Análise da presença de lesão por pressão em pacientes hospitalizados e as principais comorbidades associadas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.3009Palavras-chave:
Lesão por Pressão; Tempo de Permanência; Pacientes Internados.Resumo
O presente estudo objetivou analisar a presença de Lesão por Pressão (LP) em pacientes hospitalizados, observando as principais comorbidades associadas. Trata-se de uma análise documental retrospectiva com perfil observacional analítico, de caráter quantitativo e transversal. A pesquisa foi realizada em um hospital de alta complexidade da rede pública, situado no estado da Paraíba e se deu por análise criteriosa de 884 prontuários médicos dos pacientes internados nos meses de janeiro a dezembro de 2019, sendo incluídos no estudo aqueles que possuíssem pelo menos uma LP durante sua estadia hospitalar. Foram avaliadas informações como perfil sociodemográfico, idade, sexo, histórico clínico do paciente e enfermidades associadas, além de observada a pontuação na escala de Braden para identificar o risco de desenvolvimento da lesão. A amostra foi composta por 85 pacientes, que apresentaram em sua maioria (83,5%) mais de 65 anos de idade, sendo 47 (55,29%) do sexo feminino e 38 (44,71%) do sexo masculino. Foi observada uma incidência de 11,5% de presença de LP nos pacientes, caracterizando-se como um número ao qual deve-se atentar, visto que se trata de uma complicação classificada como evitável na maioria dos casos, e sabendo-se ainda da existência de subnotificação por ser considerado um problema de negligência médica. A Diabetes Mellitus (DM) e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) foram apontadas como as principais comorbidades associadas, sendo que dos pacientes que desenvolveram LP, 10 (11,8%) possuíam DM, 21 (24,7%) possuíam HAS e 33 (38,8%) possuíam as duas doenças, acarretando implicações na cicatrização e agravamento da lesão. Assim sendo, torna-se relevante ressaltar a importância da monitorização sistemática do paciente, a fim de se verificar as comorbidades existentes e os riscos de ocorrência da lesão, para assim maximizar os cuidados de prevenção, proporcionando uma melhor estadia hospitalar ao paciente e evitando altos custos com o tratamento.
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