Placas de isolamento térmico e acústico a partir de biomassa de microalgas, poli-β-hidroxibutirato e lã de vidro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2995Palavras-chave:
Spirulina; condutividade térmica; coeficiente de absorção sonora; coeficiente de redução sonora; construções sustentáveis.Resumo
Entre as muitas funções que um material de construção precisa ter, destacam-se suas funções de isolamento. Este tipo de material atua diminuindo a condução de calor/som no ambiente. Nesse contexto, os bio-isolantes têm recebido uma atenção crescente devido ao seu desempenho e ao uso de materiais de isolamento sustentáveis/naturais. Este estudo foi realizado para avaliar o desempenho térmico e acústico de placas de base biológica fabricadas a partir da biomassa de Spirulina, poli-β-hidroxibutirato bacteriano (PHB) e lã de vidro. As placas foram fabricadas sob compressão aquecida em diferentes proporções: 33,33% de lã de vidro, 33,33% de PHB e 33,33% de biomassa de Spirulina (Placa A); 20% de lã de vidro, 40% de PHB e 40% de Spirulina (Placa B); 40% de lã de vidro, 40% de PHB e 20% de Spirulina (Placa C); e 40% de lã de vidro, 20% de PHB e 40% de Spirulina (Placa D). As placas A e B apresentaram menor condutividade térmica (0,09 W m-1 K-1) em comparação aos materiais isolantes tradicionais, como gesso puro (0,44 W m-1 K-1) e tijolo isolante de caulim (0,08-0,19 W m-1 K-1). A placa D apresentou o maior coeficiente de absorção sonora de ~ 1600 Hz em comparação com outros isoladores de base biológica na mesma frequência, como fibra não tecida à base de polipropileno e fibra de folha de chá com a mesma espessura. Para o coeficiente de redução de ruído, a placa B apresentou melhores resultados que o concreto. Portanto, as placas A e B são adequadas como isolantes térmicos, enquanto as placas B e D são adequadas como isolantes acústicos. Para aplicação simultânea como isolante térmico e acústico, a placa B é a melhor escolha entre todas as placas.
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