Resiliência no processo do cuidado aos pacientes com feridas tumorais malignas: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2922Palavras-chave:
Cuidados Paliativos; Ferimentos e Lesões; Resiliência psicológica.Resumo
A assistência ao paciente com feridas tumorais consiste em tarefa complexa; a resiliência confere adaptabilidade para o manejo nos diversos contextos. O objetivo foi verificar a resiliência no processo do cuidar aos pacientes com feridas tumorais malignas. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE, COCHRANE, CINAHL e SCOPUS (2003-2019) com a questão norteadora: Como ocorre a resiliência na dinâmica do cuidado a pacientes com feridas tumorais malignas? Identificaram-se dezessete evidências científicas, sendo elaboradas três categorias de discussão: 1) Resiliência do paciente com ferida tumoral maligna; 2) Resiliência do familiar e/ou cuidador informal no processo do cuidar ao paciente com ferida tumoral maligna; 3) Resiliência da equipe multidisciplinar no processo do cuidar ao paciente com ferida tumoral maligna. Conclui-se que o estigma, a mudança da imagem corporal, a imprevisibilidade e descontrole do odor e do exsudato e a constante evidência de possuir uma doença incurável permite a prática de múltiplas estratégias de enfrentamento por parte dos atores envolvidos no cuidado, culminando em uma melhor vivência. Assim, deve-se considerar os aspectos psicossociais na práxis da enfermagem oncológica no cuidado de pacientes com feridas tumorais malignas.
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