Ambulatório trans: perfil dos/as usuários/as e demandas para a terapia ocupacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29637

Palavras-chave:

Terapia Ocupacional; Perfil; Pessoas transgênero.

Resumo

O cotidiano de pessoas trans passa por variáveis que são determinadas por múltiplos aspectos e repercutem em seus modos de viver além da participação social. Esse trabalho tem como objetivo geral compreender o perfil e demandas para a terapia ocupacional, dos/as usuários/as do ambulatório de saúde integral da pessoa trans do hospital universitário da federal de Sergipe. Trata-se de um estudo transversal e descritivo em um serviço de atendimento às pessoas trans em um município do interior do estado de Sergipe. Os dados referentes ao perfil dos/as usuários/as foram levantados a partir de fichas de avaliação de terapia ocupacional ao perfil dos/as usuários/as realizadas no período de 2016 a julho de 2021. Os perfis da população são de pessoas que em média têm 23 anos, moram em Aracaju, possuem ensino médio completo, uma boa/normal relação com a mãe, moram com familiares primários e estão alocados em subempregos. Possuem habilidades culinárias e habilidades manuais, mantêm atividades de lazer e possuem como projetos de vida a possibilidade de viajar e trabalhar com vínculo formal. A literatura nos afirma que boa parte das pessoas trans estão nos espaços de prostituição, o que não corrobora com os achados desta pesquisa, quando observamos, por exemplo, os dados relacionados às pessoas trans e experiências laborais.

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Publicado

10/05/2022

Como Citar

COSTA, M. S.; OLIVEIRA, M. M. A. de; MELO, K. M. M. de .; MENTA, S. A. Ambulatório trans: perfil dos/as usuários/as e demandas para a terapia ocupacional . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e54711629637, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.29637. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/29637. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde