa maior – acompanhamento de dois anos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28842Palavras-chave:
Lasers; Estomatite aftosa; Terapia com luz de baixa intensidade.Resumo
A estomatite aftosa recorrente (EAR) é uma das patologias mais comuns na rotina odontológica, sendo manifestada por meio de úlceras necrosantes que são, na maioria dos casos, bastante dolorosas e que podem perdurar por até 14 dias, afetando a qualidade de vida do paciente. Embora incerto, estudos indicam que o seu aparecimento pode estar relacionado ao sistema imunológico, falta de vitaminas, predisposição genética, entre outros fatores. O seu tratamento consiste na diminuição da sintomatologia do paciente e do tempo da lesão na cavidade bucal, associada a medicamentos ou terapias que acelerem o processo de reparação e analgesia. A irradiação com o laser em baixa intensidade (LBI) tem sido utilizada e estudada como terapia auxiliar para a EAR. Possui, entre diversos prós, efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e eficácia regenerativa. O objetivo deste estudo foi analisar a efetividade do LBI na reparação tecidual, analgesia e recorrência da lesão aftosa maior recorrente em um paciente hebiatra selecionado na Clínica Odontológica da Universidade de Mogi das Cruzes acompanhado desde 2019, no qual foi realizada a irradiação de contato com comprimento de onda infravermelho de 808nm e dose em torno de 105J/cm2 em 4 pontos intrabucais, seguida de uma aplicação extrabucal para drenagem linfática, em duas sessões com intervalo de 24 horas, com acompanhamento após 60 dias e após 2 anos. Por meio da escala visual analógica (EVA), o paciente indicava a intensidade e evolução da dor, a qual foi reduzida de 10 (dor intensa) na 1ª sessão para 1 (dor leve) na 2ª sessão e permaneceu em 0 na 3ª sessão, após 60 dias e após 2 anos. Clinicamente, a lesão demorava por volta de 14 dias para cicatrizar e com a irradiação o tempo diminuiu para 3 dias, não havendo recidiva após 2 anos. O LBI se mostrou efetivo na reparação tecidual, analgesia e recorrência da lesão da estomatite aftosa maior por dois anos, evidenciando ser um tratamento eficaz e confiável.
Referências
Afonso, Áquila de O., Capelario, E. de F. S., Silva, F. A. B. da, Santos, M. de L., Correa, L. F. A., Maciel, B. T., Lopes, G. M., Freitas, D. da P., Albuquerque, I. F. de S. A., Silva, R. B., Sátiro, V. D. de S., Damião, R. P., Franco, A. G., Pereira, L. D., Silva, L. G. T. da., Souza, T. P. P. de, Sá, A. C. S. F. de., & Melo, H. C. (2022). Lesões aftoides da cavidade oral: apresentação clínica, diagnóstico e tratamento. Research, Society and Development, 11(2), e52111226056. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.26056
Aggarwal, H., Singh, M. P., Nahar, P., Mathur, H., & GV, S. (2014). Efficacy of Low-Level Laser Therapy in Treatment of Recurrent Aphthous Ulcers – A Sham Controlled, Split Mouth Follow Up Study. Journal Of Clinical And Diagnostic Research, 218-221.
Akerzoul, N., & Chbiche, S. (2018). Low laser therapy as an effective treatment of recurrent aphtous ulcers: a clinical case reporting two locations. The Pan African Medical Journal, 30(205), 1-8.
Andrade, E. D. de. (2014). Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. (3a ed.), Artes Médicas.
Atuá, R. H., Pereira, K. F. Souza, Jardim, E. C. Gaetti, Zafalon, E. J., Boscaine, E.de F., & Silva, J. C. L. da. (2021). Emprego do Laser de baixa intensidade no pós-operatório de exodontia de terceiros molares. Archives Of Health Investigation, 10(3), 489-496. http://dx.doi.org/10.21270/archi.v10i3.5002.
Bardellini, E, Veneri, F., Amadori, F., Conti, G., & Majorana, A. (2020). Photobiomodulation therapy for the management of recurrent aphthous stomatitis in children: clinical effectiveness and parental satisfaction. Medicina Oral Patología Oral y Cirugia Bucal, 549-553, http://dx.doi.org/10.4317/medoral.23573.
CFO. Conselho Federal de Odontologia. (2008). Resolução nº 82 de 25 de setembro de 2008. DOU 190. p.105-11.
Dhobley, A., Thombre, A. S., Sharma, A., Deoghare, A., Billayia, P, & Dhopte, A. (2021). Healing With Low Level Laser Therapy: A Review. Annals Of The Romanian Society For Cell Biology, 25(4), 3918-392.
Fernandes Neto, J. de A., Silva, A. M. T., Oliveira, C. L. de, & Catão, M. H. C. de V. (2017). Habilitação em laserterapia para cirurgiões-dentistas: uma análise por estados e regiões brasileiras. Archives Of Health Investigation, 6(1), 24-27. http://dx.doi.org/10.21270/archi.v6i1.1781.
Gallo, C. de B. (2020). Lesões Erosivas e Ulcerativas da Mucosa BucalIn: Marcucci, G. Fundamentos de odontologia: estomatologia. (3a ed.), Guanabara Koogan.
Gonçalves, J. G. de A., Vasconcelos, M. C. S. de, Torres, J. L. M., Santos, L. G. P., Sousa, J. N. L. de, Monteiro, B. V. de B., Andrade, J. de M., & Sena, L. S. B. de. (2020). Laserterapia aplicada ao tratamento da mucosite oral em pacientes oncológicos. Uma análise bibliométrica. Research, Society and Development, 9(7), e815974938. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4938
Kowalski, L. (2020). Estomatites Aftosas: uma revisão da literatura. Revista Interdisciplinar em Ciências da Saúde e Biológicas, 4(1), 35-49. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missoes. http://dx.doi.org/10.31512/ricsb.v4i1.124.
Leão, J. C. (2016). Doenças imunologicamente mediadas: afta, penfigóide e pênfigo. In: Almeida, O. P. de. Patologia oral. São Paulo: Artes Médicas. Cap. 4. p. 60-62.
Machado, C. de V., & Mendonça, F. L. (2019). Manual de urgências em odontopediatria. Salvador: Sanar.156 p.
Marrero, A. I. V., Suárez, M. de La C. Pérez, Zalvívar, & Marlen E. G. (2019). Eficacia del láser en el tratamiento de la estomatitis aftosa recurrente. Ccm, Holguín, 23(1), 281-287.
Marín-Conde, F. Photobiomodulation with low-level laser therapy reduces oral mucositis caused by head and neck radio-chemotherapy: prospective randomized controlled trial. International Journal Of Oral And Maxillofacial Surgery, 48(7), 917-923, http://dx.doi.org/10.1016/j.ijom.2018.12.006.
Marotti, J., Sperandio, F. F., Fregnani, E. R., Aranha, A. C. C., Freitas, P. M. de, & Eduardo, C. de P. (2010). High-Intensity Laser and Photodynamic Therapy as a Treatment for Recurrent Herpes Labialis. Photomedicine And Laser Surgery, 28(3), 439-444. http://dx.doi.org/10.1089/pho.2009.2522.
Neville, B., Damm, D., Allen, C., & Chi, A. (2016). Patologia Oral e Maxilofacial. (4a ed.), Elsevier. p. 303-307.
Oliveira, A.C. D. (2018). As Aftas e o Laser. 2018. 34 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina Dentária, Instituto Universitário de Ciências da Saúde, Gandra.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Passarelli, D. H. de R. C. (2017). Doenças de Etiologia Idiopática ou Multifatorial. In: Passarelli, D. H. de R. C. Atlas de estomatologia: casos clínicos. Rio de Janeiro: Elsevier. Cap. 4. p. 84-106.
Regezi, J., Sciubba, J., & Jordan, R. (2017). Patologia Oral: correlações clinicopatológicas. (7a ed.), Elsevier. p. 38-42.
Rodrigues, M.F.B., Rocha, L. L. de A., Barbosa, I. M. G., Acioly, R. da F., Carvalho, D. do C., Rocha, C. C. L. da, & Gonçalves, M. C. M. R. (2020). Cicatrização de ferida cirúrgica tratada com laser de baixa intensidade: relato de caso. Archives Of Health Investigation, 9(1), 41-43.
Sulewski, J. (2011) A “Luz Esplêndida” de Einstein: Origens e Aplicações em Odontologia. In: Convissar, R. Princípios e práticas do Laser na Odontologia. Elsevier. p. 11-20.
Tommasi, A. F. (2013). Diagnóstico em Patologia Bucal. (4a ed.), Elsevier. 456 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Analúcia Ferreira Marangoni; Larissa Caroliny de Brito Benedito; João Víctor Soares; Fábio Dupart Nascimento
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.