Criação de protocolo institucional de cuidados paliativos em hospital geral: uma pesquisa convergente assistencial
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29708Palavras-chave:
Cuidado Paliativo; Equipe Interconsulta; Protocolos.Resumo
Perante a necessidade de diminuir/amenizar as situações de sofrimento físico e emocional de pacientes e familiares que lidam com doenças ameaçadoras à vida, o objetivo deste estudo foi desenvolver um protocolo institucional de Cuidados Paliativos voltado ao ambiente hospitalar. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo convergente assistencial, a partir da vivência de uma Residente de Enfermagem, juntamente com o apoio do Grupo de Trabalho em Cuidados Paliativos de um hospital do interior do Rio Grande do Sul. Grupos de estudo e rodas de conversa foram realizados a fim de definir os objetivos da equipe, critérios para inserção dos pacientes, suas avaliações e acompanhamento, culminando na criação do protocolo. Definiu-se que o grupo atuará como um time hospitalar de interconsulta que será acionado mediante solicitação de qualquer profissional da saúde de nível superior. A primeira avaliação do paciente será realizada por um profissional enfermeiro, um médico e um psicólogo e as escalas iniciais que avaliarão respectivamente prognóstico e sintomas serão a Paliattive Performance Scale (PPS) e a Edmonton Symptom Assessment Scale (ESAS). Também será realizado um planejamento de alta personalizado com foco nas necessidades do paciente, ações a serem orientadas à família e acionamento da rede de cuidados. A partir deste estudo pode-se ampliar as pesquisas sobre a implementação de programas de CP dentro do ambiente hospitalar, além de modificar a cultura institucional, trazendo à tona um tema tão relevante.
Referências
Abreu, A. I. S. C. de S., & Costa Júnior, Á. L. (2018). Sobrecarga do cuidador familiar de paciente oncológico e a enfermagem. Rev. Enferm. UFPE on Line, 976–986. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-970522
Academia Nacional de Cuidados Paliativos. (2018). Análise situacional e recomendações da ANCP para o desenvolvimento dos Cuidados Paliativos no Brasil. Paliativo.org.br. https://api-wordpress.paliativo.org.br/analise-situacional-recomendacoes-ancp-desenvolvimento-cuidados-paliativos-brasil/
Alves, R. S. F., Cunha, E. C. N., Santos, G. C., & Melo, M. O. (2019). Cuidados Paliativos: Alternativa para o Cuidado Essencial no Fim da Vida. Psicologia: Ciência E Profissão, 39. https://doi.org/10.1590/1982-3703003185734
Báo, A. C. P., Amestoy, S. C., Moura, G. M. S. S. de, & Trindade, L. de L. (2019). Quality indicators: tools for the management of best practices in Health. Revista Brasileira de Enfermagem, 72(2), 360–366. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0479
Brinkman-Stoppelenburg, A., Witkamp, F. E., van Zuylen, L., van der Rijt, C. C. D., & van der Heide, A. (2018). Palliative care team consultation and quality of death and dying in a university hospital: A secondary analysis of a prospective study. PLOS ONE, 13(8), e0201191. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0201191
Bruera, E., Kuehn, N., Miller, M. J., Selmser, P., & Macmillan, K. (1991). The Edmonton Symptom Assessment System (ESAS): a simple method for the assessment of palliative care patients. Journal of Palliative Care, 7(2), 6–9. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/1714502/
Carratalá, J. M., Peña-Pardo, B., Gil, V., & Jacob, J. (2020). Oxigenoterapia y cuidados paliativos en pacientes con insuficiencia cardiaca. Rev. Esp. Cardiol. (Ed. Impr.), 598–598. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ibc-ET1-6245
Castilho, R. K., Silva, V. C. S. da, & Pinto, C. da S. (Eds.). (2021). Manual de Cuidados Paliativos da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) (3rd ed.).
Costa-Requena, G., Cristófol, R., & Cañete, J. (2011). Caregivers’ morbidity in palliative care unit: predicting by gender, age, burden and self-esteem. Supportive Care in Cancer, 20(7), 1465–1470. https://doi.org/10.1007/s00520-011-1233-6
Hua, M., Lu, Y., Ma, X., Morrison, R. S., Li, G., & Wunsch, H. (2020). Association Between the Implementation of Hospital-Based Palliative Care and Use of Intensive Care During Terminal Hospitalizations. JAMA Network Open, 3(1), e1918675. https://doi.org/10.1001/jamanetworkopen.2019.18675
Maia, M. A. de Q., Lourinho, L. A., & Silva, K. V. (2021). Competências dos profissionais de saúde em cuidados paliativos na Unidade de Terapia Intensiva adulto. Research, Society and Development, 10(5), e38410514991. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14991
Mechler, K., & Liantonio, J. (2019). Palliative Care Approach to Chronic Diseases. Primary Care: Clinics in Office Practice. https://doi.org/10.1016/j.pop.2019.05.008
Miller, N., Shuler, J., Hayley, D., He, J., Porter-Williamson, K., & Kalender-Rich, J. (2018). Across the Continuum: How Inpatient Palliative Care Consultations Are Reported in Hospital Discharge Summaries. Journal of Palliative Medicine, 21(1), 85–88. https://doi.org/10.1089/jpm.2016.0539
Monteiro, D. da R., Almeida, M. de A., & Kruse, M. H. L. (2013). Tradução e adaptação transcultural do instrumento Edmonton Symptom Assessment System para uso em cuidados paliativos. Revista Gaúcha de Enfermagem, 34(2), 163–171. https://doi.org/10.1590/s1983-14472013000200021
Naaktgeboren, M. W., Magdelijns, F. J. H., Janssen, D. J. A., & van den Beuken-van Everdingen, M. H. J. (2021). Added Value of Early Consultation of an Inpatient Palliative Care Team in Hospitalized Older Patients With High Symptom Burden: A Prospective Comparative Study. The American Journal of Hospice & Palliative Care, 38(10), 1258–1264. https://doi.org/10.1177/1049909120982606
Pask, S., Pinto, C., Bristowe, K., van Vliet, L., Nicholson, C., Evans, C. J., George, R., Bailey, K., Davies, J. M., Guo, P., Daveson, B. A., Higginson, I. J., & Murtagh, F. E. (2018). A framework for complexity in palliative care: A qualitative study with patients, family carers and professionals. Palliative Medicine, 32(6), 1078–1090. https://doi.org/10.1177/0269216318757622
Pegoraro, M. M. de O., & Paganini, M. C. (2019). Cuidados paliativos e limitação de suporte de vida em terapia intensiva. Revista Bioética, 27(4), 699–710. https://doi.org/10.1590/1983-80422019274353
Peirano, G., Bertolino, M., Rodriguez, M., Bunge, S., Armesto, A., & Dran, G. (2019). Interconsultas de cuidados paliativos para pacientes con cáncer en un hospital general: Características y oportunidad. Medicina (B.Aires), 337–344. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1056728
Picollo, D. P., & Fachini, M. (2018). A atenção do enfermeiro ao paciente em cuidado paliativo. Rev. Ciênc. Méd., (Campinas), http://dx.doi.org/10.24220/2318-0897v27n2a3855. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-980808
Pinto, A. C., Silva, A. M. O. P., Arantes, A. C. L. Q., Américo, A. F. Q., Andrade, B. A., Kira, C. M., Burlá, C., Naylor, C., Matsumoto, D. Y., Azevedo, D. L., Forte, D. N., Genezini, D., Franck, E. M., Fernandes, E. A., Aitken, E. V. P., Azevedo, E. F., Aires, E. M., Ribas, E., Chino, F. T. B. C., (...) Hatanaka, V. M. A. (2012). Manual de Cuidados Paliativos da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP. (2a ed.).
Resolução n 41 de 31 de outubro de 2018, (2018). https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cit/2018/res0041_23_11_2018.html
Sales Maciel, M. G., & Tavares de Carvalho, R. (n.d.). A Escala de Desempenho em Cuidados Paliativos versão 2 (EDCP v2) TRADUÇÃO BRASILEIRA PARA A LÍNGUA PORTUGUESA (Portuguese Brazilian translation of Palliative Performance Scale (PPS version 2). Retrieved April 27, 2022, from https://victoriahospice.org/wp-content/uploads/2019/07/pps_-_portuguese_brazilian_-_sample.pdf
Santos, R. da S., Pasklan, A. N. P., Vale, I. S., Leitão, I. E. S., Barros, B. F. M., Santiago, F. A. de O., & Lima, S. F. (2021). Percepção de cuidados paliativos dos profissionais de saúde no ambiente hospitalar do município de Pinheir-MA. Revista de Atenção à Saúde, 19(69). https://doi.org/10.13037/ras.vol19n69.7807
Santos, R. S., Lima, F. M., Hora, J. C., & Leão, D. B. (2020). Indicadores de qualidade aplicados na assistência de enfermagem em cuidados paliativos: Revisão integrativa da literatura. Enfermagem Em Foco, 11(2). https://doi.org/10.21675/2357-707x.2020.v11.n2.2652
Saunders, S., Killackey, T., Kurahashi, A., Walsh, C., Wentlandt, K., Lovrics, E., Scott, M., Mahtani, R., Bernstein, M., Howard, M., Tanuseputro, P., Goldman, R., Zimmermann, C., Aslakson, R. A., & Isenberg, S. R. (2019). Palliative Care Transitions From Acute Care to Community-Based Care—A Systematic Review. Journal of Pain and Symptom Management, 58(4), 721-734.e1. https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2019.06.005
Silva, M. A. dos S., Diniz, M. A., Carvalho, R. T. de, Chiba, T., & Mattos-Pimenta, C. A. de. (2020). Palliative care consultation team: symptom relief in first 48 hours of hospitalization. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(6). https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0391
Sleeman, K. E., de Brito, M., Etkind, S., Nkhoma, K., Guo, P., Higginson, I. J., Gomes, B., & Harding, R. (2019). The escalating global burden of serious health-related suffering: projections to 2060 by world regions, age groups, and health conditions. The Lancet Global Health, 7(7), e883–e892. https://doi.org/10.1016/s2214-109x(19)30172-x
Soares, L. G. L., Japiassu, A. M., Gomes, L. C., & Pereira, R. (2017). Post-Acute Care Facility as a Discharge Destination for Patients in Need of Palliative Care in Brazil. American Journal of Hospice and Palliative Medicine®, 35(2), 198–202. https://doi.org/10.1177/1049909117691280
Trentini, M., Paim, L., & Silva, D. M. G. V. da. (2014). Pesquisa convergente assistencial - PCA: delineamento provocador de mudanças nas práticas de saúde (3rd ed.).
World Health Organization (WHO). (2018). Palliative Care. https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/palliative-care
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Kemberly Godoy Basegio; Mariluza Sott Bender; Aline Badch Rosa; Rochele Mosmann Menezes; Mari Ângela Gaedke
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
