Biomarcadores da função renal em crianças e adolescentes diabéticas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29063Palavras-chave:
Diabetes mellitus; Nefropatia diabética; Crianças; Biomarcadores.Resumo
Objetivo: discutir aspectos associados aos principais biomarcadores utilizados na rotina laboratorial para diagnóstico de disfunção renal na população infanto-juvenil com DM1. Metodologia: pesquisa retrospectiva e documental, com procedimentos descritivos, através de dados secundários de prontuários dessa população em um hospital universitário da Paraíba. A coleta de dados foi desenvolvida por meio de um formulário contendo as variáveis socioeconômicas, clínicas e laboratoriais, e análise realizada por meio do software SPSS. Resultados E discussão: Foram julgados 21 prontuários, obtendo-se relação estatística significativa entre os níveis séricos de potássio e a ureia (p=0,01), e da creatinina elevada e a zona de residência (p=0,04). Verificou-se que 5% dos participantes apresentaram creatina e ureia elevadas; na urinálise, 43% apresentaam glicosúria e corpos cetônicos. Conclusão: Assim, verificou-se que a população infanto-juvenil com diabetes mellitus tipo 1 continham alterações nos biomarcadores, com média do tempo de diagnóstico de 5,29 (±4,17) anos, considerando-se, assim, uma provável lesão renal, visto que pesquisas anteriores evideciam que estas alterações são desenvolvidas após 10 anos. Outrossim, demonstrou-se que indivíduos com alterações na creatinina sérica, continham também médias mais elevadas de potássio, glicose, PAS, PAD, FC e sódio.
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