Avaliação da modificação de superfície em scaffolds de poliácido láctico tratados com hidróxido de sódio na adesão celular para aplicação na engenharia tecidual
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30500Palavras-chave:
Engenharia tecidual; Medicina regenerativa; Regeneração óssea; Biomateriais; Osteoblastos.Resumo
As deformidades ósseas, congênitas ou resultantes de traumas, apresentam um desafio para seu reparo por tratar-se de um processo demorado com resultados frequentemente imprevisíveis, com elevada importância econômica. A engenharia de tecidos consiste na regeneração de órgãos e tecidos vivos, por meio do desenvolvimento de novos dispositivos capazes de obter interações específicas com os tecidos biológicos, conhecidos como scaffolds. O polímero de PLA (poliácido lático) apresenta-se de forma promissora para o uso como suporte temporário para substituição de tecidos por ser biodegradável, biocompatível e apresentar baixo custo. No entanto, sua característica hidrofóbica é uma das principais desvantagens da utilização desse polímero. Sendo assim, pesquisas atuais visam modificar a superfície desses dispositivos a fim de torná-los mais hidrofílicos. Este estudo teve como objetivo avaliar a modificação de superfície nos scaffolds de PLA, quimicamente tratados com o hidróxido de sódio (NaOH) para avaliar a adesão e viabilidade celular em scaffolds sobre o tratamento alcalino com NaOH. Foram utilizadas as técnicas de FTIR-ATR (Infravermelho com Transformada de Fourier de Reflectância Total Atenuada) e AFM (Microscopia de Força Atômica) para caracterização físico-química do material, ensaio de adesão e viabilidade celular pelo método fluorimétrico com o reagente resazurina. As análises de AFM e FTIR confirmaram a modificação da superfície do material pelo tratamento alcalino. Pela análise de adesão celular, concluiu-se que o tratamento não influenciou na adesão, mas foi mais eficaz na manutenção da viabilidade celular.
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