Análise da qualidade da água em atrativos naturais na região de Santo Antônio do Rio Abaixo (MG)
DOI:
https://doi.org/10.17648/rsd-v7i4.304Palavras-chave:
Balneabilidade; Índices de Qualidade da Água; Planejamento turístico; Poluição das águas.Resumo
O turismo é uma atividade econômica que utiliza os aspectos peculiares de uma região, tais como natureza, história, cultura e geologia. Desta forma, este trabalho visou caracterizar os índices de qualidade da qualidade da água dos atrativos turísticos Poço do Limão, Praia do Tabuleiro, Balneário Benedito Martins Leite, cachoeiras do Angico, da Baía, do Chuvisco e do Cristal, localizados no município de Santo Antônio do Rio Abaixo (MG). Para tal foram realizadas seis amostragens entre os meses de setembro de 2016 e maio de 2017 e analisados o Índice de Balneabilidade (IB), Índice de Estado Trófico (IET) e o Índice de Qualidade da Água (IQA). Considerando o IB constataram-se resultados enquadrados na classificação “excelente” e “muito bom” da Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº 274/2000, com exceção da Cachoeira do Angico, dado o lançamento de esgoto nas proximidades desta. Por sua vez, o IQA apresentou resultados nas faixas de “médio” a “bom”, de acordo com o padrão do Instituto Mineiro de Gestão das Águas. No entanto, é importante ressaltar que o período chuvoso influenciou negativamente os resultados desses índices, dado o escoamento superficial. Já os resultados obtidos por meio do IET permitiram a classificação das águas como ultraoligotróficas, indicando concentrações insignificantes de nutrientes. Assim, este trabalho pode contribuir para o planejamento turístico do município, colaborando com a geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população local.
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA). Indicadores de qualidade. 2017. Disponível em: <http://portalpnqa.ana.gov.br/indicadores-introducao.aspx>. Acesso em: 29 jan. 2018.
AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION (APHA). 2012. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 22. ed. Washington: APHA, 2012.
APPOLINÁRIO, F. Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Pioneira, 2009.
BOTELHO, J. M.; CRUZ, V. A. G. Metodologia cientifica. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
BRANDÃO, J. M. S. Caracterização da geologia e limnologia das cachoeiras Alta e do Patrocínio Amaro, distrito de Ipoema, Itabira – MG. 2016. 76 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Ambiental, Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Itabira, Itabira, 2016.
BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Resolução CONAMA nº 274, de 29 de novembro de 2000. Define os critérios de balneabilidade em águas brasileiras. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, DF, 29 de novembro de 2000. Disponível em: < http://www.mma.gov.br>. Acesso em: 23 fev. 2018.
BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Resolução CONAMA nº357, de 17 de março de 2005. Dispões sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento, bem com estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário oficial da união. Brasília, 17 mar. 2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2018.
BRASIL. Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 de agosto de 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 10 jan. 2018.
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). Qualidade das águas superficiais no estado de São Paulo. [recurso eletrônico]/ CETESB. Série de Relatórios/ CETESB, ISSN 0103-4103. São Paulo: CETESB, 2015. Disponível em: http://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/publicacoes-e-relatorios/>. Acesso em: 01 fev. 2018.
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). Relatório de qualidade das praias no estado de São Paulo 2016. [recurso eletrônico]/CETESB; Coordenação geral Maria Helena R. B. Martins; Coordenação técnica Nelson Menegon Jr., Cláudia Condé Lamparelli; Equipe técnica Cláudia Condé Lamparelli...[et al.]. São Paulo: CETESB, 2017.
CONSÓRCIO ECOPLAN-LUME. Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM); Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA); Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-DOCE). Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e Planos de Ações para as Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos no Âmbito da Bacia do Rio Doce: Relatório Final. CBH-DOCE, 2010. 1 v. Disponível em: <http://www.cbhdoce.org.br/wp-content/uploads/2014/10/PIRH_Doce_Volume_I.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2018.
DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4. ed. São Paulo: Editora de Textos, 2012.
DIAS, R. Turismo sustentável e meio ambiente. São Paulo: Atlas, 2012.
FRITZSONS, E.; PARANHOS FILHO, A. C.; IDE, C. N.; GONÇALVES, F. V.; MANTOVANI, L. E.; RIZZI, N. E. As interações entre coliformes e alteração de vazão em águas superficiais. 2014. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/240611614_AS_INTERACOES_ENTRE_COLIFORMES_E_ALTERACAO_DE_VAZAO_EM_AGUAS_SUPERFICIAIS>. Acesso em: 20 jan. 2018.
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA (FUNEC). Prefeitura Municipal de Conceição do Mato Dentro; Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Santo Antônio; Instituto Bioatlântica. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do Município de Conceição do Mato Dentro/MG: Relatório Final e Proposição da Minuta de Lei do PMSB. Conceição do Mato Dentro: CBH-Santo Antônio, 2016a. (Produto 08/08).
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA (FUNEC). Prefeitura Municipal de Morro do Pilar; Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Santo Antônio; Instituto Bioatlântica. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do Município de Morro do Pilar/MG: Relatório Final e Proposição da Minuta de Lei do PMSB. Morro do Pilar: CBH-Santo Antônio, 2016b. (Produto 08/08).
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE CARATINGA (FUNEC). Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Rio Abaixo; Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Santo Antônio; Instituto Bioatlântica. Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Santo Antônio do Rio Abaixo/MG: Diagnóstico Técnico Participativo dos Serviços de Saneamento Básico. Santo Antônio do Rio Abaixo: CBH-Santo Antônio, 2016c. (Produto 03/08).
GEONATURE. Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Morro do Pilar Minerais S.A. Belo Horizonte: volume 5. Tomo 2. 2012.
GOOGLE. Google Earth. Versão 7.1.5.1557. 2015. Nota (Santo Antônio do Rio Abaixo, MG). Disponível em: <http://www.google.com/earth/download/ge/agree.html>. Acesso em: 28 fev. 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Cidades: Santo Antônio do Rio Abaixo. Informações Completas. 2016. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=316050> Acesso em: 01 mar. 2018.
INSTITUTO ESTRADA REAL. Santo Antônio do Rio Abaixo. 2015. Disponível em: <http://www.institutoestradareal.com.br/cidades/santo-antonio-do-rio-abaixo/69>. Acesso em: 06 fev. 2018.
INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM). Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD). Monitoramento da qualidade das águas no estado de Minas Gerais: relatório trimestral. Belo Horizonte: IGAM, 2013. 68 p. (3º trimestre de 2013, Parte 1). Disponível em: <http://www.igam.mg.gov.br/images/stories/qualidade_aguas/2014/relatorio-aguas-superficiais-do-3o-trimestre-de-2013-minas-gerais-1o-parte.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2018.
INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS (IGAM). Portal Infohidro. 2017. <http://portalinfohidro.igam.mg.gov.br/gestao-das-aguas/enquadramento>. Acesso em: 09 fev. 2018.
LAMPARELLI, M. C. Graus de trofia em corpos d'água do Estado de São Paulo: Avaliação dos métodos de monitoramento. 2004. 235 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências na Área de Ecossistemas Terrestres e Aquáticos, Instituto de Biociências da Usp, Departamento de Ecologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-20032006-075813/publico/TeseLamparelli2004.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018.
LIBÂNIO, M. Fundamentos de Qualidade e Tratamento de Água. São Paulo: Editora Átomo, 2008.
MACEDO, J. A. B. Águas e águas. 3. ed. Belo Horizonte: CRQ-MG, 2007.
MANCUSO, P. C. S.; SANTOS, H. F. Reúso de Água. Barueri, SP: Manole, 2003.
MARMONTEL, C. V. F.; RODRIGUES, V. A. Parâmetros indicativos para qualidade da água em nascentes com diferentes coberturas de terra e conservação da vegetação ciliar. Floresta e Ambiente, 2015; 22(2), p.171-181. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/floram/v22n2/2179-8087-floram-21798087082014.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2018.
MINAS GERAIS. Deliberação Normativa Conjunta do Conselho Estadual de Política Ambiental e o Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais, 01/2008. Que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências 2008. Diário Executivo de Minas Gerais, Belo Horizonte, 13 de maio de 3008. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/EFABF603/DeliberaNormativaConjuntaCOPAM-CERHno01-2008.pdf>. Acesso em 03 jan. 2018.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. COMUNICADO TÉCNICO 341: Qualidade da água de rios numa região de pecuária intensiva de SC. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2003. 4 p. Disponível em: <https://www.embrapa.br/web/mobile/publicacoes/-/publicacao/443244/qualidade-da-agua-de-rios-numa-regiao-de-pecuaria-intensiva-de-sc>. Acesso em: 15 fev. 2018.
MORAES, R. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999. Disponível em <http://cliente.argo.com.br/~mgos/analise_de_conteudo_moraes.html>. Acesso em: 01 fev. 2018.
PHILIPPI JR, A.; RUSCHUMANN, D. van de M. (Ed). Gestão ambiental e sustentabilidade no turismo. Barueri, SP: Manole, 2010.
RUSCHMANN, D. van de M. Turismo e planejamento sustentável: A proteção do meio ambiente. 14 ed. Campinas: Papirus, 2015.
SÁ, A. D.; CORDEIRO, J.; CORDEIRO, T. S.; QUINTÃO, P. L. Caracterização da infraestrutura e geologia de atrativos naturais na região de Santo Antônio do Rio Abaixo/MG como subsídio para o desenvolvimento do ecoturismo em bases sustentáveis. Research, Society and Development, v. 7, n. 3, p. 01-28, 2018.
SANTO ANTÔNIO DO RIO ABAIXO. História da Cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo. 2017. Disponível em: <http://www.santoantoniodorioabaixo.mg.gov.br/
informacoes/historia>. Acesso em: 06 fev. 2018.
SECRETARIA DE ESTADO DE TURISMO (SETUR). Mapa de Regionalização do Turismo do Estado de Minas Gerais. 2016. Disponível em: <http://www.turismo.mg.gov.br/noticias/1822-setur-mg-divulga-listagem-dos-municipios-participantes-da-politica-de-regionalizacao-do-turismo-de-minas-gerais>. Acesso em: 01 mar 2018.
VALLE JUNIOR, R. F.; ABDALA, V. L.; GUIDOLINI, J. F.; SIQUEIRA, H. E.; CANDIDO, H. G. Diagnóstico temporal e espacial da qualidade das águas superficiais do rio Uberaba – MG. Caminhos da Geografia, Uberlândia, v. 14, n. 45, p.1-11, mar. 2013. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/
/12196>. Acesso em: 13 fev. 2018.
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgoto. 3ª ed. 4ª Reimpressão. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais, 2005.
VON SPERLING, M. Estudos e modelagem da qualidade da água de rios. 1ª ed. 1ª Reimpressão. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
