"O que é Feminismo?” Percepções de adultas/os brasileiras/os

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29697

Palavras-chave:

Feminismo; Representações sociais; Psicologia; Ensino.

Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar o que adultos/as sabem sobre feminismo a partir da pergunta: "Para você, o que é feminismo?”. Participaram do estudo 731 adultos/as brasileiros/as de 18 a 79 anos (M = 30,83; DP = 11), sendo a maioria mulheres (78%), solteiros/as (59%) e naturais do Rio Grande do Sul/Brasil (77%). As estatísticas descritivas dos dados sociodemográficos foram realizadas no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0 e as respostas da pergunta analisadas no IRAMUTEQ (Interface de R pour analyses Multidimensionelles de Textes et de Questionnaires) na versão 0.7. O resultado foi um dendograma formado por dois eixos, dois subeixos e quatro classes. O eixo “Estereótipos e percepções conflituosas” foi formado pela classe “Compreensões divergentes” e o eixo “Movimento social” foi formado pelos subeixos “Objetivos e luta” (contendo duas classes) e “Avanços sociais” (contendo uma classe). No geral, as respostas indicam bom entendimento sobre as pautas feministas e sua importância para uma sociedade menos desigual, o que contrasta com o discurso antifeminista potencializado pela atual onda conservadora no Brasil.

Referências

Assis, L. L., & Podewils, T. L. (2021). Mulheres no capitalismo: notas para uma educação feminista. Research, Society and Development, 10(7), 1-15. doi: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16234

Ballestrin, Luciana Maria de Aragão (2017). Feminismos Subalternos. Revista Estudos Feministas, 25(3), 1035-1054. doi: 10.1590/1806-9584.2017v25n3p1035

Camargo, Brigido Vizeu & Justo, Ana Maria (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, 21(2), 513–518. doi: 10.9788/TP2013.2-16

Colling, Ana Maria (2017). As mulheres e a ditadura militar no Brasil. História em Revista, 10(10), 1-10. doi: 10.15210/HR.V10I10.11605.G7457

Corrêa, Mariza. (2001). Do feminismo aos estudos de gênero no Brasil: um exemplo pessoal. Cadernos Pagu, (16), 13-30.

Costa, Ana Alice Alcantara (2005). O movimento feminista no Brasil: dinâmicas de uma intervenção política. Labrys, (7), 1-20. doi: 10.22409/rg.v5i2.380

Da Silva, J. P. A., Do Carmo, V. M, & Ramos, G. B. J. R. (2021). As quatro ondas do feminismo: lutas e conquistas. Revista de Direitos Humanos em Perspectiva, 7(1), 101-122. https://indexlaw.org/index.php/direitoshumanos/article/view/7948/pdf

Daflon, V. T., Costa, D. T., & Borba, F. (2021). Gênero, feminismo e geração: uma análise dos perfis e opiniões das mulheres manifestantes no Rio de Janeiro. Cadernos Pagu, 61, 1-20. doi: https://doi.org/10.1590/18094449202100610002

Dell'aglio, Daniela Dalbosco, & Machado, Paula Sandrine (2018). Feminismo e o anarquismo pelas bordas: a resistência enquanto ação política. Conversas & Controvérsias, 5(1), 44-56. doi: 10.15448/2178-5694.2018.1.30239

Duarte, Constância Lima (2003). Feminismo e literatura no Brasil. Estudos avançados, 17(49), 151-172. doi: 10.1590/S0103-40142003000300010

Garcia, Carla Cristina (2015). Breve história do feminismo. São Paulo: Claridade.

Lahlou, Saadi (2012). Text mining methods: An answer to Chartier and Meunier. Papers on Social Representations, 20(38), 1–7.

Mayorga, Claudia, & Íñiguez Rueda, Lupicinio (2019). Gênero, feminismo e cidades. URBS: Revista de estudios urbanos y ciencias sociales, 9(1), 9-15.

Mota, Keli Rocha Silva (2017). Feminismo contemporâneo: como ativistas de São Paulo compreendem uma terceira onda do movimento no país. Revista Extraprensa, 11(1), 108-127. Doi: 10.11606/extraprensa2017.139729

Narvaz, Martha Giudice, & Koller, Sílvia Helena (2006). Metodologias feministas e estudos de gênero: articulando pesquisa, clínica e política. Psicologia em Estudo, 11(3), 647-654. doi: 10.1590/S1413-73722006000300021

Pinto, Céli Regina Jardim (2010). Feminismo, história e poder. Revista de Sociologia e Política, 18(36), 15-23. doi: 10.1590/S0104-44782010000200003

Prehn, Denise Rodrigues, & Hüning, Simone M (2017). O movimento feminista e a psicologia. Psicologia Argumento, 23(42), 65-71. doi: 10.7213/psicolargum.v23i42.20101

Sarti, Cynthia. A (2001). Feminismo e contexto: lições do caso brasileiro. Cadernos Pagu, 16, 31-48. doi 10.1590/S0104-83332001000100003

Scott, Joan (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, 20(2), 71-99.

Silva, Marília Saldanha da, Scarparo, Helena Beatriz Kochenborger, & Strey, Marlene Neves (2013). Por que não somos todas feministas?.Diálogo, 22, 107-116. doi: 10.18316/913

Soihet, Rachel (2005). Zombaria como arma antifeminista: instrumento conservador entre libertários. Revista Estudos Feministas, 13(3), 591-612. doi: 10.1590/S0104-026X2005000300008

Souza, Marli Aparecida Rocha de et al (2018). O uso do software IRAMUTEQ na análise de dados em pesquisas qualitativas. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 52, e03353. doi: 10.1590/s1980-220x2017015003353

Swirsky, Jill M., & Angelone, D. J (2014). Femi-nazis and bra burning crazies: A qualitative evaluation of contemporary beliefs about feminism. Current Psychology, 33(3), 229-245. doi: 10.1007/s12144-014-9208-7

Silva, Isabela Machado da , & Frizzo, Giana Bitencourt (2014). Ter ou não ter? Uma revisão da literatura sobre casais sem filhos por opção. Pensando Famílias, 18(2), 48-61.

Strey, Marlene Neves., & Botton, Andressa (2017). Estudos de Gênero e os movimentos feministas na interface com a saúde coletiva: por onde caminha a Psicologia Social? In: A., Roso (Org.), Crítica e dialogicidade em Psicologia Social: Saúde, Minorias Sociais e Comunicação. (pp. 30-50). EDUFSM: Santa Maria – RS.

Trask, R. L (2004). Dicionário de linguagem e linguística. (R. Ilari, Trans.). Contexto: Rio de Janeiro.

Downloads

Publicado

18/05/2022

Como Citar

FERREIRA, T. da S. .; CÚNICO, S. D. .; PRATA-FERREIRA, P. A.; GASPODINI, Ícaro B. .; PATIAS, N. D. . "O que é Feminismo?” Percepções de adultas/os brasileiras/os. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 7, p. e13911729697, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i7.29697. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/29697. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais