A relação entre a quimioterapia e a perda de memória no câncer de mama
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30007Palavras-chave:
Quimioterapia; Câncer de mama; Disfunção cognitiva; Perda de memória; Etiologias; Causas.Resumo
Introdução: estudos sugerem que o tratamento quimioterápico para o câncer de mama pode causar alterações cognitivas, afetando a qualidade de vida dos sobreviventes da doença. Objetivo: pesquisar e estudar através de uma revisão da literatura as etiologias da disfunção cognitiva associada a quimioterapia do câncer de mama. Método: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura por meio de pesquisas em bases de dados como PubMed, Web of Science e Science Direct, utilizando as palavras-chave: Quimioterapia; Câncer de mama; Disfunção cognitiva; Perda de memória; Etiologias; Causas, combinadas entre si. Resultados e Discussão: a disfunção cognitiva se mostra prejudicada após o tratamento com os quimioterápicos, podendo assim concluir que os principais causadores são os antineoplásicos. A maneira como essas drogas agem no organismo provocando essa disfunção são diversas, como por exemplo a diminuição da massa cinzenta do cérebro, inflamação local no hipocampo, ocasionando a liberação excessivas de citocinas que atravessam a barreira hematoencefálica. Conclusão: o prejuízo cognitivo resultante do tratamento quimioterápico é evidente, e suas causas estão sendo cada dia mais pesquisadas a fim de entender melhor esse efeito colateral e poder encontrar meios para preveni-los, ou tratá-los, buscando a melhora da qualidade de vida dos sobreviventes.
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