Análise dos sinais vitais e do desempenho cardiorrespiratório de pessoas com disfunções neurológicas após realização de um protocolo de reabilitação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.29668Palavras-chave:
Distúrbios neurológicos; Exercício aeróbico; Reabilitação cardiorrespiratória.Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar os sinais vitais e o desempenho cardiorrespiratório (velocidade média durante o treino aeróbico) de pessoas com disfunções neurológicas após realização de um protocolo de reabilitação. Participaram 14 voluntários de ambos os gêneros, entre 18 a 85 anos. Ao longo do protocolo foram coletados os sinais vitais durante o repouso inicial; esforço e recuperação. Foram avaliados parâmetros como: pressão arterial (PA), saturação periférica de oxigênio (SpO2), frequência cardíaca (FC), escala de percepção subjetiva de esforço (BORG) e velocidade média da marcha em um programa de reabilitação cardiorrespiratória durante 12 semanas, totalizando 24 sessões, sendo que cada sessão teve duração de 1 hora. Verificou-se que a frequência cardíaca de recuperação pós exercício reduziu em relação aos esforços, mas não retornou aos valores basais com diferença estatística. Por sua vez, a frequência cardíaca inicial durante o repouso ao longo do tratamento, apresentou diminuição significativa (p<0,05). O desempenho cardiorrespiratório se comportou em fases (fase inicial, intermediária, final), sendo que o resultado mais satisfatório ocorreu na fase final, a partir da 14ª sessão. A FC durante o esforço apresentou um aumento significativo de 6%. Assim, foi possível constatar que após a reabilitação cardiorrespiratória, a FCi diminuiu, ocorreu melhora do desempenho sem grandes variações de FC, PA e SpO2 durante o esforço, demonstrando que o tratamento foi benéfico e seguro para os voluntários com lesão do sistema nervoso central.
Referências
Akkurt, H. et al. (2017). The effects of upper extremity aerobic exercise in patients with spinal cord injury: a randomized controlled study. European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine. 53(2), 219-27 10.23736/S1973-9087.16.03804-1
Alonso, D. O. et al. (1998). Heart Rate Response and Its Variability During Different Phases of Maximal
Amin, S. G. (2001). Control charts 101: a guide to health care applications. Qual Manag Health Care, 9(3), 1-27.
Antelmi, I., Chuang, E. Y., Grupi, C. J. Latorre, M. R. D. O., & Mansur, A. J. (2008). Heart Rate Recovery after Treadmill Electrocardiographic Exercise Stress Test and 24-Hour Heart Rate Variability in Healthy Individuals. Arq Bras Cardiol, 90(6), 380-385.
Ayoub, S., et al. (2020). The positive and the negative impacts of spasticity in patients with long-term neurological conditions: an observational study. Disability and Rehabilitation. doi.org/10.1080/09638288.2020.1742803
Baddeley, A. D., (2003) Working memory: looking back and looking forward. Nat. Rev. Neurosci. 4, 829–839.
Bohannon, R. W. (1997). Comfortable and maximum walking speed of adults aged 20-79 years: reference values and determinants. Age and Ageing, 26: 15-19.
Boyne, P. et al. (2015). Predicting Heart Rate at the Ventilatory Threshold for Aerobic Exercise Prescription in Persons With Chronic Stroke, Journal of Neurologic Physical Therapy, 39 (4), 233-240.
Carvalho, T. et al. (2020). Brazilian Cardiovascular Rehabilitation Guideline – 2020. Arq. Bras. Cardiol., 114 (5), 943-987.
Chaitman, B.R. (2003) Abnormal heart rate responses to exercise predict increased long-term mortality regardless of coronary disease extent: the question is why? J Am Coll Cardiol, 3;42(5):839-41.
Cornelissen,V.A., Verheyden, B., Aubert, A.E., & Fagard, R.H. (2010). Effects of aerobic training intensity on resting, exercise and post-exercise blood pressure, heart rate and heart-rate variability. J Hum Hypertens., 24(3):175-82.
Cunha, F. A.; Montenegro, R. A.; & Farinatti, P. T. V., (2013) Qual é a melhor estratégia de prescrição do exercício aeróbio para aumentar o dispêndio energético em pacientes sedentários. Revista HUPE, 12(4), 66-77, 2013.
Graded Exercise. Arq. Bras. Cardiol., 71 (6), 787-792.
Hardinge, M., et al. (2015). British Thoracic Society guidelines for home oxygen use in adults. Thorax, 70:i1–i43.
Karvonen, J., & Vuorimaa, T. (1988). Heart rate and exercise intensity during sports activities. Practical application. Sports Medicine, 5(5), 303-311.
Koetsier, A., van der Veer., S. N, Jager, K. J., Peek, N., & Keizer, N. F. (2012). Control charts in healthcare quality improvement. A systematic review on adherence to methodological criteria. Methods Inf Med., 51(3), 189-98.
Leddy, J. J., Haider, M. N., Ellis, M., & Willer, B. S. (2018). Exercise is Medicine for Concussion. Current sports medicine reports, 17(8), 262–270.
Lee, J., & Stone, A. J. (2020). Combined Aerobic and Resistance Training for Cardiorespiratory Fitness, Muscle Strength, and Walking Capacity after Stroke: A Systematic Review and Meta-Analysis. J Stroke Cerebrovasc Dis, 29(1):104498.
Li, L. et al., (2014) Acute Aerobic Exercise Increases Cortical Activity during Working Memory: A Functional MRI Study in Female College Students. PLoS One, 9(6).
Malta, D.C., et al. (2013). Prevalência autorreferida de deficiência no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Ciência & Saúde Coletiva. 21(10):3253-3264, 2016.
Mehrholz, J., Thomas, S., Elsner, B. (2017). Treadmill training and body weight support for walking after stroke. The Cochrane database of systematic reviews, 8(8), CD002840.
Monteiro, M. M., & Sobral-Filho, D.C. (2004). Physical exercise and blood pressure control. Rev Bras Med Esporte, 10 (6), 517-519.
Organização Mundial da Saúde, Relatório mundial sobre a deficiência. Governo do Estado de São Paulo, 2011.
Ovando, A, C., et al. (2010) Treinamento de marcha, cardiorrespiratório e muscular após acidente vascular encefálico: estratégias, dosagens e desfechos. Fisioter. Mov., 23(2), 253-269.
Palatini, P. (2007). Heart rate as an independent risk factor for cardiovascular disease: current evidence and basic mechanisms. Drugs, 67 Suppl 2:3-13.
Pang, M.Y., Charlesworth, S.A., Lau, R.W., & Chung, R.C. (2013). Using aerobic exercise to improve health outcomes and quality of life in stroke: evidence-based exercise prescription recommendations. Cerebrovasc Dis., 35(1):7-22.
Parker-Ângulo, F. J.; & Adkinson, J. M., (2018). Common Causes of Upper Extremity Spasticity. Elsevier Inc. 2018.
Pastore, C.A. et al. (2016). III Diretrizes Da Sociedade Brasileira De Cardiologia Sobre Análise e Emissão De Laudos Eletrocardiográficos. Arq Bras Cardiol., 106(4 Suppl 1):1-23.
Peçanha, T. et al. (2021). Activation of Mechanoreflex, but not Central Command, Delays Heart Rate Recovery after Exercise in Healthy Men. Int J Sports Med., 42(7), 602-609.
Polese, J.C. et al. (2013). Treadmill training is effective for ambulatory adults with stroke: a systematic review. Journal of Physiotherapy, 59(2):73‐80.
Raimundo, R. D. et al. (2013). Heart Rate Variability in Stroke Patients Submitted to an Acute Bout of Aerobic Exercise. Transl. Stroke Res., 4, 488–499.
Ramos, L. A. M., et al. (2021). As principais doenças do sistema nervoso atendidas em ambulatórios de fisioterapia e suas repercussões na atenção à saúde: Revisão Narrativa. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida. 13(1), 2.
Sands, W. et al. (2019). Recommendations for Measurement and Management of an Elite Athlete. Sports, 7(5), 105.
van Gestel, A. J. R. et al. (2012). Prevalence and Prediction of Exercise-Induced Oxygen Desaturation in Patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Respiration, 84:353-359.
Viana, R.B. et al. (2021). Percepção subjetiva de esforço durante uma sessão de exergame em homens jovens saudáveis. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 15(96), 203-211.
Zubac, D. et al. (2021). Independent influence of age on heart rate recovery after flywheel exercise in trained men and women. Sci. Rep., 11, 12011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Taciana Lopes; Ana Paula Pinto; Sérgio Luiz Lemos; Carolina Lobo Guimarães; Élida Goulart de Abreu; Kássila Katielle Formigoni; Douglas Vinicius de Souza Machado; Rodrigo Álvaro Brandão Lopes-Martins; Mário de Oliveira Lima; Fernanda Pupio Silva Lima
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
