Plantas medicinais e exames laboratoriais: interferências em resultados
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29419Palavras-chave:
Técnicas de laboratório clínico; Plantas medicinais; Testes laboratoriais; Terapias complementares; Ensino.Resumo
O uso de plantas medicinais não depende de prescrição de profissionais de saúde, no entanto, algumas podem ser hepatotóxicas e/ou nefrotóxicas, e podem interagir com medicamentos, além de afetar o resultado de exames de laboratório. Este estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre plantas medicinais que interferem em resultados de exames laboratoriais. Trata-se de uma revisão da literatura do tipo narrativa, sem recorte temporal, cuja busca foi realizada nos sites de bibliotecas virtuais, plataformas e base de dados nacionais e internacionais: Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Periódicos Capes, Scielo, US National Library of Medicine (PubMed) e Google Acadêmico, além de revistas nacionais que publicam sobre plantas medicinais, análises clínicas, patologia clínica ou medicina laboratorial. As plantas medicinais podem alterar os resultados dos exames laboratoriais por três mecanismos: 1) interferência direta no teste, 2) efeitos fisiológicos 3) efeito de contaminantes. Interferências in vitro (química) ou in vivo (fisiológica) nem sempre apresentam mecanismos definidos. Verificou-se que Peumus boldus (boldo), Mikania glomerata (guaco) e Matricaria chamomilla (camomila) interferem por mecanismos fisiológicos e as plantas Aspidosperma macrocarpum (guatambu do cerrado); Solanum melongena L. (berinjela); Melissa officinalis (erva-cidreira), Cymbopogon citratus (capim limão), Peumus boldus (boldo) e Melissa officinalis (cidreira-verdadeira) são interferentes in vitro, interferindo diretamente nos testes. Conclui-se que se faz necessário coletar o maior número de informações durante o cadastro do cliente/paciente no laboratório, estar atento ao que possa interferir nos testes, e aos hábitos dos pacientes que possam estar relacionados a resultados inesperados dos exames.
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