Perfil de utilização de medicamentos psicotrópicos dispensados por farmácias públicas durante a pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30269Palavras-chave:
Assistência à Saúde mental; COVID-19; Psicotrópicos.Resumo
Introdução: A COVID-19 trouxe consigo diversas consequências, dentre elas o aumento de casos de transtornos relacionados à saúde mental, e também o padrão de consumo de medicamentos psicotrópicos pela população. Objetivo: analisar possíveis alterações no consumo de medicamentos psicotrópicos utilizados antes e durante a pandemia nas farmácias da família no município de Vitória da Conquista – Bahia, assim como o perfil da população que fez uso durante os períodos supracitados. Materiais e Métodos: trata-se de um estudo de corte transversal de natureza quantitativa. Os dados do estudo foram obtidos por meio do sistema HÓRUS - Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica, onde foi realizado o levantamento da quantidade de pacientes que fizeram a utilização de psicotrópicos nos anos de 2018, meados de 2020 e até dezembro de 2021. Foram avaliadas características gerais como sexo, idade, bem como a origem das prescrições. Resultados: Verificou-se um número elevado de prescrições no período coletado, sendo a maioria provenientes do SUS (n=86731, r=86,8%). Os medicamentos mais prevalentes foram fluoxetina (16,3%), Clonazepam (16,3%), Carbamazepina (15,5%) e Risperidona (11,5%). Em relação ao sexo, 57,7% das prescrições eram direcionadas a pacientes do sexo feminino, com idade média de 49,7 anos (±16,1 anos) e do sexo masculino: 42,8 anos (±18,6 anos). Verificou-se uma associação estatisticamente significativa com o aumento da utilização de fluoxetina entre mulheres durante a pandemia. Considerações finais: Constatou-se que houve um aumento significativo na demanda dos medicamentos psicotrópicos durante a pandemia, principalmente entre pacientes do sexo feminino.
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