Perfil epidemiológico de lactentes com fissura labiopalatina: uma perspectiva fonoaudiológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29146

Palavras-chave:

Aleitamento materno; Alimentação mista; Fissura palatina; Fonoaudiologia.

Resumo

Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico de lactentes com fissura labiopalatina. Metodologia: Esta pesquisa trata de um estudo epidemiológico observacional, descritivo, retrospectivo, transversal, analítico e de caráter quantitativo realizado em uma Maternidade Pública do Município de Joinville. O estudo foi conduzido por meio da revisão de prontuários dos pacientes com fissura labiopalatina. Participaram do estudo todos os portadores de fissuras labiopalatinas, não sindrômicos, de ambos os sexos, nascidos em uma maternidade pública de janeiro de 2015 a agosto de 2021. Para a coleta dos dados utilizou-se uma ficha contendo informações acerca dos dados sociodemográficos e perinatais do lactente com fissura labiopalatina, o tipo de fissura, a localização anatômica, a forma de alimentação na alta da maternidade, diagnóstico antenatal, quantidade de consultas no pré-natal e ocorrência de atendimento fonoaudiológico. Resultados: De janeiro de 2015 a agosto de 2021, 31 nascituros apresentaram fissura labiopalatina congênita isolada. O tipo de fissura prevalente foi a transforame incisivo unilateral à esquerda, seguida da pós-forame incisivo. A forma de alimentação na alta envolveu o uso de adaptadores na alimentação, ou seja, o utensílio mamadeira (48,4%) e aleitamento materno misto com suplemento na mamadeira (29,0%). Destes 31 nascituros com fissura labiopalatina, 30 (96,8%) receberam assistência fonoaudiológica. Conclusão: A partir dos dados obtidos, o presente estudo elucidou que a via de parto prevalente dos neonatos com fissura labiopalatina congênita foi a cesariana e denotou que os nascituros com fissura labiopalatina nascem adequados para a idade gestacional.

Referências

Almache, M. E. C., Ramírez, L. A. C., Álvarez, D. M. P., & Guerrero, P. F. G. (2020). Panorama epidemiológico de la fisura labiopalatina en Quito, Guayaquil y Cuenca. Ecuador, 2010-2018. Acta Odontológica Colombiana, 10(1): 37 - 46.

Amaral, M. I. R., Martins, J. E., & Santos, M. F. C. (2010). Estudo da audição em crianças com fissura labiopalatina não sindrômica. Braz J Otorhinolaryngol, 76(2): 164-171

Andrade, A. F., Queiroz, M. S. C., Nagai, M. M., Caixeta, N. C., Pereira, N. M., Fernandes, R. A., Souza, T. C. S., & Orsolin, P. C. (2021). Análise epidemiológica de Fissuras labiopalatinas em recém-nascidos no Brasil. Brazilian Journal of Health Review, 4(4): 18005-18021.

Banhara, F. L., Farinha, F.T., Bom, G. C., Razera, A. P. R., Tabaquim, M. L. M., & Trettene, A.S. (2020). O cuidado prestado por pais a lactentes com sonda alimentadora: repercussões psicossociais. Rev Bras Enferm, 73 (2): 1-8.

Branco, L. L., & Cardoso, M. C. (2013). Alimentação no recém-nascido com fissuras labiopalatinas. Universitas: Ciências da Saúde, 11(1): 57-70.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília, 2002.

Cymrot, M., Sales, F. C. D., Teixeira, F. A. A., Junior, F. A. A. T., Teixeira, G.S. B., Filho, J. F. C., & Oliveira, N. H. (2010). Prevalência dos tipos de fissura em pacientes com fissuras labiopalatinas atendidos em um Hospital Pediátrico do Nordeste brasileiro. Rev. Bras. Cir. Plást, 25(4): 648-5.

Costa, T. L., Souza, O. M. V., Carneiro, H. A., Netto, C. C., Pegoraro-Krook, M. I., & Dutka, J. C. R. (2016). Material multimídia para orientação dos cuidadores de bebês com fissura labiopalatina sobre velofaringe e palatoplastia primária. CoDAS, 28(1):10-16.

Di Ninno, C. Q. M S., Fonseca, L. F. N., Pimenta, M. V. E., Vieira, Z. G., Fonseca, J.A., Miranda, I. C. C., & Azevedo, L. L. (2011). Levantamento epidemiológico dos pacientes portadores de fissura de lábio e/ou palato de um centro especializado de Belo Horizonte. Rev. CEFAC, 13(6): 1002-8.

Freitas, J S., & Cardoso, M. C. A. F. (2018). Sintomas de disfagia em crianças com fissura labial e/ou palatina pré e pós-correção cirúrgica. CoDAS, 30(1): 1-7.

Graziani, A. F., Fukushiro, A. P., Marchesan, I. Q., Berretin-Felix, G., & Genaro, K. F. (2019). Ampliação e validação do protocolo de avaliação miofuncional orofacial para indivíduos com fissura labiopalatina. CoDAS, 31(1): 1-20.

Jacob, M., & Chaves V. (2019). Sociologia da alimentação: do microscópio ao telescópio. INTER-LEGERE, 2(25): 1-8.

Kotowski, J., Fowler, C., Hourigan, C., & Orr, F. (2020). Bottle-feeding an infant feeding modality: An integrative literature review. Matern Child Nutr, 16: 1-20.

Makibara, R. R., Fukunaga, J. Y., & Gil, D. (2010). Eustachian tube function in adults with intact tympanic membrane. Braz J Otorhinolaryngol, 76(3): 340-346.

Matos, F. G. O. A., Santos, K. J. J., Baltazar, M. M. M., Fernandes, C. A. M., Marques, A. F. J., & Luz, M. S. (2020). Perfil epidemiológico das fissuras labiopalatais de crianças atendidas em um centro de referência paranaense. Rev. enferm. UFSM, 10(28): 1-14.

Pereira, J. B. A., & Bianchini, E. M. G. (2011). Caracterização das funções estomatognáticas e disfunções temporomandibulares pré e pós cirurgia ortognática e reabilitação fonoaudiológica da deformidade dentofacial classe II esquelética. Rev. CEFAC, 13(6): 1086-1094.

Rebouças, P. D., Moreira, M. M., Chagas, M. L. B., & Filho, J. F. C. (2014). Prevalência de fissuras labiopalatinas em um hospital de referência do nordeste do Brasil. Rev. bras. odontol, 71(1): 39-41.

Rodrigues, R. D., Silva, L. O. R., Galvão, A.C., Espinheira, P. R. A., Cheffer, L. A., Azevedo, R. A. (2021). Remoção de pré-maxila em paciente com fissura labiopalatina: relato de caso. Revista Odontológica de Araçatuba, 42(1): 44-8.

Sales, P. H. H., Rocha, S. S., Albuquerque, A. F. M., & Filho, J. F. C. (2016). Queiloplastia primária unilateral através da técnica de fisher. Rev. Odontol, 28(2): 148-154.

Sanches, M. T. C. (2004). Manejo clínico das disfunções orais na amamentação. J. Pediatr, 80(5): 155-162.

Shibukawa, B. M. C., Rissi, G. P., Higarashi, I. H., & Oliveira, R. R. (2019). Factors associated with the presence of cleft lip and / or cleft palate in Brazilian newborns. Rev Bras Saúde Mater Infant, 19(4): 947-956.

Signor, R. C. F. (2019). Abordagem fonoaudiológica nas fissuras orofaciais não sindrômicas: revisão de literatura. Rev. Ciênc. Méd. 28(1): 49-67.

Simmel, G. (2004). Sociologia da refeição. Estudos Históricos, 33:159-166.

Ventura, A., Hupp, M., & Lavond, J. (2021). Mother infant interactions and infant intake during breastfeeding versus bottle-feeding expressed breast milk. Matern Child Nutr, 17: 1-22.

Downloads

Publicado

01/05/2022

Como Citar

HOFFMANN, J.; ZIMMERMANN, F.; DUCA, A. P.; LIMA, H. do N.; GIANNECCHINI , T. Perfil epidemiológico de lactentes com fissura labiopalatina: uma perspectiva fonoaudiológica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e40511629146, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.29146. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/29146. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde