Perfil sociodemográfico e clínico de transplantados de medula óssea: Centros de referências no Brasil e Espanha

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.2931

Palavras-chave:

Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas; perfil de Saúde; cuidado de enfermagem; gestão em saúde; políticas públicas

Resumo

Caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico de Transplantados de Medula Óssea de dois centros no Brasil e um da Espanha. Estudo transversal, realizado com 40 respondentes adequados aos critérios de inclusão. Os dados foram coletados de março de 2016 a outubro de 2017. Constatou-se uma diferenciação de gênero e faixa etária entre os países: predomínio do gênero feminino (25%); faixa etária de 21 a 50 anos (30%) no Brasil e do gênero masculino (37,5%); faixa etária de 51 a 70 anos (35%), na Espanha. Houve similaridade, respectivamente, de raça/cor branca, escolaridade 1º grau, estado civil casado, religião católica, renda de 1 a 2 salários mínimos, doença primária Leucemias e. maior frequência de transplante Halogênico na Espanha (37,5%). O estudo teve um avanço fortalecedor das ações de enfermagem, instrumentalizando-as quanto a organização, planejamento e tomada de decisões e na promoção do cuidado junto aos pacientes e familiares.

Biografia do Autor

Simone dos Santos Nunes, Universidade Federal de Santa Maria

Enfermeira.  Assistencial no Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO). Docente no Curso de Enfermagem da Faculdade Integrada de Santa Maria - FISMA.  Especialista em Administração - Gerência de Serviços pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestre em Geomática pela Universidade Federal de Santa Maria. Doutora em Enfermagem pelo programa de Pós-Graduação da Fundação Universidade do Rio Grande - RS - Brasil. Bolsista CAPES, doutorado em sanduíche na Universidade de Murcia - Espanha.   Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem e Saúde (GEES/CNPq).

Hedi Crecencia Helcker de Siqueira, Universidade Federal do Rio Grande

Enfermeira e Administradora hospitalar. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente Emérita da FURG. Líder do  Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem e Saúde (GEES/CNPq).

Dápine Neves da Silva, Universidade Federal do Rio Grande

Enfermeira. Especialista em Saúde Pública: Politica, Planejamento e Gestão pela UNOPAR. Mestranda no Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande- FURG.   Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem/Saúde (GEES/CNPq) e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Prevenção e Tratamento de Lesões Cutâneas (GEPPTELC/CNPq) UFPEL/EBSERH. Bolsista  CAPES.

 

Aurélia Danda Sampaio, Universidade Federal de Pelotas

Enfermeira. Especialista em Enfermagem oncológica (Faculdade Unyléya). Mestranda no Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas – UFPel.  Membro dos Grupos de Estudos e Pesquisas: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem e Saúde (GEES/CNPq) e Núcleo de Condições Crônicas e Suas Interfaces (NUCCRIN).

Adriane Calvetti de Medeiros, Universidade Federal de Pelotas

Enfermeira, Mestre e Doutora em Enfermagem/FURG. Docente do Curso de Pós-Graduação em Enfermagem em Terapia Intensiva da Faculdade Anhanguera Pelotas/RS.  Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem e Saúde (GEES/CNPq)

Sidiane Teixeia Rodrigues, Universidade Federal do Rio Grande

Enfermeira. Especialista em Saúde da Família - UFPEL.  Mestre e Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande- FURG.  Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem e Saúde (GEES/CNPq).

Mara Regina Bergman Thurow, Universidade Federal do Rio Grande

Enfermeira. Especialista em saúde Materna-infantil, pela UFPEL. Especialista em Gestão Hospitalar pelo IAHCS.  Mestre e Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande- FURG.  Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem e Saúde (GEES/CNPq).

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Publicado

24/03/2020

Como Citar

NUNES, S. dos S.; SIQUEIRA, H. C. H. de; DA SILVA, D. N.; SAMPAIO, A. D.; MEDEIROS, A. C. de; RODRIGUES, S. T.; THUROW, M. R. B. Perfil sociodemográfico e clínico de transplantados de medula óssea: Centros de referências no Brasil e Espanha. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 5, p. e19952931, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i5.2931. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2931. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais