Nomenclatura do fungo patogênico Histoplasma
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29424Palavras-chave:
Espécies; Histoplasmose; Variedades.Resumo
O Histoplasma é um fungo patogênico causador da histoplasmose, uma micose sistêmica endêmica, devido à ocorrência em regiões específicas. Desde a primeira identificação do Histoplasma ocorreram mudanças de terminologia, sendo inicialmente baseada nas características microscópicas dos achados da infecção. Na sequência permaneceu por muito tempo dividida em variedades dentro da espécie H. capsulatum (H. capsulatum var. capsulatum, H. capsulatum var. duboisii e H. capsulatum var. farciminosum). As variedades da espécie H. capsulatum eram diferenciadas por critérios biológicos, com base nos hospedeiros acometidos e pela patogenicidade/extensão da doença. Posteriormente, o advento de técnicas avançadas de biologia molecular favoreceu estratificações mais precisas sendo as espécies alocadas em clados (América do Norte clado 1 - NAm1, América do Norte clado 2 - NAm2, América Latina grupo A - LAmA, América Latina grupo B - LAmB, Austrália, Holanda, Eurasiana e Africana). Mais recente, avaliações de filogenia permitiram a inferência sobre a existência de 17 espécies distribuídas em seis grupamentos. Atualmente se descreve o gênero Histoplasma composto por pelo menos quatro espécies (H. capsulatum sensu stricto, H. suramericanim, H. mississippiense e H. ohiense), e com possibilidade de um quinto grupo genético (África).
Referências
Antinori, S. (2014). Histoplasma capsulatum: more widespread than previously thought. Am J Trop Med Hyg. 90(6):982-983. 10.4269/ajtmh.14-0175.
Ciferri, R. (1960). Manuale de Micologica Medica.
Conant, N. F. (1941). Cultural Study of the Life-Cycle of Histoplasma capsulatum Darling 1906. J Bacteriol. 41(5):563-79. 10.1128/JB.41.5.563-579.1941.
Da Rocha-Lima, H. (1912). Histoplasmosis ana epizootic lymphanigitis. Arch. Schiffs. Tropenhyg. 16:79-85.
Darling. S. T. (1906). A protozoan general infection producing pseudotubercles in the lungs and focal necroses in the liver, spleen, and lymph nodes. JAMAI. 46:1283-1285.
De Monbreun, W. A. (1934). The cultivation and cultural characteristics of Darling’s Histoplasma capsulatum. Am J Trop Med Hyg. 14:93-125.
Deepe, G. S. (2018). Outbreaks of histoplasmosis: The spores set sail. PLoS Pathog. 14(9): e1007213.
Gildea, L. A., Morris, R. E., & Newman, S. L. (2001). Histoplasma capsulatum yeasts are phagocytosed via very late antigen-5, killed, and processed for antigen presentation by human dendritic cells. J Immunol. 166(2):1049-56. 10.4049/jimmunol.166.2.1049.
Goodwin, R. A, Loyd, J. E, & Des Prez, R. M. (1981). Histoplasmosis in normal hosts. Medicine (Baltimore). 60(4):231-66. 10.1097/00005792-198107000-00001.
Horwath, M. C., Fecher, R. A., & Deepe, G. S. (2015). Histoplasma capsulatum, lung infection and immunity. Future Microbiol. 10(6):967-75. 10.2217/fmb.15.25.
Howard, D. H. (1964). Intracellular behavior of Histoplasma capsulatum. J Bacteriol. 87(1):33-8. 10.1128/JB.87.1.33-38.
Kauffman, C. A. (2007). Histoplasmosis: a clinical and laboratory update. Clin Microbiol Rev. 20(1):115-32. 10.1128/CMR.00027-06.
Kwon-Chung, K. J. (1975). Perfect state (Emmonsiella capsulata) of the fungus causing large-form African histoplasmosis. Mycologia. 67(5):980-90.
Mcginnis, M. R., & Katz, B. (1979). Ajellomyces and its synonym Emmonsiella. Mycotaxon. 8(1):157-164.
Mittal, J., Ponce, M. G., Gendlina, I., & Nosanchuk, J. D. (2019). Histoplasma capsulatum: mechanisms for pathogenesis. Curr Top Microbiol Immunol. 422:157-191. 10.1007/82_2018_114.
Newman, S. L., Gootee, L., & Gabay, J. E. (1993). Human neutrophil-mediated fungistasis against Histoplasma capsulatum. Localization of fungistatic activity to the azurophil granules. J Clin Invest. 92(2):624-31. 10.1172/JCI116630.
Rivolta, S. (1873). Dei parassiti vegetali come introduzione allo studio delle malattie parassitarie e delle alterazioni dell’alimento degli animali domestici. Torino: Giulio Speirani & Figli. 592.
Rodrigues, A. M., Beale, M. A., Hagen, F., Fisher, M. C., Terra, P. P. D., De Hoog, S., Brilhante, R. S. N., De Aguiar Cordeiro, R., De Souza Collares Maia Castelo-Branco, D., Rocha, M. F. G., Sidrim, J. J. C., & De Camargo, Z. P. (2020). The global epidemiology of emerging Histoplasma species in recent years. Stud Mycol. 2;97:100095. 10.1016/j.simyco.2020.02.001.
Rowley, D. A., & Huber, M. (1955). Pathogenesis of experimental histoplasmosis in mice. I. Measurement of infecting dosages of the yeast phase of Histoplasma capsulatum. J Infect Dis. 96(2):174-83. 10.1093/infdis/96.2.174.
Sepúlveda, V. E., Márquez, R., Turissini, D. A., Goldman, W. E., & Matute, D. R. (2017). Genome sequences reveal cryptic speciation in the human pathogen Histoplasma capsulatum. mBio. 8(6):e01339-17. 10.1128/mBio.01339-17.
Taylor, M. L., Chávez-Tapia, C. B., Vargas-Yañez, R., Rodríguez-Arellanes, G., Peña-Sandoval, G. R., Toriello, C., Pérez, A., & Reyes-Montes, M. R. (1999). Environmental conditions favoring bat infection with Histoplasma capsulatum in Mexican shelters. Am J Trop Med Hyg. 61(6):914-9. 10.4269/ajtmh.1999.61.914.
Teixeira, M. M., Patané, J. S., Taylor, M. L., Gómez, B. L., Theodoro, R. C., De Hoog, S., Engelthaler, D. M., Zancopé-Oliveira, R. M., Felipe, M. S., & Barker, B. M. (2016). Worldwide Phylogenetic Distributions and Population Dynamics of the Genus Histoplasma. PLoS Negl Trop Dis. 10(6):e0004732. 10.1371/journal.pntd.0004732.
Vite-Garín, T., Estrada-Bárcenas, D. A., Cifuentes, J., & Taylor, M. L. (2014). The importance of molecular analyses for understanding the genetic diversity of Histoplasma capsulatum: an overview. Rev Iberoam Micol. 31(1):11-5. 10.1016/j.riam.2013.09.013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Dayane Moraes
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.