A relação da variável postural durante o ato miccional com o aparecimento de agravos uroginecológicos: uma revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30573

Palavras-chave:

Ensino em saúde; Postura; Ginecologia; Fenômenos fisiológicos do aparelho urinário; Sintomas do trato urinário inferior.

Resumo

Objetivou-se analisar a atitude adotada por mulheres durante o ato miccional em situações de higiene precária de sanitários públicos e a relação da variável postural com o aparecimento de agravos uroginecológicos. O presente estudo tratou-se de uma revisão integrativa, realizada com busca em diferentes bases de dados (Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) (MEDLINE®), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de dados em Enfermagem (BDENF) e na Physiotherapy Evidence Database (PEDro), com a utilização dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): micção, postura, saúde da mulher e avaliação de sintomas. Chegou-se a um total de 01 artigo na MEDLINE, 03 artigos na LILACS, 01 artigo na BDENF e 03 artigos na PEDro. Aponta-se que o comportamento adotado por mulheres durante o ato miccional em sanitários públicos e o aparecimento de agravos uroginecológicos estão interligados e diretamente relacionados a fatores comportamentais ao usar banheiros públicos e a fatores ambientais, acarretando assim, o aparecimento de sintomas do trato urinário inferior. A desmistificação faz-se necessário, e é de suma importância a atuação de uma equipe multiprofissional, ofertando promoção, prevenção, recuperação e a reabilitação à saúde. Compreende-se que, apesar dos importantes achados desse estudo que subsidiarão ações voltadas à agravos uroginecológicos, há algumas limitações, como por exemplo, a escassez de estudos aplicados a temática, o que se leva a necessidade de otimizar a produção acadêmica e científica na área.

Referências

Bo, K. S. (2005). Evaluation of female pelvic-floor muscle function and strength. Phys Ther. 85, 269-82. http://www.scielo.br/pdf/ramb/v54n1/15.pdf.

Brady S. S. et al. (2018). The Prevention of Lower Urinary Tract Symptoms (PLUS) in Girls and Women:Developing a Conceptual Framework for a Prevention Research Agenda. Neurourol. Urodyn. 37, 2951-64. doi: 10.1002/nau.23787.

Elza Bracho, E. B. (2018). Fisioterapia Aplicada à Saúde da Mulher. 6 ed. Guanabara Koogan Ltda.

Fozzati, M. C. M. et al. (2008). Impacto da reeducação postural global no tratamento da incontinência urinária de esforço feminina. Rev Assoc Med Bras. 54 (1), 17-22. https://www.unifalmg.edu.br/prppg/sites/default/files/anexos/Correlação%20entre%20a%20avaliação%20funcional%20do%20assoalho%20p élvico%20e%20a%20postura.pdf

Furtado, P. S. (2015) Influência do Posicionamento na Micção: Uma Avaliação Eletromiográfica e Urofluxométrica em Crianças com Distúrbios do Trato Urinário Inferior. Tese (Doutorado em Medicina e Saúde Humana) – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Salvador. http://www7.bahiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/268/1/Tese.%20Furtado.%20Paulo%20Sampaio.%202015.%20001.BAHIANA.pdf.

Hartigan, S. M., et al. (2020). Why Do Women Not Use the Bathroom? Women's Attitudes and Beliefs on Using Public Restrooms. Int J Environ Res Public Health. 17 (6), 2053. doi:10.3390/ijerph17062053.

Kowalik, C. G., et al. (2019). Toileting Behaviors of Women-What is Healthy?. The Journal of urology, 201(1), 129–134. https://doi.org/10.1016/j.juro.2018.07.044

Lakatos, E. M., Marconi, M. A. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5. Atlas. https://docente.ifrn.edu.br/olivianeta/disciplinas/copy_of_historia-ii/china-e-india.

Neves, A. I. A. (2019). A capacidade de contração dos músculos do assoalho pélvico influencia na severidade da incontinência urinária e na qualidade de vida das mulheres. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/27526/1/Capacidadecontra%C3%A7%C3%A3om%C3%BAsculos_Neves_2019.pdf.

Nunes, A. H. (2019). Avaliação dos hábitos miccionais de idosas com síndrome bexiga hiperativa. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação), Universidade de Brasília. https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/35504/1/2019_HelmoranyNunesdeAra%C3%BAjo.pdf.

O'Connell, K.A., Nicholas, T.B., & Palmer, M.H. (2022). Comportamentos de ir ao banheiro, pistas urinárias, bexiga hiperativa e incontinência urinária em mulheres idosas. Revista Internacional de Uroginecologia , 1-10. doi:10.1007/s00192-022-05228-z.

Palmer, M. H., Willis-gra, M. G., Zhou, F., Newman, D. K., & Wu, J. M. (2018). Self-reported toileting behaviors in employed women: Are they associated with lower urinary tract symptoms? Neurourol Urodyn. 37 (2), 735-743. doi:10.1002/nau.23337.

Pang, H., et al. (2022). Incidência e fatores de risco da incontinência urinária feminina: um estudo longitudinal de 4 anos entre 24.985 mulheres adultas na China. BJOG. 129, 580 – 589. doi:/10.1111/1471-0528.16936.

Reynolds, W. S., Kowalik, C., Delpe, S. D., Kaufman, M., Fowke, J. H., &. Dmochowski, R. (2019). Toileting Behaviors and Bladder Symptoms in Women Who Limit Restroom Use at Work: A Cross-Sectional Study. J Urol. 202 (5), 1008-1014. doi:10.1097/JU.0000000000000315.

Reynolds, W. S., Kowalik, C., Kaufman, M. R., Dmochowski, R., & Fowke, J. H. (2020). Women's Perceptions of Public Restrooms and the Relationships with Toileting Behaviors and Bladder Symptoms: A Cross-Sectional Study. J Urol. 204 (2), 310-315. doi:10.1097/JU.0000000000000812.

Santos, I. L., Vinha, E. C. M., & Borges, A. R. (2020). A representação das mulheres sobre a incontinência urinária (iu): um dos sofrimentos do gênero. Humanidades & tecnologia em revista (FINOM). 20. http://revistas.icesp.br/index.php/FINOM_Humanidade_Tecnologia/article/viewFile/1026/74.

Sjögren, J., Malmberg, L., & Stenzelius, K. (2017). Toileting behavior and urinary tract symptoms among younger women. Int Urogynecol J. 28 (11), 1677-1684. 10.1007/s00192-017-3319-2.

Wu, C., Xue, K., & Palmer, M. H. (2019). Toileting Behaviors Related to Urination in Women: A Scoping Review. Int J Environ Res Public Health. 16 (20), 4000. 10.3390/ijerph16204000.

Yang, K., N. et al. (2010). Female voiding postures and their effects on micturition. International Urogynecology Journal. 21 (11), 1371–1376. https://www.researchgate.net/publication/44889919_Female_voiding_postures_and_their_effects_on micturition.

Zhou, F., Newman, D. K., & Palmer, M. H. (2018). Urinary Urgency in Working Women: What Factors Are Associated with Urinary Urgency Progression? J Womens Health (Larchmt). 27 (5), 575-583. 10.1089/jwh.2017.6555.

Downloads

Publicado

15/06/2022

Como Citar

LIMA, B. D. de S. de .; SILVA, A. M. B. da .; MATOS, A. B. de O. V. .; SILVA, I. L. .; LEAL, E. S. . A relação da variável postural durante o ato miccional com o aparecimento de agravos uroginecológicos: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 8, p. e18311830573, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i8.30573. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30573. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde