Novas abordagens no diagnóstico laboratorial da esquistossomose: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30405Palavras-chave:
Esquistossomose; Diagnóstico laboratorial; Parasitologia; Ensino em Saúde.Resumo
Introdução: apesar dos esforços nas últimas décadas, a carga global da esquistossomose ainda permanece alta. Isso pode ser em parte ligado à falta de ferramentas de diagnóstico precisas para detectar infecções por esquistossomos em humanos e animais em áreas endêmicas. Objetivo: identificar na literatura científica novas técnicas laboratoriais para o diagnóstico da esquistossomose. Dessa forma a metodologia foi de um estudo de revisão integrativa. Para o desenvolvimento, foram realizadas buscas nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scopus, além das Bases de Dados da Literatura Internacional da Área Médica e Biomédica (MEDLINE). Dos resultados das buscas nas bases de dados, foram selecionados 366 artigos, além de teses e dissertações. Após a leitura dos resumos, restando 25 artigos para o desenvolvimento do estudo. O aprimoramento dos métodos para o diagnóstico da esquistossomose para obter melhores resultados e, ao mesmo tempo, buscar novos marcadores diagnósticos, como Aquaporin, Dysferlin e rSm200, que são biomarcadores viáveis para o diagnóstico, podendo ser utilizados para o desenvolvimento de testes rápidos e contribuir para aumentar a precisão da análise. Conclusão: verificamos que o desenvolvimento e implementação de metodologias eficazes para o diagnóstico é crucial em todos os aspectos do controle da esquistossomose. As novas tecnologias de diagnóstico da esquistossomose são baseadas em grande parte na amplificação de ácidos nucleicos e podem compensar a deficiência dos métodos parasitários tradicionais. Contudo, as técnicas de amplificação isotérmica avançaram significativamente no diagnóstico da esquistossomose.
Referências
Barbosa, C. S. et al (2013). Casos autóctones de esquistossomose mansônica em crianças de Recife, PE. Revista de Saúde Pública, 47(4), 684-690.
Borges, Y. C. L (2018). Avaliação do potencial diagnóstico de métodos imunológico e molecular para diagnóstico da Esquistossomose Mansônica. 84 f. Dissertação (Mestrado em Patologia Humana) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018.
Cai, Y-U. et al (2014). Field comparison of circulating antibody assys versus circulating antigen assays for the detection of schistosomiasis japônica in endemic areas of China. Parasitas & Vectors. 7, 138 p.
Canelas, H. M.; Aidar, O. & Campos, E. P (1951). Esquistossomose com lesões meningo-radículo-medulares. Arquivos de Neuro-Psiquiatria. 9(1), 48-55.
Castilho, V. L. P. et al (1984). Exame parasitológico quantitativo das fezes: estudo comparativo entre os métodos de McMaster, Stoll-Hausheer e Kato-Katz. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba. 17(4), 209-212.
Chen, J. et al (2018). “Farewell to the god of plague”: the importance of political commitment towards the elimination of Schistosomiasis. Tropical Medicine and Infectious Disease, S. l. 3(4), 1-4.
Coelho, P. M. Z. et al (2009). Use of a saline gradient for the diagnosis of schistosomiasis. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 104(5), 720-723.
Dubey, J. P. et al (1995). Sensitivity and specifity of various serologic tests for detection of Toxoplasma gondii infection in naturally infected sows. American Journal of Veterinary Research, S. l. 56(8), 1030-1036.
Ercole, F. F. et al (2014). Revisão integrativa versus revisão sistemática. Revista Mineira de Enfermagem, 18(1), 12-14.
Ferreira, F. T (2016). Sensibilidade e especificidade do teste rápido na urina (POC-CCA) e avaliação da morbidade da esquistossomose mansônica em região de baixa prevalência. 78 f. Dissertação (Mestrado em Infectologia e Medicina Tropical), Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.
Ferreira, J. C. & Patino, C. M (2018). Entendendo os testes diagnósticos. Parte 3. Jornal Brasileiro de Pneumologia, Brasília. 44(1), 4-4.
Gomes, L. I. et al (2010). Development and evaluation of a sensitive pcr-elisa system for detection of Schistosoma infection in feces. PLoS Neglected Tropical Diseases, S. l. 4(4), 664 p.
Gomes, L. I.; Enk, M. J. & Rabello, A (2014). Diagnosticando esquistossomose: onde estamos? Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba. 47(1), 3-11.
Hotez, P. J. et al (2022). The global burden of disease study 2010: interpretation and implications for the neglected tropical diseases. PLoS Neglected Tropical Diseases, S. l. 8(7), 2865 p. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0002865. Acesso em: 24 de abr. De 2022.
Jurberg, A. D. et al (2008). A new miracidia hatching device for diagnosing schistosomiasis. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 103(1), 112-114.
Kamel, D. et al (2013). Diagnostic potential of target Giardia lamblia specific antigen for detection of human giardiasis using coproantigen sandwich ELISA. World Journal of Medical Sciences, S. l. 9(2), 113-122.
Lin, D. et al (2020). The potential risk of Schistosoma mansoni transmission by the invasive freshwater snail Biomphalaria straminea in south China. PLoS Neglected Tropical Diseases, S. l. 14(6), 0008310.
Ljungström, B-L. et al (1994). Evaluation of a direct agglutination test for detection of antibodies against Toxoplasma gondii in cat, pig and sheep sera. Acta Veterinaria Scandinavica. 35, 213-216.
Montenegro, S. M. L (1992). Immunodiagnosis. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. 87(4), 333-335.
Noya, B. A. et al (1999). O. The last fifteen years of schistosomiasis in Venezuela: features and evolution. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 4(2), 139-146.
Noya, B. A. et al (2002). Schistosomiasis mansoni in áreas of low transmission: epidemiological characterization of Venezuelan foci. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. 97(1), 5-10.
Oliveira, W. J (2015). Análise e comparação da sensibilidade e especificidade entre diferentes métodos de diagnóstico para Schistosoma mansoni: Gradiente Salino, Helmintex, Centrífugo Sedimentação, Kato-Katz e teste rápido urina (POC-CCA). 105 f. Dissertação (Mestrado em Parasitologia) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.
Organização Mundial da Saúde – OMS (2002). Prevenção e controle da esquistossomose e helmintiase transmitida pelo solo. Técnico Ser. 912, 1-63.
Pinheiro, P. C. et al (2021). Diferenças entre medidas autorreferidas e laboratoriais de diabetes, doença renal crônica e hipercolesterolemia. Ciência & Saúde Coletiva, 26, 1207-1219.
REY, L (1991). Parasitologia: Parasitos e doenças parasitárias do homem nas Américas e na África. (2a ed.), Guanabara.
Santos, M. M. G. et al (2000). Oral fluids for the immunodiagnosis of Schistosoma mansoni infection. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, Londres. 94(3), 289-292.
Scholte, R. G. C. et al (2012). Spatial distribution of Biomphalaria spp., the intermediate host snails of Schistosoma mansoni, in Brazil. Geospat Health, Nápolis. 6(3), S95-S101.
Silva, R. M. et al (1992). Pesquisa de anticorpos IgM contra tubo digestivo do verme para diagnóstico da esquistossomose mansônica. Revista Brasileira de Patologia Clínica, Rio de Janeiro. 28(2), 39-40.
Silva-Moraes, V. et al (2019). Diagnosis of Schistosoma mansoni infections: what are the choices in Brazilian low-endemic areas? Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. 114, 180478 p.
Siqueira, L. M. V. et al (2011). Avaliação de duas técnicas coproscópicas para o diagnóstico de esquistossomose em área de baixa transmissão no estado de Minas Gerais. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. 106, 844-850.
Siqueira, L. M. V. et al (2016). Performance of POC-CCA® in diagnosis of schistosomiasis mansoni in indivaiduals with low parasite burden. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba. 49(3), 341-347.
Sousa-Figueiredo, J. C. et al (2010). An inclusive dose pole for treatment of schistosomiasis in infants and preschool children with praziquantel. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, S. l. 104(11), 740-742.
Taman, A (2019). Diagnóstico laboratorial da esquistossomose mansônica: estado atual e tendências futuras. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine, S. l. 12(6), 243-249.
Teixeira, I. V. S (2012). Avaliação dos marcadores séricos - ácido hialurônico (AH), YKL 40 e fator de crescimento e transformacão β1 (TGF-β1) – no diagnóstico da esquistossomose mansônica hepatoesplênica. 117 f. Tese (Doutorado em Infectologia e Medicina Tropical) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.
Tibiricá, S. H. C. et al (2009). Validação do número de lâminas para realização do método de sedimentação espontânea das fezes. HU Revista, Juiz de Fora. 35(2), 105-110.
Tibiricá, S. H. C.; Guimarães, F. B. & Teixeira, M. T. B (2011). A esquistossomose mansoni no contexto da política de saúde Brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro. 16(1), 1375-1381.
Wang, L. et al (2015). Exossome-like vecicles derived by Schistosoma japonicum adult Worms mediates M1 type imune-activity of macrophage. Parasitology Research. 114(5), 1865-1873.
Zhang, J. F. et al (2016). Development and application of diagnostics in the national de da schistosomiasis control programme in the pople’s Repiblic of China. Advances in Parasitology. 92, 409-434.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Lidiane Gouveia da Silva; Laura Santos Tenório Malta; Maria Letícia Pereira Aquino; Karwhory Wallas Lins da Silva; Delma Holanda de Almeida
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.