Bioindicação vegetal em espaços públicos urbanos: análise da assimetria flutuante em folhas de Schinus terebinthifolia Raddi (Anacardiaceae)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30192Palavras-chave:
Bioindicador; Estresse ambiental; Simetria.Resumo
Locais de bastante estresse podem provocar modificações de grande impacto no desenvolvimento ontogenético dos organismos. A Assimetria Flutuante (AF) é uma ferramenta que se caracteriza por indicar instabilidades e plasticidades causadas por perturbações do ambiente em que as plantas estão inseridas. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar se há ou não AF em 600 folíolos de indivíduos de S. terebinthifolia coletados aleatoriamentem em quatro locais públicos do município de Arapiraca-AL. Foram medidos os lados direito e esquerdo desses folíolos e as medidas foram submetidas ao teste de Shapiro-Wilk, o qual não apontou a existência de AF para os folíolos analisados nesta pesquisa, pois os dados diferiram da distribuição normal (W = 0.46393 p<2.2e-16). A AF não se apresentou precisa na bioindicação vegetal, visto que a espécie S. terebinthifolia apresenta certa resistência e grande capacidade de adaptação a ambientes estressantes, não apresentando respostas morfológicas como a assimetria flutuante foliar.
Referências
Araújo, M. B., & Rahbek, C. (2006). How does climate change affect biodiversity?. Science, 313(5792), 1396-1397.
Araújo, S. A. C & Deminicis, B. B. (2009). Fotoinibição da fotossíntese. Revista Brasileira de Biociências, 7(4).
Barreto, A. P.; Mathias Filho, J. M.; Felisbino, R. M.; Hunger, M. S.; Delbim, L. R.; Magalhães, R.; Zavarize, S. F. & Martelli, A. (2017). Arborização Urbana e Microclima e a Percepção dos Acadêmicos de Educação Física Quanto a Essa Vegetação. Uniciências, 21(2), 99-104.
Bianchi, L., Germino, G. H., & de Silva, M. A. (2000). Adaptação das plantas ao déficit hídrico. Acta Iguazu, 5(4), 15–32. https://doi.org/10.48075/actaiguaz.v5i4.16006
Bittencourt, P. P. & Silva, L. N. N. (2018). Estresse hídrico em plantas: aspectos morfofisiológicos, adaptações e mecanismos de resposta. In: A. P. Della [et al.]. VIII Botânica no Inverno, Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, pp. 235-244.
Boeger, M. R. T.; Pilatti, D. M.; Lima, C. S.; Alvarenga, A. M. S. B. & Pereto, S. C. A. S. (2018). Leaf architecture and symmetry of understory tree species of an Araucaria Forest. Acta Scientiarum, 40(1), 1-7.
Brito, L.; Silva, P. A. & Fluminhan, A. (2019). Alterações foliares sugerem efeitos da poluição veicular em plantas da família myrtaceae em áreas urbanas. Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, 10(1), 223-231.
Cabuga Junior, C. C.; Ayaton, M. A. & Budlayan, M. L. M. (2018). Geometric morphometrics of leaf blade shape in water hyacinth (Eichhornia crassipes: Pontederiaceae) population from Lake Mainit, Philippines. Computational Ecology and Software, 8(2), 46-56.
Carlos, P. P. (2017). Características florais e visitantes de Turnera subulata Sm. (Passifloraceae) em gradiente de urbanização. (Dissertação). Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus-AM.
Carneiro, L. S.; Aguiar, C. M.; Aguiar, W. M. & Ferreira, V. S. (2018). Avaliação da assimetria flutuante em populações de Eulaema cingulata (Fabricius, 1804) (hymenoptera: apidae) em diferentes fitofisionomias da mata atlântica. In: 22º Anais Seminário de Iniciação Científica, Feira de Santana, Bahia, Brasil: UEFS.
Costa, C. C. (2020). Evaluation of the morphological parameters of aroeira seedlings (Schinus terebinthifolia Raddi.) In biodegradable tubes. Revista Ambientale, 12(3), 1-14.
Costa, R. R.; Santos, M. G. S. & Silva, R. N. (2020). Análise da percepção ambiental dos frequentadores da área verde Dom Constantino Luers, no município de Arapiraca–AL. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, 15(1), 50-65.
Cuevas-reyes, P.; Gilberti, L.; González-rodríguez, A. & Fernandes, G. W. (2013). Patterns of herbivory and fluctuating asymmetry in Solanum lycocarpum St. Hill (Solanaceae) along an urban gradient in Brazil. Ecological Indicators, 24, 557-561.
Chiamolera, L. B.; Ângelo, A. C. & Boeger, M. R. (2011). Crescimento e sobrevivência de quatro espécies florestais nativas plantadas em áreas com diferentes estágios de sucessão no reservatório Iraí-PR. Floresta, 41(4), 765-778.
Estevão, L. R. M.; Simões, R. S.; Cassini-vieira, P.; Canesso, M. C. C.; Barcelos, L. S.; Rachid, M. A.; Câmara, C. A. G. & Evêncio-neto, J. (2017). Schinus terebinthifolia Raddi (Aroeira) leaves oil attenuates inflammatory responses in cutaneous wound healing in mice. Acta Cirúrgica Brasileira, 32(9), 726-735.
Feriani, A.; Tir, M.; Hamed, M.; Sila, A.; Nahdi, S.; Alwasel, S.; Harrath, A. H. & Tlili, N. (2020). Multidirectional insights on polysaccharides from Schinus
terebinthifolia and Schinus molle fruits: Physicochemical and functional profiles, in vitro antioxidant, anti-genotoxicity, antidiabetic, and antihemolytic capacities, and in vivo anti-inflammatory and anti-nociceptive properties. International Journal of Biological Macromolecules, 165, 1-53.
Fisher, M. C., Garner, T. W., & Walker, S. F. (2009). Global emergence of Batrachochytrium dendrobatidis and amphibian chytridiomycosis in space, time, and host. Annual review of microbiology, 63, 291-310.
Gomes Júnior, J. S. (2016). Produção e uso do espaço público em Arapiraca, Alagoas: uma avaliação pós-ocupação do Parque Municipal Ceci Cunha e do Bosque das Arapiracas. (Dissertação). Universidade Federal de Alagoas, Maceió-AL.
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2008). Regiões de influência das cidades 2007. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv40677.pdf
Kashparova, E.; Levchuk, S.; Morozova, V. & Kashparov, V. (2018). A dose rate causes no fluctuating asymmetry indexes changes in silver birch (Betula pendula (L.) Roth.) leaves and Scots pine (Pinus sylvestris L.) needles in the Chernobyl Exclusion Zone. Journal of Environmental Radioactivity, 211, 1-8.
Kozlov, M. V. (2017). Plant studies on Fluctuating Asymmetry in Russia: mythology and methodology. Russian Journal of Ecology, 48(1), 1-9.
Lima, C. B. S.; Nunes, L. A.; Carvalho, C. A. L.; Ribeiro, M. F.; Souza, B. A. & Silva, C. S. B. (2016). Morphometric differences and fluctuating asymmetry in Melipona subnitida Ducke 1910 (Hymenoptera: Apidae) in different types of housing. Brazilian Journal of Biology, 76(4), 845-850.
Mendes, G. M. (2014). Assimetria Flutuante como bioindicadora de mudanças ambientais e interações tróficas em Cecropia pachystachya (Urticaceae). (Dissertação). Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais.
National Institutes of Health. (2012). Image J. Versão 1.46r. Bethesda, MD, USA. https://imagej.nih.gov/ij/docs/install/index.html
Nunes, D. P. (2016). Ecofisiologia de Schinus terebinthifolia Raddi (Anacardiaceae) sob estresse hídrico. (Tese) Universidade Federal da Grande Dourados, Mato Grosso do Sul.
Oliveira, T. C. T.; Monteiro, A. B. & Faria, L. D. B. (2020). Can multitrophic interactions shape morphometry, allometry, and fluctuating asymmetry of seed-feeding insects?. PloS ONE, 15(11), 1-17.
Oliveira, J. P. S.; Costa, A. C. B.; Silva, L. J.; Ferreira, E. E. & Silva, R. N. (2021). Assimetria flutuante em folíolos de aroeira (Schinus terebinthifolia Raddi, Anacardiaceae) em espaço público urbano, Arapiraca-AL. Diversitas Journal, 6(1), 445-459.
Palmer, A. R. & Strobeck, C. (1986). Fluctuating asymmetry: measurements, analysis, patterns. Annual Review of Ecology and Systematics, 17(1), 391-421.
Pereira, J. D. S. & Barbosa, R. V. R. (2016). Análise das áreas verdes urbanas e sua influência na redução do rigor térmico em cidade de clima semiárido. In: 7º Congresso luso brasileiro para o planejamento urbano, regional, integrado e sustentável, (p. 3). Maceió-AL: UFAL.
R Core Team. (2020). R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. https://www.R-project.org/
Ribeiro, V. A.; Silva, R. N.; Sousa-Souto, L. & Neves, F. S. (2013). Fluctuating asymmetry of and herbivory on Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz (Fabaceae) in pasture and Secondary Tropical Dry Forest. Acta Botanica Brasilica, 27(1), 21-25.
Santos, A. I., & Calafate, L. (2018). Espécies invasoras. Revista de Ciência Elementar, 6(1).
Silva, W. R. D., & Giaretta, A. A. (2008). Seleção de sítios de oviposição em anuros (Lissamphibia). Biota Neotropica, 8(3).
Silva, R. N. & Gomes, M. A. S. (2013). Comparação quali-quantitativa da arborização em espaços públicos da cidade de Arapiraca-AL. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, 8(2), 104-117.
Silva, E.; Guilherme, M. F.; Oliveira, H.; Viana, Z. & Santos, V. L. (2017). Caracterização morfométrica e efeitos ecotoxicológicos do chumbo na germinação de sementes de Schinus terebinthifolia Raddi. Arquivos do Instituto Biológico, 84, 1-7.
Shadrina, E.; Turmukhametova, N.; Soldatova, V.; Vol’pert, Y.; Korotchenko, I. & Pervyshina, G. (2020). Fluctuating asymmetry in morphological characteristics of Betula pendula Roth leaf under conditions of urban ecosystems: evaluation of the multi-factor negative impact. Symmetry, 12(8), 1-35.
Vogel, H. F.; Zawadzki, C. H.; Silva, G. S.; Ramos, C. C. O. & Bechara, F. C. (2012). Assimetria flutuante: dados iniciais de uma taxocenose de sabiás (passeriformes, turdidae) ocorrentes em um parque urbano na região Centro-sul do estado do Paraná, Brasil. Publicatio UEPG Biológicas e da Saúde, 18(1), 25-30.
Xavier, R. A. & Dornellas, P. C. (2012). Caracterização ambiental do município de Arapiraca, Região Agreste de Alagoas. Revista Ambientale, 1(3), 108-121.
Zverev, V.; Lama, A. D. & Kozlov, M. V. (2018). Fluctuating asymmetry of birch leaves did not increase with pollution and drought stress in a controlled experimente. Indicadores Ecológicos, 84:283-289.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Allana Caroline Bonfim Costa; Liosmar José da Silva; João Pedro Silva Oliveira; Rosineide Nascimento da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
